segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Boas Frestas

Pouso o olhar nos livros quedados na estante à minha frente. Penso nos que escrevi o prefácio, nos que estão autografados pelos autores e nos que simpaticamente me incluem nos agradecimentos. Pergunto-me quanta da sabedoria neles contida terá passado para mim. Terá sido muita. E no entanto, não deixo de sentir o mesmo que aquele fodilhão que se farta de californicar:

«Mistakes were made, hearts were broken, harsh lessons learned. There are things I need to figure out while I drown in a sea of pointless pussy.»

E com isto vou para terapia intensa. Até Janeiro. Altura em que voltarei para relatar o aviamento de um qualquer cagueiro.

Boas frestas.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Tantas pachachinhas para pinar

Tenho tantas pachachinhas para pinar, que mal tenho tempo para articular uma frase. Com a idade, cada vez vou demorando mais tempo na pinada e as pachachinhas vão acumulando à minha porta. A fila de espera já dá a volta ao Chiado. Já devem ter reparado e certamente pensam que é a fila para a loja da Nespresso. Estão profundamente enganados. Tenho tantas pachachinhas para pinar que não tenho sequer fôlego para escrever e vir contar com detalhe toda a minha arte comilona. O Pacheco, esse, nunca vira a glande à fruta e deixa-me de rastos, sem tempo para vir aqui relatar as pranchadas. Tenho tantas pachachinhas para pinar que não sei se me desate a vir, se me ate a chorar.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Boquental

Estou cansado que andem a brincar aos socialismos. Por isso, hoje acordei a pensar que se o Bocage e o Antero de Quental fossem um só haviam de ter parido relíquias poéticas capazes de dar um novo fulgor ao socialismo experimental. E se o Bocage e o Antero de Quental fossem um só teriam certamente criado coisinhas poéticas lindas assim:

Nirvana

Pinar assim: sem ciúmes, sem saudades,
Com tesão, sem amor, sem carinhos
Livre de angústias e confidencialidades,
Deixando pelo chão cuecas e pinguinhos.

Poder pinar em todas as cidades;
Poder aviar em todos os caminhos;
Cumprindo com prazer as necessidades,
Confundindo pachachas com rabinhos;

O tamanho pode parecer medonho
E primeiro tem de ser mamado;
Mas ao olhar até parece um sonho;

É preciso ter alma para tal envergadura
E é vê-las ir onde nunca tinham chegado:
Ao extremo da minha picha dura.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Escolhida a dedo

Adoro a minha empregada doméstica. Chama-se Ava, é alta, loira e ucraniana. Sim, foi escolhida a dedo. No processo de selecção passei o dedo pela senisga de todas as empregadas assim que as apanhei distraídas de costas. A Ava foi a única que não me bateu, por isso foi naturalmente a escolhida. A dedo. Vem cá a casa duas vezes por semana e eu faço por estar sempre presente, estatelado no sofá a dizer disparates enquanto ela trabalha. Ela faz-me a cama e eu grito logo do sofá para ela me fazer a mama. São coisas assim que nos fazem ter uma relação patrão-empregada muito especial. Gosto muito da Ava e seria incapaz de a afiambrar. Aliás, seria incapaz de sequer ousar pensar em comê-la à canzana enquanto lhe puxo as longas tranças loiras ao ritmo dos seus gemidos burlescos e ela me olha de lado como que a pedir que lhe chame nomes e a trate por porcalhona com sotaque ucraniano. Ontem trouxe-me pastéis de nata, porque sabe que eu gosto. Não demorei muito a dizer que preferia pastéis de rata. Ela ri-se muito destas coisas. Possivelmente por não perceber um corno de português. Na verdade a Ava é tudo o que eu sempre sonhei numa empregada doméstica: é à prova de fala. Ela gosta muito da minha barba de três dias e sempre que se vai embora passa as pontas dos dedos delicadamente pela minha face esquerda em jeito de despedida. Por acaso ela deve estar quase a chegar e reparo agora que a minha barba não está de três dias. Está de quatro. Falo da barba e não da rapariga que está à minha espera no quarto, que coincidentemente também está de quatro.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Carne para o meu canhão

Há tatuagens e tatuagens. Não me entendam mal. Sou um fã incondicional da liberdade individual e não aprecio a censura. Cada um faz o que quer com o seu corpo e, oh, como sempre instiguei as mulheres a fazerem o que querem, e o que eu quero, com o seu corpo. Mas tenho limites. E ontem os limites foram molestados. Mas comecemos por onde é suposto começar. Pelas mamas, portanto. Pensaram vocês, seus porcalhões. Mas não, vamos começar pelo início. Quando a vi a pedir um carioca de limão, toda a sua linguagem corporal dizia-me em surdina “bem-vindo à foda dos milhões”. Como sou um ás do subliminar, captei a mensagem à primeira. Ela mexia-se daquela maneira por vocação. Já com o Patife é mais provocação. E da de alto gabarito, o que a fez seguir-me até casa como se fosse carne para o meu canhão. Mas assim que se começa a despir vislumbro na omoplata a tatuagem de, espantem-se, um unicórnio. Podem não estar a perceber o meu pânico, mas é que o Patife passa sempre umas horas a aviá-las por trás. E imaginar-me a dar-lhe à canzana e ao mesmo tempo ser obrigado a ver um pónei com um strapon enfiado na cabeça é coisa para a qual não há nabo que resista.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Eu pino, ele pina

Hoje vai ser complicado escrever. Estou com uma erecção tal que para conseguir mijar tenho de fazer o pino. É a rebuscada forma do Pacheco dizer que quer pinar.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

A Dama de Paus

Ela era conhecida como Dama de Paus. Meses mais tarde explicaram-me que era a sua alcunha de jogadora profissional de poker. Mas no momento, assim que ouvi Dama de Paus a minha mente flutuou e não ouvi mais nada. Julguei que era uma devassa fodilhona que não podia ver um pau à frente sem ter de o aviar. Ou de o abocanhar sofregamente lambuzando-se até à exaustão, se estivesse mais para aí virada. Penso que é razoável este engano. Dama de Paus é claramente um epíteto próprio de quem gosta de pinar. E seria o equivalente perfeito para o Pacheco, que entre as suas inúmeras alcunhas oficialmente registadas é também conhecido como o Ás dos Paus. A simetria era perfeita por isso avancei com confiança. Além disso ela tinha o rabo dos rabos. O suprassumo dos cagueiros. O oásis das bilhas. O shangri-la das pandeiretas. Mas depressa percebi que não era uma qualquer no jogo da sedução. A personalidade da gaja era exactamente como o seu cabelo. Tinha nuances. O que é sempre o cabo dos trabalhos. A conversa não ia má de todo, até que ela começou a relatar a sua experiência de quase-perigo-de-vida e a forma como, por milagre, se salvou. Foi um momento intenso e de profunda intimidade que me tocou. Ao abrigo deste espírito de partilha tão sentido, o Patife abriu o coração e também contou a sua experiência quase fatal. Foi logo à nascença, num parto atribulado. Corria risco de vida pois os médicos pensaram que eu estava a sufocar com o cordão umbilical enrolado ao pescoço. Afinal era só o Pacheco. Ela não achou piada, mas ficou amplamente intrigada. Percebi isso pela forma como olhava para as minhas calças sempre que eu pegava no copo. E assim se passou do cabo dos trabalhos para o rabo dos rabalhos.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Peeping Tom IX

Este último mês foi profícuo em pesquisas ordinarecas que viram os resultados indicar-lhes o caminho do Fode, Fode Patife. Aqui ficam as pérolas pesquisadeiras mais bizarras do passado mês que vieram dar com as sábias e nobres palavras do vosso amigo Patife:

A minha mulher está à espera de picha: O Patife tem é muitas mulheres à espera na bicha.
Beijinhos na ratinha: Que coisa mais querida de se pesquisar. Eis a prova de como um minete pode ser das coisas mais queridas deste mundo.
Camelos a foder: Sim, certamente que tens muito a aprender com os camelos. Estão no topo da pirâmide do conhecimento sexual.
Como ser fodida na cona: Como ser fodida nas orelhas? E como ser enrabada no nariz? Isso sim, são os grandes mistérios da vida.
30 centimetros de picha no cu: Apesar de teres acertado no tamanho do meu nabo, torno a ensinar: Para bom enrabador, meia haste basta.
Conas idosas e com muita idade: Acho que percebemos a ideia à primeira, mas é sempre melhor reforçar não vá aparecer uma chona fresca, certo?
Foder até a picha rebentar: A sério!? Olha, arrebenta a bolha.
Merentissima dr juiza: Não me importo de explicar novamente: Uma merentíssima é uma juíza comida na hora da merenda.
Come se fode sem tesão: Continua a tentar. Picha mole em chona dura, tanto bate até que fura. Ou não.
O que quer dizer andar de boca em boca: É o modo de vida do Pacheco.
Papos de cona nota-se na roupa ginástica: Claro. Foi para isso que foi criada a roupa de ginástica.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

A Aristorrata

Se há coisa que aprecio é uma boa festa. As que mais me divertem são as de alta sociedade. As aristocratas, educadas e pomposas, estão habituadas a homens enfadonhos e peneirentos, mais entretidos com o insuflar do seu próprio ego e dos seus negócios. É por isso um terreno pronto a ser explorado pelo Patife. Assim como as suas aristorratas. Antigamente era de uma facilidade tremenda. Mas é impossível fornicar a torto e a direito durante anos a fio com tudo o que tenha pachacha sem ganhar alguma má fama. Depressa percebi que falavam de mim em surdina. Eram duas. A mais altiva olhou para mim num misto de desdém e interesse. O que a outra lhe contou para a avisar sobre os malefícios da minha pessoa teve certamente o efeito contrário pois viu-se claramente que ela ficou com água na boca. Também te posso deixar com algo na boca, boneca, apeteceu-me dizer-lhe. Mas tenho nível. Por isso acheguei-me da finória para encetar um diálogo inteligente. Mas ela, nervosa e corada, olhou-me como se eu fosse um bicho papão e eu não resisti: Calma, não sou nenhum bicho papão mas tenho uma picha papona. Olhando em retrospectiva acho que a minha sorte é ter um charme irresistível e correr o fidedigno boato de eu ter um bacamarte de proporções inimagináveis. Não fosse isso e tenho ideia que teria muitas histórias para contar que acabariam em estaladas. Mas como sou um dínamo de sexualidade a coisa passa. E neste caso a coisa passou para um escritório da mansão, no primeiro piso. Palavra de honra que nunca vi alguém da alta sociedade mamar assim. Aquilo mais pareceu uma viagem de tapete mágico. Ela era como um Merlin da brochada, só que sem barbas, com um ganda par de chuchas e uma língua de veludo. Quando ela se levantou percebi pela forma como tinha os cantos da boca sujos que tive um orgasmo dentro da goela da moça. Eu não dei conta. Já ela deu cona.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Peluchices não, foda-se

Não há uma forma terna de dizer isto. Da mesma forma que não há uma forma terna de foder. Haver até há, mas dá-me espasmos no tomate esquerdo por isso vamos fazer de cona que não há. Não vou estar para aqui com nabos quentes, pois usei o nabo a quente toda a noite e agora está a descansar. Por isso, peço desculpa pelo que se vai passar a seguir. A sério que sim. Mas foda-se caralho pá, pachachona badalhocona cabra brocheira estouvada da chona duma pinada dum corno. A próxima vez, caralho foda-se, que me levares para uma cama, conaça pá, onde esteja um peluche capaz de me assustar ao ponto de pensar que vais sugerir um threesome com o paneleirote de pelúcia, te garanto, ó minha devassa de conaça lassa putanheira possessa da pachacha abocanhadora de bacamartes, que te dou um aviamento pachecal tal nessa bocarra capaz de te romper o esófago para te dar traulitadas directamente na alma, caralho foda-se. Era só isto. O Patife diz muito bom dia ou muito boa madrugada e vai procurar uma chona para dar uma pinada.

Da colecção "Não foda-se":

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

A espremedora de borbulhas

Para onde quer que olhe só vejo mulheres a espremer borbulhas aos namorados. A culpa não é delas, coitadas. É deles, por permitirem tal insanidade. Na verdade não percebo a necessidade de qualquer tipo de contacto físico entre um homem e uma mulher que não tenha como finalidade o orgasmo. Acho o contacto humano desnecessário fora do contexto sexual. E este fim-de-semana havia um daqueles novos casalinhos, muito atenciosos um com o outro, que passou a tarde a catar-se em público na esplanada do meu café. Espreme-me mazé o caralho! é o que me ocorre sempre dizer. Mas pronto. Apesar da confrangedora recriação da vida dos símios, não reclamei pois não é todos os dias que temos um fragmento do zoo em pleno Chiado. Levei aquilo como um espectáculo de variedades decadentes até uma das borbulhas ter vindo parar à minha mesa. Aí exaltei-me. Estava prestes a levantar-me para gritar Mas que grande lata! quando ela descruza as pernas e eu ouço o Pacheco entoar internamente Mas que grande rata! Percebi que era melhor estar calado e vingar-me de outra maneira. Passei o tempo seguinte a atiçar-lhe a imaginação entre olhares inquietantes do tipo “sou o pior pesadelo dos teus pais” e poses de homem misterioso do género “nem imaginas no que te vais meter”. As mulheres não demoram muito tempo a resistir a estes apelos. Pudesse eu ainda andar com o nabo de fora na rua e seria sempre tiro e queca. Até me cairiam de quatro em plena calçada histórica. Mas enfim, o estroina lá se pisgou, ficando a espremedora de borbulhas sozinha na mesa a fingir que lia. Muito gostam as mulheres de fingir que lêem em público. Aí comecei a franzir o sobrolho como se estivesse a ter um pensamento meio pecaminoso meio intelectual e foi a gota de água que a fez levantar-se e sentar-se na minha mesa. E depois deitar-se na minha cama. E ainda ficar de gatas no meu soalho. É… a vingança é um prato que se serve com o cio.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Bem-vindo à margem sul

Esta é uma daquelas afirmações que me vai causar problemas: Sou um franco apreciador das gajas da margem sul do Tejo. Pronto já disse. Calma, não precisam de ficar já a fazer pocinha na cuequinha (quem é da margem sul) nem a franzir a cara com ar de nojo e estupefação (quem não for da margem sul). Não é para uma relação interpessoal. Há mulheres com qualidades de A a Z e há as mulheres da margem sul que são perfeitas de A & Z. Ou seja, são perfeitas para o que se quer: Aviar & Zarpar. São incrivelmente serviçais, oralmente solícitas, analmente prestáveis. E não ficam magoadas quando são deixadas no final. Já estão à espera. Está-lhes no ADN. Todo o seu código genético foi programado para serem usadas e abandonadas. É isso e uma propensão magnética para unhas de gel, tatuagens de golfinhos, permanentes, música manhosa, sexo oral na via pública, cães de loiça e naperons. É uma questão cultural e eu apenas respeito e valorizo as particularidades sócio-culturais do meu país. No fundo, sou um patriota sem preconceitos. E tenho orgulho nisso. Isto a propósito da moça que conheci há umas semanas na praia enquanto estava a fazer naturismo. Já tinha reparado nela quando entrei na praia porque a sua cona tinha a cara da dona. Uma semelhança inigualável entre a bardanasca e a sua fronha. Mas arrepiei caminho. Estava eu sossegado no meu pedaço de areia quando a moça especou a olhar para a magnitude invejável do Pacheco. Mais vale ficar a ver pavios que ficar a ver navios, disse-lhe em tom encorajador. Aproximou-se com ar oferecido sem tirar os olhos do mastro, o que me deu indicações claras de ser da margem sul. Foi isso, a tatuagem do golfinho mesmo no meio da chona, a permanente, as unhas de gel e a facilidade com que me abocanhou a lontra assim que lhe disse: Uma mulher deve ser como uma boa sidra. Fresca e desce facilmente. O que até é falso, pois ela desceu muito mais facilmente do que qualquer sidra que eu já tenha bebido.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Religião Imoral

De uma forma ou de outra todos tivemos de ser submetidos a aulas de Religião e Moral, pelo menos os da minha geração, seja ela qual for. Acho positivo e necessário constituírem-se as bases para depois nos podermos dedicar àquilo que é mais importante: A Religião Imoral. Em adolescente sempre que a minha mãezinha me batia à porta do quarto ouvindo algazarra na sessão de estudo com uma colega de liceu e perguntava o que estão a fazer?, eu respondia sem mentir: Estamos a estudar Religião Imoral. Ela ia satisfeita à sua vida e eu sentia-me um bom menino por não ter faltado à verdade. Depressa aprendi a dobrar a fonética em meu proveito. Quase tão depressa como aprendi a dobrar o pescoço às moças em meu proveito. É que se respondesse a verdade iria ter uma guerra aberta com a senhora minha mãe, e desta forma acabava por ter uma guelra aberta com a colega de estudo. Toda a gente ficava a ganhar. Esta semana voltei a recordar isto pois reencontrei a minha ex-colega de estudo. Ela estava sentada na Gulbenkian a ler uma brochura o que é logo coisa que não se deve fazer em público. Toda a gente sabe disso. Vem nos manuais de decoro. Está no contrato social feminino. É ponto assente do código de conduta fêmeo. Não se faz e pronto. Além do mais demorava-se em cada página, olhando com sofreguidão, e passava sempre o dedo pelo lábio inferior antes de virar a página da brochura. Toda a gente sabe que ler uma brochura é código para fazer um broche que dura, por isso ela deteve toda a minha atenção. Após uns entediantes mas sempre necessários vinte minutos a meter a conversa em dia, lá a acompanhei até casa. Uma coisa vos digo: A forma como ela conseguia mexer, dobrar e contorcer aquela língua em torno do Pacheco deveria ser merecedora de um Prémio Nobel da Mobilidade. Um Prémio Móbil, portanto. É que a chupas tantas, com tanta reviravolta, até tive receio que o Pacheco se desmoronasse como um caralho de cartas.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

O Picha Negra ou Bocassoa II

Ontem estive a reler “O Virgem Negra – Fernando Pessoa explicado às criancinhas naturais e estrangeiras” do Cesariny. E fiquei a pensar que gostaria que o Pessoa tivesse sido contemporâneo do Bocage. Se o Bocage e o Pessoa tivessem sido contemporâneos, ou se na linha cronológica literária o Pessoa tivesse surgido antes do Bocage, tenho a certeza que o Bocage teria publicado “O Picha Negra – Fernando Pessoa explicado às mafarricas naturais e estrangeiras”. Nessa obra imaginária, que teria dado maior fulgor a toda a nação e libertado o povo dos grilhões da mediocridade social e da imbecilidade sexual, poderíamos encontrar coisinhas poéticas lindas assim:

Autopsicopatifaria

O Patife é um fingidor.
Finge tão profundamente
Que chega a fingir que é cu
A cona que deveras sente.

E as que metem ao de leve
Na pachacha sentem bem,
Não uma bigorna que ferve
Mas uma que vale por cem.

E assim nas calhas da foda
Gira, a entreter a emoção,
Este bacamarte da moda
Que se chama Pachecão.


Contemplação

Contemplo o regaço húmido
Que o meu nabo aquece
Não sei se meto tudo
Ou se tudo te estremece.

O teu suco sabe a anis
Já sinto a picha bebê-lo
Não sei se já estás feliz
Ou se ainda desejas lambê-lo. 

Trémula, não me abandonas
Ficas na cama estendida
Por que fiz eu das chonas
A minha única saída?

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Tecnicamente falando

Começo a pensar que as pessoas andam demasiado amargas. Não sei se é do tempo, da crise, do excesso de trabalho, da falta de sexo ou da repressão sexual auto-induzida mas as pessoas andam a zangar-se muito facilmente com qualquer coisa. À mínima coisa explodem. A semana passada foi o marido da tipa que andava a comer que fez uma cena inacreditável quando chegou a sua casa e me viu a rebentar as bordas à sua senhora. Não percebi o escândalo. Nem estava a usar os preservativos dele nem nada. Tive o cuidado e a educação de levar dos meus. Mas ontem fiquei atordoado com a exagerada reacção de uma moçoila que me fez um escarcéu azeiteiro à porta de casa por ter sabido que comi a irmã dela no mesmo dia em que a aviei. Ainda tentei fundamentar com mestria a minha exemplar conduta no processo. Mas de nada valeu explicar-lhe que passaram mais de três horas entre as duas quecas e que até tomei um banho demorado pelo meio. De esponja e tudo. Sinceramente, não percebo a histeria. Tecnicamente acho que não fiz nada de mal. Aliás, tecnicamente fui tão perfeito que a fiz vir-se umas sete vezes.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

A biblioqueca

Às vezes penso em tornar-me uma pessoa séria. Depois começo a beber e a ideia passa. Pensava o mesmo sobre o tesão. Que começava a beber e o tesão passava. Enganei-me profundamente. O Pacheco está sempre arrebitado e a apontar para cima. Nunca vai para baixo. Até parece que se esqueceu de pagar a conta da lei da gravidade. Nunca me preocupei verdadeiramente com isto. Mas condiciona a minha conduta social. Não consigo estar sossegado num bar ou numa esplanada ou numa discoteca ou numa livraria ou numa fila do supermercado ou numa sala de espera ou numa biblioteca municipal. E foi exactamente numa biblioteca municipal que os nossos olhos se cruzaram. O facto de termos de estar em silêncio é só por si uma condicionante que conduz ao tesão. É impossível não ficar excitado dentro de uma biblioteca. É da excitação do clandestino. Acaba sempre em biblioqueca. As mulheres, essas matreiras, sabem disso. Por isso é que lá vão. Ontem apercebi-me disso muito rapidamente. Ela fingia ler, enrolando o lápis nos cabelos enquanto levantava o olhar vago como que a absorver conhecimento. Eu fui um bocadinho menos subtil. Fitei-a directamente como se a quisesse foder enquanto mordia os lábios e mostrava a saliência que emergia das minhas calças. Quando reparou ficou corada e atrapalhada. Parecia um patinho de borracha perdido num banho de espuma de sedução. Ela estava a ler um livro grosso, o que me deu confiança por saber que está habituada a manusear um grande calhamaço. Assim que passei perto dela e lhe soprei “vamos”, ela estremeceu e com a atrapalhação rasgou a página que estava a folhear. Mas veio. Oh se se veio.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

A lenhadora

Assim que cheguei contaram-me que ela era lenhadora, pois perto dela ficava tudo de pau feito. Achei uma coisa ordinária de se dizer. Se há coisa que eu prezo é o respeito com que se fala de uma mulher. Por isso sentei-me ao lado dela e dirigi-lhe um elogio, mentindo com quantos dentes tenho, menos os do siso. A fronha daquele trambolho arreganhou-se tanto que até parecia reluzir. O pau, esse, já refeito do esbodegamento pachachal da noite anterior, começou a dar-me sinais. O Pacheco tem movimentos curiosos que, ao longo dos anos, me aperfeiçoei a interpretar. No caso, começou a latejar apontado para cima e percebi logo que estava a comentar o par de chuchas da moça comigo. E que grande mamaçal que a gaja mandava. Se há coisa que não se quer como as sardinhas é o par de chuchinhas, que só a muito custo se conseguiam manter dentro do decote. A conversa continuou e a canecas tantas ela já estava mais para lá do que para cá. E “para lá”, entenda-se “para o Pacheco”. Mas depois começou a ficar com problemas parvos de consciência de ah e tal só te conheci hoje, ah e tal vais pensar que eu sou uma oferecida, ah e tal eu não faço isto com ninguém, ah e tal não nos conhecemos assim tão bem. Oh filha, se achas que ir-te à cona é muito pessoal posso sempre ir-te ao cu, foi o que me apeteceu dizer-lhe. Mas como tenho uma sensibilidade acima da média e sei que palavras como cona e cu podem ser ofensivas, acabei por dizer-lhe: Oh filha, se achas que rebentar-te o pipi é muito íntimo posso sempre despedaçar-te o rabinho. Não me enganei pois a gaja voltou a arreganhar a tromba, cheia de satisfação. E uma coisa vos digo: Para bom enrabador meia haste basta.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Geiser de nhanha

Ontem acordei com o som da campainha. Gosto sempre destas surpresas. Nunca sei o que vai dali sair e há uma vastidão de hipóteses que se me afiguram como plausíveis: uma gaja ofendida por eu não lhe ter ligado, uma que se esqueceu lá das cuecas e as quer de volta, uma que estava a passar pela zona e decidiu subir apenas para me acordar com uma mamada ou o empregado da esplanada a avisar que há chona fresca a passear no Chiado. Mas ontem era uma cota jeitosa a tentar vender cosmética para homens. Pelos vistos dei o meu nome para receber a promoção em casa. Metem sempre grandes pares de mamas a recolher informações para estas coisas e um gajo baralha-se. Mas a cota era boa e apesar de saber que me ia tentar vender a banha da cobra convidei-a a entrar, na esperança que ela provasse da minha nhanha da cobra. Indiquei o sofá para se sentar e fui buscar um vinho. Ainda tive na mão algumas boas reservas mas acabei por abrir um simples Monte Velho. Imaginei que seria divertido passar do Monte Velho para o montá velha. E assim foi. Ca ganda aviamento naquela pachachona (frase para ser lida com as vogais todas abertas, quase tão abertas como ficaram as bordas da chona da senhora). A esfrega foi tão valente que quando ela se tentou levantar mais parecia o bambi a tentar andar pela primeira vez. Eu não tinha um orgasmo há mais de 24 horas e, como vocês sabem, aqui o Pacheco produz quantidades obscenas de meita. Himalaias de langonha. Qual geiser de nhanha. Por isso, o Pacheco mais parecia um bombardeiro em pleno teatro de guerra. No caso, em pleno teatro de guelra. Temi que no final nem um balde e uma esfregona chegassem para meter a coisa em ordem. Ela arrastou-se pelo corredor até fechar a porta atrás de si, certamente a sentir-se suja. Especialmente por dentro.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Peeping Tom VIII

Já se sabe que o Patife é um feticheiro do caraças e que adora espreitar as pesquisas que os seus leitores fazem nos motores de busca. Ora cá vai mais uma ronda com as sempre inacreditáveis pesquisas que conduziram, no último mês, os mais criativos internautas a este vosso Fode, Fode Patife:

Conas velhas com leite: Em pequeno fazia isso, mas era com bolachas.
Cona com bigodes: São as que chamo de focas. Têm bigodes e cheiram a peixe. Umas foconas, portanto.
Foder de esguelha: para quem tem pichas tortas é certinho.
O que é queridice: É assim coisa a atirar para o piroso que vai muito bem com cuecas de lacinho, cães de loiça e naperons.
Já provou maracujá?: mara não…
Cona francesa: Não é muito diferente da nacional, com a excepção de saber tocar piano com o clítoris.
Beiças da cona: Desta nunca eu me tinha lembrado. Beiças.da.cona. Tem nível. Sobretudo se usado na expressão "parto-te as beiças todas".
Bons caralhos para mamar: Era lógico que aqui virias parar.
Cio sexual da lampreia: Só conheço tipas que se movem como enguias com o cio.
Devagarinho entra: Te garanto que depressa e à bruta também.
Foda com muita meiguice: Ou é foda ou é com muita meiguice. Foda é aviar pachachas. Com muita meiguice remete para fazer festinhas a gatos. O que, lá está, vai muito bem com cuecas de lacinho, cães de loiça e naperons.
Gaja+sonsa+mamas+cona: Um hino à redundância. Se é gaja tem mamas, tem cona e é sonsa.
Lembidelas no grelo: É lembidelas, lentejoulas, lembretas, lemparinas, lêmpadas e lembadas no focinho.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Bocastelo Branco

Ontem bati uma à bruta. Além das estalactites de meita que se formaram no tecto da minha sala, uma generosa dose de nhanha foi parar ao aquário do meu peixe, deixando o seu castelo decorativo todo branco. Por isso, hoje acordei a pensar que se o Bocage e o Camilo Castelo Branco fossem um só haviam de ter saído graciosidades literárias capazes de reforçar a elevada qualidade do Romantismo nacional. E se o Camilo Castelo Branco e o Bocage fossem um só teriam certamente criado coisinhas poéticas lindas assim:

Amigas

Amigas, cento e dez, ou talvez mais,
Eu já contei. E com todas eu fodia:
Todas pus sobre o nabo e não havia
Uma única que não achasse demais.

Amigas, cento e dez! Tão serviçais,
Tão zelosas com lábios de cortesia
Que, de tanto os ver, já me escapulia
Para as suas aberturas vaginais.

Um dia espetei profundamente. Magoei.
Nas cento e dez o nabo esteve presente
E todas se portaram como marotas

Que vamos nós (diziam) fazer?
Com aquele bacamarte vai doer.
Mas lá ficavam com as bordas rotas.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Meter a foice em cabra alheia

Ontem acordei com uma vontade insaciável de meter a minha foice em cabra alheia. E olhem que acordei cedo. Saí ainda meio esgazeado à rua, completamente preparado para despedaçar a primeira pachachinha que me aparecesse à frente. Quando acordo assim apenas vejo em forma de radar, um pouco como a visão do Predador, mas especializado em captar as ondas de calor emanadas pelas pachachas. Consigo diagnósticos dignos de registo. Não sei o que passou naquela manhã mas o radar não captava nada. Já não sabia o que fazer à vida. E à picha. E várias hipóteses se me colocaram: ficar uma manhã inteira sem espetar, ir para casa esfolar o carapau ou esperar. Foi com sérias dificuldades que optei por esperar que a tarde chegasse na esperança que os ventos me trouxessem a fortuna em forma de uma majestosa e sublime chona. Perante o desespero da espera comecei a ter um pensamento à la Barthes: Em Erwartung (Espera) uma mulher espera o seu amante, à noite, numa floresta. Eu apenas espero uma pachacha mas a angústia é a mesma. Tudo é solene. Não tenho o sentido das proporções. E não me julguem um intelectual. Só conheço o Barthes porque um dia ouvi dizer que ele era um grande linguista e eu sempre me considerei o maior linguista de todos os tempos. Mas ao que parece não usamos a linguística para os mesmos fins. Contudo, a espera deu os seus frutos. Apareceu-me uma lambareira sexual cujo radar indicava elevados níveis de pachacho-actividade. Esperar é uma estopada, mas mais vale à tarde do que nunca.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

A Lambeossaura

Contaram-me que ela tinha sido apanhada com a boca na botija e isso foi o suficiente para me despertar a atenção. O facto de estarem a relatar que ela era cleptomaníaca foi coisa que não registei, no momento. Imaginei de pronto uma magana descendente de Lambeossauros a manobrar habilmente com a língua o meu monumental pincel. A ideia tinha-se formulado de tal forma na minha mente que aguardava com uma certa dose de ansiedade o próximo evento social em que a iria reencontrar. E foi assim, num final de tarde de nevoeiro, que a voltei a ver. Na verdade assustou-me. Eu estava distraído a ser servido no bar do evento e quando me virei ela estava ali especada, junto a mim. Assusto-me sempre quando aparecem de fininho e estacam atrás de mim. Tenho de lhes começar a meter um guizo ao pescoço ou assim. No final da festa voltou a acontecer. Eu fiquei a olhar a paisagem no miradouro lisboeta, contemplativo, com uma igreja ao lado. Quando me viro lá estava ela parada, mais próxima do que lhe seria exigido socialmente. Não havia ninguém por perto e do susto a estar a aviar-lhe o bucho foi um instante. Aprecio sobremaneira as cambalhotas ao ar livre mas é sempre um problema. É que eu produzo quantidades obscenas de meita. Mas a igreja estava a precisar de ser caiada e no final até dei o meu contributo àquela seita. Mas antes disso a moça fez a imaginada excursão bucal ao Pacheco. Ca ganda Lambeossaura! Até parecia poesia: A gaja suava, o sino soava, o Pacheco somava. Diga-se de mamagem que foi um dos melhores abocanhamentos da história do Pacheco. E como boa cleptomaníaca lá me roubou um orgasmo.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Com ela atravessada

Ontem reencontrei uma colega do primeiro emprego que tive. Era boa como tudo mas nessa altura não aconteceu nada porque ela era casada e tinha o defeito de ser fiel. Foi uma que me ficou aqui atravessada. Quase tão atravessada como ficou horas mais tarde o meu nabo na sua garganta. Mas já lá vamos. Reencontrei-a, estava divorciada e tinha-se tornado uma estouvada que tinha de aproveitar a vida e tal, carpe diem e a chona a sete. Foi por isso com grande facilidade que fomos para casa dela. Há uma coisa que me irrita nas mulheres. Há bem mais que uma, mas esta molesta-me o miocárdio: Estão na casa delas mas perguntam sempre com ar de sonsas se tenho preservativos. Apesar de ter, respondo sempre que não, que é para assistir a este fenómeno: Elas efectivamente têm e sabem perfeitamente onde eles estão. Mas enquanto fazem o trajecto direitinho ao local onde se encontram os preservativos vão ensaiando desculpas: Talvez tenha aqui uns antigos ou Vamos lá ver se não estão fora do prazo de validade. Como se fossem umas santinhas inocentes que não estão à espera de nada e nós uns devassos fodilhões que andam sempre carregados de preservativos prontos a enfiar no marsapo que as vai devassar até à exaustão. Hão-de reparar, é um fenómeno curioso. Quase tão curioso como o que se passou a seguir. Assim que se despiu deparo-me com uma pachacha gorda, gadelhuda, garganeira e com uma antecâmara vaginal mais ampla que um salão de festas de um palácio real. É que dava para bater palmas lá dentro e ainda ouvir o eco. Enervam-me pachachas propensas ao vácuo. É isso e as cuecas de algodão com um lacinho que ela tinha vestidas. É coisa capaz de arruinar qualquer credibilidade fodenga. Olhando agora de forma distanciada para trás, a decoração da sala era um sinal claro e um aviso à navegação do que estaria à minha espera. Mas não liguei. Nunca ligamos aos sinais quando estamos com a picha em brasa. Apressei-me então a fazer-me ao broche para safar o Pacheco daquele pobre espectáculo chonal. É que uma mulher com uma chona tão mal amanhada é suposto ser uma deusa grega do abocanhamento. Uma ninfa do chupanço. Uma malabarista da trompete. Uma diva da lambidela. Mas a técnica dela era tão deficitária que desta vez foi a moça que acabou por ficar com ela atravessada.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

A calaceira sexual

Não aprecio calaceiras na cama. Já não vou para novo e os meus rins foram submetidos à voragem do tempo e ao desgaste de milhões de aviamentos à bruta com um ritmo de bombada alucinante. Isto para não falar de que aprecio quecas colaborativas. Gajas que se comportam como sacas de batata na cama dão uma certa viabilidade aos pastores da terra do meu avô que se viraram para as ovelhas. E ontem voltei a encontrar uma. A forma como bamboleava o corpo entre a mesa do bar e a casa de banho faria supor que na cama se comportasse como uma enguia com o cio. Mas quando me entra na cama sai-me a maior madraça sexual da minha já longa saga fodenga. Escusam, caros leitores, de começar já para aí a aventar que foi porque não a consegui excitar, como se tal absurdo fosse minimamente plausível. Até porque assim que a minha mão trava conhecimento com as mandrionas bordas denoto logo um exagero molhengo que mais parecia a formação de um tsunami vaginal. Tudo bem que sou um dínamo orgásmico, mas era escusado apresentar a pachacha toda alagada de antemão daquela maneira. Nada a que não esteja habituado, contudo. Mas as ancas, essas, não se moveram uma única vez. Concedo até que o carrossel emocional de estar a ser aviada pelo Patife possa interferir com o seu ritmo. Ou mesmo que não esteja habituada a ter um bajolo tão grande que chega a fazer cócegas no diafragma. Mas não posso desculpar mulheres que não se dão ao trabalho. Sobretudo porque se dão ao caralho.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

O Pesseguitóris

Sei que muitos vão duvidar das palavras que se seguem. Mas garanto que, tal como de costume, não estarei a exagerar. Este fim-de-semana dei o meu giro nocturno e obviamente que a páginas tantas já estava tocado. Não tenho culpa que elas não consigam tirar as mãos de cima de mim. Há noites em que fico mesmo todo tocado. Não largam este naco de carne. O que tenho entre as pernas, entenda-se. É uma espécie de erecção assistida. Agora que penso nisso, a facilidade com que as pachachas se abrem para o Pacheco é impressionante. É como se o Pacheco fosse uma chave. Que abre toda e qualquer fenda. A versão sexual da chave de fendas, portanto. Deve ter sido uma coisa do género que eu disse a uma loira que estava a dançar no Viking este fim-de-semana pois ela respondeu-me: Para ter uma abordagem assim é preciso ter lata. Concordei e respondi que para ir para a cama com o Patife era preciso ter rata. Nem dois minutos depois já estávamos de saída para casa dela. O que se passou a seguir, meus caros, é digno de registo presencial. Que grande bochecha de cona que a gaja mandava. Devidamente decorada com um clítoris do tamanho de um pêssego. Um pêssego careca, ligeiramente rosado. Digo-vos que ganhei uma luxação do pulso a estimular aquele clítoris. Até sou apreciador de fruta, especialmente se for descascada, como era o caso. Mas a protuberância daquele clítoris fez-me lembrar aquela teoria que afirma que o clítoris é um pénis subdesenvolvido, o que foi o suficiente para me vestir e ir para casa. Não vá o nabo tecê-las.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Bocarosa

Ontem aviei a sardanisca de uma moça com ar de rameira que se chamava Rosa. Por isso, hoje acordei a pensar que se o Bocage e o António Ramos Rosa fossem um só haviam de ter saído pérolas literárias dignas de elevar a poesia contemporânea portuguesa. E se o António Ramos Rosa e o Bocage fossem um só teriam certamente criado coisinhas poéticas lindas assim:

Não Posso Adiar o tesão

Não posso adiar o tesão para outro século
não posso
ainda que o meu nabo te sufoque na garganta
ainda que a tua chona estale e crepite e arda
sob bombadas pingentes
e montadas pingentes

Não posso adiar este marsapo
que é uma arma de dois gumes
ardor e ócio

Não posso adiar
ainda que o meu mastro pese séculos sobre as costas
e a ejaculação massiva demore
não posso adiar para outro século a minha picha
nem o meu fervor
nem o meu grito de satisfação

Não posso adiar o tesão

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Meter as mãos à cobra

Ontem voltei a encontrar uma vizinha que tem há anos o desejo inconsolado de me meter as mãos à cobra. Durante quase uma década o nosso diálogo apenas se resumiu a insinuações que envolvessem as suas mãos a puxar o lustro à maçaneta do Pacheco. Por força que só me quer bater uma, mais nada, a mal-governada. Mas percebo a pancada. O Pacheco tem muito crédito no mercado. Por isso achei que seria de bom tom deixar o meu crédito por mãos alheias. E ontem ela não me deixou alternativa, completamente compenetrada no seu objectivo. Há quem use o pé de cabra para forçar situações de difícil acesso mas ela usou uma ferramenta ainda mais eficaz: a fé de cabra. Não há nabo que resista. Mas claro que o Pacheco não é bacamarte para se contentar só com uma mãozinha, por mais habilidosa que seja. Por isso, enquanto ela me amolava a chicha, concentrei-me em desapertar-lhe o soutien. Tenho tanto traquejo no assunto que sou capaz de o fazer só com o olhar. Assim que vou à minha gaveta buscar a gabardina fálica vejo que apenas tenho preservativos daqueles que brilham no escuro que uma magana se esqueceu certo dia no meu carro. Aproveitei a deixa e apaguei todas as luzes. Haviam de ver: o Pacheco mais parecia um sabre de luz a encher o vácuo espacial. Senti-me como o Obi-Wan Kenobi da Guerra das Estrelas a manobrar habilmente um longo feixe de luz. E claro que lá fiz render o feixe.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

15 minutos de mama

Tenho um fetiche por mulheres de coro. Já aviei algumas e tenho a dizer-vos que até podem ser de coro, mas na cama não têm decoro nenhum. Há uns tempos que ando a catrapiscar uma mulher de coro e este fim-de-semana ela foi cantar numa igreja. Por isso lá fui, nosso senhor que me perdoe, só para a ver de goela aberta e aferir das suas capacidades bucais. O pior é que a interpretação do coro foi antecedida por uma missa e a dado momento olho para o lado e vejo uma fulana que me tinha abocanhado o trombone na semana anterior. Começo a ter a ligeira sensação que são poucas as bocas de Lisboa que ainda não me passaram pelo pincel, o que faz do Pacheco uma espécie de Kursk das pichas-submarinas. Até pode andar uns tempos a flutuar-lhes nos lábios mas foi feito para afundar. Mas continuando a história para não me dispersar: Lá estávamos os dois, lado a lado, de mãos postas e joelhos dobrados sobre a madeira empoeirada da igreja, poucos dias depois de quase lhe ter perfurado o esófago com o pincel. A situação era potencialmente constrangedora mas aqui o vosso amigo Patife ergueu a cabeça, sorriu e sussurrou-lhe: É estranho estarmos ambos de joelhos ao mesmo tempo, não é? Presumo que humor que envolva meter um nabo gigantesco numa boquinha santa não seja o mais indicado para usar no interior de uma igreja. Percebo isso pela forma como ela grunhiu enquanto mudava de fila. Por isso deixei que a missa acabasse e aguardei que a mulher de coro cantasse e tivesse os seus 15 minutos de fama. Já o Pacheco acabou por ter os seus 15 minutos de mama.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

A Caramela

Se há coisa que me toca no coração e me coloca em contacto com o meu lado mais sensível é sentar-me numa esplanada do Chiado em tempo de Verão. Aquilo é um festim para os sentidos. Mamas aos saltos, vestidos com decotes, decotes com vestidos, pernas em barda, festas em bordas, peles bronzeadas, cabelos soltos e aquela sensação tipicamente veraneante de que tudo pode acontecer. Mas claro que depois há sempre alguém que abusa. Foi assim que conheci a Caramela. Teve a audácia de bambolear pelo Chiado a chupar caramelo o que, só por si, já é uma clara invocação de pinanço. Só que ela chupava caramelo com um misto de arte e sofreguidão, só ao alcance de quem tem uma fixação neurótica por meter a boca no trombone. Há muitas assim, cujo Santo Graal sexual é enfiar uma picha pela goela adentro e ficar por ali horas. Se possível até gostam de adormecer com ela enroladinha dentro da boquinha, mas eu não me meto nisso pois há por aí muito boa gente que sofre de bruxismo. Mas para todas essas há um denominador comum que as evidencia do resto da multidão: A forma como chupam um caramelo. Elas sabem disso mas eu também. Por isso quando a vejo a descer o Chiado toda lampeira, a dar voltas e voltas e mais voltas ao caramelo dentro da boquinha fresca, depressa desconfiei que aquilo era um incitamento fálico-brocheiro. Não me enganei, uma vez que meia hora depois a Caramela já estava a esfolar os joelhos no irregular soalho de madeira do meu quarto, enquanto dava à língua. É, de longe, o tipo de conversa que mais aprecio: a conversa enfiada.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Fissura de estilo

Não sou de promover muitas coisas. Quer dizer, promovo algumas bocas até ao topo do meu pincel, mas isso não conta. Mas quando cheguei de férias fui a um concerto ao engano. Pensei que o convite para Dusk at the Mansion seria uma convocatória para um serão numa mansão orgíaca e fui de nabo arrebitado e todo aperaltado. Até fiz risca ao lado no Pacheco e tudo. Não me deram chona mas deram-me música. O pior é que era da boa. Queria ficar rabugento mas a música era realmente intensa com ritmos que facilmente ajudariam a sincronizar a bombada sexual com qualquer parceira. Além de terem uma ambiência sublime e trepidante, vi que estavam a levar as mulheres à loucura. O que é bom, pois eles é que têm o trabalho de as aquecer enquanto depois apenas tenho de as comer. Por isso o meu obrigado aos Dusk at the Mansion pela tipa que afiambrei nessa noite que já vinha com o serviço dos preliminares adiantado. Assim que a dispo, topo que a gaja tinha, literalmente, a cona aos saltos, certamente ainda contagiada pelo ritmo da música. E não estou a introduzir nenhuma figura de estilo. Estava realmente aos saltos, naquilo que me pareceu ser mais uma fissura de estilo. Foi exactamente através da tipa que fiquei a saber que o concerto foi filmado naquela noite para um concurso de bandas que está agora a decorrer. Descarreguei algumas das suas músicas e passei a noite inteira a martelar ao som dos tipos. Palavra de honra que a cada nota de violoncelo que soava no meu quarto a tipa ficava de costas encarpadas como se não houvesse amanhã. Ora vejam lá se isto não é música perfeita para fornicar. Mas depois da moça ir embora fiquei extasiado na cama e continuei a ouvi-los já fora do registo sexual, que é coisa raríssima e que só me acontece duas vezes por ano. São realmente absorventes e quero vê-los novamente ao vivo. Por isso vão lá aqui votar na banda na categoria electrónica/alternativa pois as mais votadas terão concerto marcado ainda este mês. E depois podem ir ouvi-los. E saberão que o Patife lá estará ao ataque e atento a chona fresca. Não levem é cuecas com o elástico lasso. Que eu vou estar atento.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Encher-lhe as medidas

Ter estado tanto tempo de férias está a provocar os seus danos colaterais. Ontem ligou-me uma mafarrica que tinha aviado em vésperas de ir de férias. Já nem me lembrava do nome dela - apesar de me lembrar perfeitamente do tamanho e da silhueta das mamas - mas a magana telefonou para se lamentar que não voltei a ligar, que nunca mais me viu e que a minha ausência a fez sentir um grande vazio dentro dela. Fui sensível a este argumento. Sei que ela não estava a exagerar, porque após uma maratona de seis horas com o Pacheco enfiado até aos fundilhos é perfeitamente natural que fique a sentir um grande vazio dentro dela, criado pelo tempo de exposição ao meu bajolo. Aliás, depois de ter tido o Pacheco lá dentro acredito que mesmo que agora entre num gang bang com dez pichas ao mesmo tempo a escancararem-lhe a pachacha sentirá sempre um certo vazio. Senti pena da moça e disse que podia passar cá por casa. Sei que só eu é que lhe consigo encher as medidas. Mas assim que a despi percebi logo que tinha exagerado no esfolanço de chona que lhe dei antes das férias. Ela tinha as bordas da cona mais lassas que o elástico das cuecas que trazia vestidas, o que à partida parecia uma missão impossível. Não percebo o excesso de uso que algumas mulheres dão ao elástico das cuecas. Já o excesso de uso que algumas dão às bordas da cona percebo perfeitamente.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Não há bela sem tesão

Sim, voltei. Meninas, certifiquem-se que os companheiros não estão em casa e vão buscar os vibradores. Rapazes vão buscar os blocos de notas. Pode ser que aprendam alguma coisa.

Tal como no ano passado, as minhas férias passaram a foder. Para quem não sabe, o Patife tem o sonho de dar a Volta ao Mundo em 80 Cricas. São 80 Cricas internacionais, cada uma do seu país sem valer repetições, que o Patife tem de comer antes de morrer. Antes destas férias estava em 61 pachachas de nacionalidades distintas e faltava-me o Tour Africano. Foi este ano e, oh, o que aquela gente gosta de foder. Estas férias proporcionaram-me uma incursão pelo interior das bardanascas africanas, o que me deixou a apenas três pachachinhas de completar o meu magnífico sonho. Mas nem tudo é poesia. A pachacha africana é uma pachacha comilona, hiperactiva, ginasticada e destruidora. Recomendo vivamente a introdução de pausas de pelo menos quatro horas entre chonas africanas. Eu não o fiz e tive de prolongar as férias mais um mês para ficar num SPA Genital a tratar devidamente da recuperação do meu bacamarte, após um dia particularmente esgotante passado na Nigéria. No hotel onde estava hospedado decorreu uma convenção de cosmética com representantes de vários países africanos. E já sabem que com o Patife não há bela sem tesão. Vi logo ali uma oportunidade de ouro para me aproximar a passos largos do mítico 80. A coisa estava a correr bem até que aviei a chona ganesa. Aquelas bordas tinham tanto andamento que mais pareciam uma passadeira de pilões. O pior é que fiquei com uma grande comichão, o que até é curioso uma vez que comi chona.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Queria de ti

«Queria de ti um pipi de vontade e de bruma
Queria de ti um mamar até fazer espuma»

Quinta-feira regressam as crónicas do Patife. Até já.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Bocal Berto

Ontem à noite, a gaja que me mamou à boca cheia ficou depois umas duas horas com o orifício bocal aberto. Por isso, hoje acordei a pensar que se o Bocage e o Al Berto fossem um só haviam de ter saído preciosidades depressivas capazes de reforçar a qualidade da literatura melancólica nacional. E se o Bocage e o Al Berto fossem um só teriam certamente criado maravilhas poético-neuróticas assim:

14 de janeiro
todo o santo dia bateram-ma torta. as pálpebras não as abri, não me apetece ver pessoas, ninguém.
fodi muito, de tarde e pela noite dentro.
curiosamente, hoje ouve-se o mamar como se estivesse dentro da alma. o vento deve estar de feição. a ressonância das mamas contra o pacheco sobressalta-me. desconfio que se disser vem-te em voz alta, outra chona entra pela janela.
sou um homem privilegiado, ouço-as a mamar ao entardecer. que mais posso desejar? e no entanto, não estou alegre nem apaixonado. nem me parece que esteja feliz. fodo com um único fim: salvar o dia.


E com isto o Patife vai de férias. Obrigado por uma segunda temporada fantástica.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Perder o cio à criada

Este fim-de-semana fui sair a um sítio que estava apinhado de pessoas com uma característica particular que muito me agrada: pessoas com pachacha. Aquilo era só gajas a dar com o pau. Com o Pacheco, entenda-se. Mas às tantas já estava a ficar confuso. O Pacheco não sabia para onde se virar e aqui o Patife, na ânsia de não perder pitada do manancial de decotes-expositores de tetas, de calças justas a delinear dançantes bordas da chona e de rabos bamboleantes em vestidos justos, sentia que os olhos estavam a entrar em R.E.M. Mas de repente o momento cristalizou, o ritmo da música e os gestos entraram em slow-motion e tudo se desfocou à sua passagem. Parecia uma princesa. Mas como as princesas me dão vómitos continuei à procura de uma com ar selvagem e que não me obrigaria a grande conversa para a meter a direito até lhe deixar a cona torta. Assim que me levou para uma grande mansão, confesso que estranhei: será que afinal esta badalhoca é que é mesmo uma princesa? Mas não. Era apenas a criada e a família fina estava fora. Coisa que atiçou a minha curiosidade pois estava desejoso de assistir ao contraste de ver uma criada habituada a limpar gente fina a conspurcar-se aqui com gente grossa. Não sei como é a sua performance como criada mas se fosse semelhante à sua forma de pinar seria certamente despedida em breve, pois a rapariga fodia mal e porcamente e quase me fez perder o fio à meada. Mas parte do porcamente até me agradou, por isso dei-lhe um aviamento por trás à antiga com tanta energia e fulgor que foi até perder o cio à criada.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

A rata-pingada

No outro dia acordei com muita vontade de ouvir uma marmanjona a berrar à maluca. Por isso fui a um bar que estava na berra. Pareceu-me o local indicado para encontrar uma. Mas claro que o Patife não se contenta com qualquer uma, por isso não bastava que fosse uma que simplesmente berrasse. Como também andava com vontade de comer uns caracóis, tentei juntar o fútil ao agrafável e arranjar uma mariola de cabelos aos caracóis para agrafar por trás. E como com o Patife “querer é foder”, assim que ela entrou no raio do bar percebi logo que era a eleita. Ar altivo, voz quase tão bem colocada como eu costumo colocar o Pacheco, caracóis naturais e pose de gata-pingada, o que me levou a acreditar que a ia deixar de rata-pingada. E se há coisa com que o Patife pode é com uma rata pelo nabo. Claro que durante a conversa apeteceu-me chamar por diversas vezes a brigada anti-tédio, mas eu estava muito focado na berraria desenfreada que se adivinhava. Assim que a começo a despir deu logo a entender que o céu seria o limite para os excessos vocálicos que seria capaz de fazer. A cada toque de pele ela gemia muito mais do que lhe seria exigido. Mas entre gemidos sem eira nem beira soltou um: Chama-me puta! Oh diabo. Já tratei muitas como putas, e oh se gostam, mas acho indelicado meter isso por palavras. Ainda tentei perguntar se podia meter isso por actos, mas ela estava lançada e atalhou o meu raciocínio: Sim, sim, sou uma putalhona! Até o Pacheco lá em baixo fez uma pausa para processar a informação. Para compensar o facto de não a ter chamado como pediu, tive o cuidado de lhe deixar uma notinha no final. Curiosamente não gostou de ser tratada da forma como, expressamente, me pediu. Nunca hei-de perceber tamanha falta de coerência feminina.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Fazer das tipas coração

Há um gajo muito carroceiro dentro de mim. Os meus pais cedo se aperceberam disso e tais comportamentos não eram bem vistos na polida escola social em que o Patife cresceu. As boas notas serviam para serenar os ânimos mas também eram uma pedra no sapato. Enquanto me vaticinavam um futuro brilhante como neurologista, advogado ou empresário eu sonhava em trabalhar numa bomba de gasolina. É por isso muito comum, ainda hoje, o Patife terminar as pinadas com um mítico: Era para atestar, não era menina? Haviam de ver as caras que algumas fazem de papo cheio, imaginando-se um veículo automóvel. Sou eu com esta fixação de ser gasolineiro e o meu amigo Xerife com a profissão de sapateiro. Diz ele que tem o sonho de ser sapateiro para depois poder dizer com toda a propriedade às marmanjas que acaba de aviar: Agora que já te puxei o lustro vou dar à sola. Isto a propósito da mafarrica que ontem se aplicou no meu sardão. Após deixá-la devidamente atestada e, como gasolineiro experiente, rematar com um Cá está, nem saltou uma gotinha, a tipa surpreende-me com uma teoria absurda, coisa digna de psicóloga que, efectivamente, era: Ó Patife, a mim não me enganas tu. Só dizes essas coisas quando sentes que uma mulher se aproxima do teu coração, por defesa emocional. Aposto que já há por aí olhinhos a brilharem, ávidos de esperança, mas parem já com essa lamechice. Posso pinar a torto e a direito, ser embaixador da parvoíce e proporcionar a maior voltinha de carrossel sexual da vida de uma gaja. Mas há uma coisa que o Patife não faz: É fazer das tipas coração.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Sexaholics Anonymous

Foi desta. A minha equipa de terapeutas fartou-se e mandou-me para os Estados Unidos da América na esperança que uma lavagem cerebral dos Sexaholics Anonymous funcionasse. Quebro já o suspense para dizer que não funcionou. Mas diverti-me. Foi uma experiência deveras enriquecedora do ponto de vista humorístico. Partilho, pois, convosco as perguntas e considerações a que fui sujeito, assim como as minhas notas sobre as informações recolhidas. E uma coisa vos digo meu caros amigos: Estes americanos são doidos.

«Do you feel the right relationship would help you stop lusting, masturbating, or being so promiscuous?». Don´t know. But sure hope not.

«Although sexual compatibility do you still masturbate?». Is that wrong?

«Does an irresistible impulse arise when the other makes the overtures or sex is offered?». Nah... That´s cheap... I always think: there must be a harder way.

«Avoid triggers: Many things can trigger lust: movies, magazines, swimming pools, internet». Oh avoid living, is that it?

One of the Twelve Steps: «Made a list of persons you had harmed through sex and make amends to all them». My name isn´t Earl.

«Do you have a desperate sexual need for someone?». Ufff. No i don´t… I just have a sexual need for someone-hundred.

«Do you have to resort to images or memories during sex?». Don´t HAVE to. Just WANT to.

«Do you keep going from one “relationship” or lover to another?». Again: Is that wrong?

«Do you turn to a lower environment when pursuing sex?». Lower the environment, higher the stimuli. Don´t shoot the messenger.

«The Problem: You are addicted to the intrigue, the tease, the forbidden». Yeah… big, big problem. Addicted to the intrigue! Huh… the tease… ah… the forbidden… oh… aren´t we all!?

terça-feira, 17 de maio de 2011

Roupa interior a rigor

Aprecio sobremaneira as mulheres que combinam a roupa interior com as restantes peças de vestuário. É uma delicadeza visual que valorizo. Mais do que o comportamento obsessivo-compulsivo que não permite tal incoerência cromática, uma mulher que se dá a esse trabalho mostra que sai para a rua preparada para tudo. Indicia arrojo e ambição, coragem e valentia, bom gosto e ousadia, além de mostrar que é uma grandessíssima porca que coloca como hipótese viável conhecer um gajo num momento e estar a despir-se no momento a seguir. Tudo pontos a favor, portanto. Mas no outro dia assustei-me. Encontrei-a a tomar um café no Chiado, ao balcão. Tudo ali fazia sentido visual. Até a gabardina condizia com o esmalte dos dentes. Uma sintonia perfeita que me levou a pensar: Cá está uma das que sai para a rua equipada a rigor para ser aviada com vigor. Qual não é o meu espanto quando, depois de devidamente conquistada pelo meu encanto natural, se começa a despir e a roupa interior não bate a gaita com a perdigaita. Uma rebaldaria gráfica, um desdém no momento de vestir, um “estou-me nas tintas” pedante que me afligiu os nervos, uma sobranceria na escolha da roupa interior, como quem diz que nem precisa de se esforçar para arrebitar o salpicão de um gajo. Um “venha quem vier” que eu chego e sobro para ele. Mas o Patife gosta que as mulheres no geral, mas sobretudo as mulheres que sabem que vão passar pelo Chiado, empreguem o máximo de dedicação na selecção da roupa interior para a eventualidade de virem a conhecer o Patife. Penso que é o mínimo da boa educação e da decência social. O aviso fica feito. A próxima que apanhar no Chiado com a roupa interior toda destrambelhada dos daltonismos será superiormente castigada.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Bocavícius

Ontem conheci uma brasileira que tinha um vício de boca inigualável. Obviamente que o Patife é um tipo cordial que dá o nabo ao manifesto para ajudar a saciar os apetites que teimam em prosperar por essas bocas cheias de vícios. Por isso hoje acordei a pensar que se o Bocage e o Vinícius de Moraes fossem um só haviam de ter saído pérolas poéticas capazes de reforçar a qualidade da literatura transatlântica de língua portuguesa. E se o Bocage e o Vinícius de Moraes fossem um só teriam certamente criado coisinhas poéticas lindas assim:

Soneto do tesão total

Avio-te tanto, com o coração distante
Com tal tesão que nem parece verdade
Avio-te à bruta mas só como amante
Numa sempre diversa realidade.

Avio-te aqui desprovido de prazer prestante
E aviso-te além que não vou sentir saudade.
Afinfo-te, enfim, com grande liberdade
Sem promessas de eternidade a cada instante.

Fodo-te como um bicho, simplesmente
De um tesão sem mistério e sem virtude
Com um mastro maciço e permanente.

E de te aviar assim, muito e amiúde
É que um dia na tua chona de repente
Hei-de morrer de foder mais do que pude.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Piquenique de pachacha

A extensa equipa de terapeutas que me trata recomendou-me ir passar o fim-de-semana para o campo, isolado do ritmo urbano-caótico-depressivo que, dizem eles, me impele a só pensar em aviar pachacha a metro. Por isso lá fui, preparado para enfrentar 48 horas inteirinhas sem apelos sexuais. Estão certamente a ver o drama. Uma quinta isolada no meio de um monte alentejano, rodeada de uma vastidão de ervas daninhas, oliveiras e passarinhos a chilrear. Só de imaginar o cenário ia tendo um enfarte do miocárdio fálico. Até escolheram uma quinta com um caseiro macho, para não haver possibilidade de uma escapada nocturna. As primeiras horas foram passadas como um autêntico toxicodependente a ressacar: suores frios, o nabo a latejar e a gritar por uma pachachinha perdida algures num qualquer recanto da quinta, a vasculhar cada divisão da grande mansão na vã esperança de encontrar uma beata com cona que fosse, esquecida por ali. Nada. Completamente nada. Ainda encontrei uns vestígios de rasto de nhanha de chona, mas já não eram deste mês por isso não o segui. Tenho princípios. A fome do Pacheco não me deixou dormir e no domingo já estava à beira de um ataque de nervos. Telefonei ao chefe da equipa de terapeutas que me sugeriu ir dar um passeio ao ar livre, respirar fundo e essas mariquices anestésicas. Caminhei muito e passada uma hora olhei para cima da colina e vislumbrei uma multidão de moças, ali, soltas no campo. Ah ca ganda piquenique de pachacha. Certamente que o périplo por este deserto sexual estava a originar miragens, pensei. Ainda hoje não sei se aquilo foi tudo uma ilusão fruto da abstinência ou um oásis de chona para turistas. O certo é que da miragem à pinagem foram duas letras de distância.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

A chupinha de massa

Ontem aviei uma sopinha de massa. Há qualquer coisa de encantador numa mulher que não consegue dizer os ésses. Por isso convidei-a para jantar, já com uma ideia fisgada. Na minha cabeça estava tudo preparado minuciosamente para um petisco de pachacha. E o plano era este: No início da refeição, e de menu na mão, perguntava-lhe delicadamente se ela queria uma sopinha, só para a ouvir responder com o seu trejeito vocal: Xim. Quero uma chupinha. E aí, o Patife, educado, sentir-se-ia impelido a fazer-lhe a vontade enquanto ela teria de se amanhar com o carácter vinculativo da sua afirmação. Pareceu-me um guião digno de registo, com uma plausibilidade própria de um documentário do Michael Moore. Por incrível que pareça foi exactamente assim que tudo aconteceu e a sobremesa foi tomada sobre a mesa da casa da pequena. E que sobremesa tão saborosa. Ainda não tinha assumido aqui publicamente as minhas capacidades orais, até porque só vos conheço há pouco mais de um ano e eu sou um gajo reservado que não anda por aí a dizer tudo o que faz na cama. Mas sinto que já temos uma intimidade que me permite confessar-vos que o Patife é um carro alegórico da minetada. Um submarino do prazer. O Merlin da oralidade. Um mestre da lambuzice. O Lúcifer do grelo. Um guru do abocanhamento. Um mago da trombada. Um tornado da crica. Um ás da serpentina linguística. E em tantos anos de minetice nunca me tinha aparecido um suco de crica tão sublime. A gaja tinha uma pachacha tão doce que mais parecia ter sido extraída de uma plantação de cona-de-açúcar.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

A carecona

Quis uma ironia do desatino que uma das melhores quecas do Patife tivesse sido proporcionada por uma gaja careca. Confesso que sou um pouco preconceituoso com a insuficiência capilar no escalpe de uma gaja. Uma tipa de cabelo rapado assemelha-se ao ex-árbitro italiano Collina e imaginar uma careca a soprar-me no apito pode originar uma dissonância cognitiva difícil de ultrapassar. Mas ela tinha uns olhos magnetizantes, profundos e vacilantes que lhe enfeitavam um rosto de linhas suaves e delicadas. Pelo menos foi o que me disseram, que eu cá só reparei no ganda par de tetas que desafiava a lei da gravidade e me desfocava a visão. Depressa achei que o facto de ter encontrado uma mulher careca deveria ser um sinal cósmico, já que ela é carecona e o Patife quer é cona. Dou grande importância a estes paralelismos fonéticos. Considero-os as rimas da vida e um aviso do além. Por isso avancei. Mas, ó sorte marreca, quem iria imaginar que uma gaja de cabeça completamente rapada mandava a maior farfalheira da história da pachacha? Uma autêntica farfalhuda da selva da qual não custava imaginar que pudesse saltar ali do meio um puma a qualquer instante. Que completa falta de simetria capilar. Sou só eu a notar a falta de mau gosto e a incoerência da questão? É o auge da publicidade sexual enganosa. Um ludíbrio imaginativo. Uma finta desleal ao poder de dedução. Qualquer homem que se preze e com o mínimo de tesão assim que vê uma gaja de cabelo rapado põe-se a imaginar um papinho de cona onde se pode fazer patinagem artística e fazer deslizar o nabo, dando a ilusão de estar a brincar num escorrega chonal. Mas aquilo intrigou-me e tive de aprofundar com tesão. E deixem-me que vos diga: Ainda bem que lhe dei o benefício da pívia.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

A posta na ponta da língua

Há moças que não sabem. E depois há as que não sabem e que não querem aprender. São as que mais me chateiam. Não saber é natural e está aqui o Patife para ensinar. Não querer aprender é um delito grave. Mais grave que isso só mesmo já saber tudo. Essas não me dão muito gozo, confesso. Gosto de as ver a assimilar ensinamentos com a mesma sofreguidão com que assimilam o Pacheco pela traqueia adentro. Os olhos ficam esbugalhados e com um brilho próprio de quem está a aprender algo de novo. É a magia do conhecimento. É impossível de resistir. Quando a vi na praia com a silhueta de um mocho tatuada na nuca - esse ícone  da sapiência e do conhecimento - depressa percebi que estava ávida de aprendizagem. Assim que lhe meti dois dedos na conversa logo comprovei que a rapariga não tinha licença de porte de armas de alto calibre. Pelo menos do meu ponto de picha. Pensei de pronto que aquilo era impróprio para maníacos e estava quase a desistir e a virar-me para um par de tetas oferecidas que me estavam a catrapiscar dentro de água, quando ela me contou que tocava numa orquestra. Ah matreira dum catano. As mulheres sabem que um homem não resiste a quem tenha experiência em instrumentos de sopro. Com um bocadinho de sorte ainda me soprava aqui no trombone. No pior dos cenários sabia manusear o arco de um instrumento de cordas, mas em todo o caso haveria sempre sapiência bocal ou manual. Afinal era mesmo trombone o que me levou a acreditar que a técnica entre o domínio de boca e de mão se aproximava da excelência. A sonsa, assim que percebeu o que resgatava a minha atenção, não parou de se insinuar, confessando que gostava de estar sempre a tocar trombone e a dar concertos em barda. Como sou bastante competitivo tive de lhe mostrar que sou um perito a dar consertos em bordas. Mas como sou um cavalheiro que gosta de agradar, obviamente que também a deixei brilhar à boca de cena do meu trombone. Sim é verdade. Tenho-a sempre posta na ponta da língua.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Chegar a lontra ao grelo

Vocês sabem bem que o Patife é um benemérito que quer contribuir para uma causa maior. Obviamente que não há causa maior que o Pacheco mas isso já é outra história. Eu estava era a caminho de casa, vagabundeando lentamente pelo meu querido Chiado, entretido a falar com os meus colhões, quando inadvertidamente escuto duas amigas à conversa numa esplanada: Ela precisa é de dobrar a língua! De pronto as minhas pupilas dilataram, o faro cristalizou, as orelhas arrebitaram e o Pacheco empertigou-se. Foi o que bastou para me sentar na mesa das piquenas. Depressa lhes expliquei a minha infalível técnica para dobrar a língua à amiga delas, caso fosse necessário o uso dos meus métodos pela terapia do falo. Assim que me contaram que se queriam vingar da rapariga em questão, que até vivia no Chiado, fiquei logo a contar com o bajolo no cu da vizinha. Elas estavam zangadas com a moça que diziam ser uma ordinária pilhadora de namorados. Sedentas de vingança mesquinha esperámos até que a moça aparecesse e elas indicaram-me o alvo. Quando vejo aquele corpo a bambolear Chiado abaixo, em percurso inverso ao do Pacheco que já ia Chiado acima, depressa me apercebo que aquilo não era uma mera mulher. Era o circuito do Mónaco das silhuetas femininas. E vocês sabem que o Patife está aqui para as curvas. Ainda alvitraram que ela merecia era que lhe chegassem a roupa ao pêlo. Mas como o Patife é contra a violência sugeri que lhe chegasse aqui a lontra ao grelo.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

E pudesse eu pinar de outra forma

Admiro o Manel Cruz. Por isso custa-me um pouco subverter a perfeição lírica do homem. Manel, desculpa lá isto, pá. Mas do foge foge bandido ao fode fode patife vai apenas um jogo de palavras de distância. Por isso, deixem-me cá recordar os tempos de ornatos violeta e a subversão lírica que em tempos cantei à rapariga armada em virgem ofendida que ousou misturar a pureza do tesão com os conspurcados sentimentos de amor eterno, desregrando as normas da fodenguice. Manel, a sério, pá. Desculpa lá isto. É meter ali no play e ouvir o original enquanto se canta a letra do Patife por cima:


Ouvi gemer
Ouvi gemer e o teu tesão acabou...
Pois eu não tive a noção do seu fim!
Pelo que eu já tentei,
eu não vou vê-lo em mim
se eu não tive a noção de ver nascer uma emoção

E ao que vejo, tudo foi para ti
uma estúpida emoção que eu nem senti
E eu fiquei com tanto p´ra pinar
E agora não vais achar nada bem
que eu pape a cona em raiva.

E pudesse eu pinar de outra forma!
E pudesse eu pinar de outra forma!
E pudesse eu pinar de outra forma!

Ouvi gemer e o mundo acaba amanhã,
e eu tinha tantos planos p'ra depois!
Fui eu quem te levantou as saias
na pressa de ficarmos a sós
sem tirar das pinadas seu cruel sentido...
Sobre a emoção estar cega,
resta-me apenas o meu Pachecão
e um dia vais ser tu
ou talvez o teu cu
onde eu já fui
um dia vais assim foder

E pudesse eu pinar de outra forma!
E pudesse eu pinar de outra forma!
E pudesse eu pinar de outra forma!
Sei que vais assim foder
E pudesse eu pinar de outra forma!
E pudesse eu pinar de outra forma!
E pudesse eu pinar de outra forma!

A pachacha está coberta
e alguém me mamou o Pacheco em toda a parte:
nas casas, nos carros, nas pontes, nas ruas.
Em todo o lado essa mamada
repetida ao expoente da loucura!
Ora amarga, ora doce…
Para nos lembrar que o amor é uma doença,
quando o que interessa é ter a picha dura

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Queridices não, foda-se

Não há uma forma querida de dizer isto. Da mesma forma que não há uma forma querida de foder. Haver até há, mas dá-me urticária psicossomática, por isso vamos fazer de chona que não há. Não vou estar para aqui com rabinhos quentes. Por isso peço novamente desculpa pelo que se vai passar a seguir. A sério que sim. Mas foda-se caralho pá bardajona badalhoca com cona de foca meretriz por um triz que não sei se te faço a peida ou se já ta fiz. A próxima vez, oh com um caralhete, que me tratares por meu fofinho queridinho, valha-me a paciência da ponta da pichota, a meio de uma colossal canzana em que estou entretido a ver ao espelho a magia do desaparecimento do meu mastro no teu cagueiro, caralho foda-se, assustando-me com essa expressão ao ponto de perder a ponta dentro da tua bilha de lontra, te garanto, ó minha dengosinha fodilhona, que aqui o Pacheco te dá uma formação em língua portuguesa com tal intensidade que nunca mais consegues articular uma construção frásica que não passe exclusivamente por aumentativos, caralho foda-se. Pronto. Era só isto para exorcizar as tourettices que me poluem a espuma dos dias.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Prémios Pacheco d´Ouro

Pois é, bebés. O Fode, Fode Patife completa hoje um ano de parvoíce. Há quem se tenha rido, há quem se tenha vindo, há quem tenha apertado o clítoris enquanto lia, há quem tenha adormecido a pensar como seria levar uma pinada do Patife, há quem tenha tido sonhos húmidos e há quem tenha feito pocinha na cuequinha sempre que abria este recanto. Ao longo deste ano o Patife esteve atento. Aos vossos comentários, às vossas críticas, aos vossos orgasmos tácitos escondidos nas entrelinhas, aos vossos votos e às vossas sugestões. É com base nas vossas acções ao longo deste primeiro ano que vou atribuir os prémios Pacheco d´Ouro. Por isso, fiquem sabendo quais os posts que mais recolheram a vossa simpatia, por esta ou aquela incompreensível razão:

Pacheco d´Ouro da Tagarelice
Bocamões – 105 comentários

Pacheco d´Ouro do Voyeurismo
Era uma vez uma ratinha – 4.232 visualizações

Extraordinário Pacheco d´Ouro
Meiguices não, foda-se – 32 votos extraordinários

Especial Pacheco d´Ouro, recomendação do produtor
A primeira vez do Patife – Porque a primeira vez nunca se esquece

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Andar de boca em boca

Não percebo as pessoas que me recriminam por ser Pachecocêntrico e de só falar do tamanho e da capacidade da minha artilharia sexual. Sim, é verdade que estou sempre a cantar de falo. Até podia vir para aqui citar gente insuspeita, como o Henri Michaux, que dizia que neste século o falo tornou-se doutrinário. Mas a verdade é que aqui o Pacheco é vaidoso e egocêntrico por uma razão: é que o gajo adora andar de boca em boca. Tudo começou num belo final de tarde da minha adolescência. Caminhava pela serra de Sintra com uma amiga e a dado momento parámos. A humidade da serra deixou-a com os mamilos hirtos e molhados e a fina blusa que trazia deixou-me o pincel a arfar. O Pacheco ficou logo em posição e fez-lhe sinal para a tipa se ajoelhar. Como tínhamos feito uma longa caminhada, para recuperar o fôlego antes de começar a mamar no palhaço ela pegou primeiro na garrafa de água. Foi o que bastou para me deixar com água no bico. Por isso é que o Pacheco está sempre pronto a abanar o capacete da mesma forma que o Patife está sempre pronto a abanar o cacete. Mas confesso que por vezes na mamada pachecal, o tamanho da minha verga pode ser prejudicial às mamíferas que por aqui passam. Há uns meses, no meu escritório, uma atiradiça meteu-se debaixo da mesa e lançou-se ao abocanhamento com tanta vontade que bateu com o nariz na torta. Do que ela não estava à espera era que, a meio da festa rija, entrasse a minha assistente e a apanhasse com a boca na botija. Ainda tentei juntar a assistente à festa chupista, mas com duas a chupar a situação era potencialmente um pau de dois bicos.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Meter o nabo entre as pernas

Eu bebo excessivamente quando estou com mulheres por perto muito por causa da mania que têm de falar de trabalho. Não percebo a obsessão que as mulheres têm em falar de trabalho. Já conheço o discurso de cor, já sei que o mundo laboral é injusto, que os medíocres e intriguistas é que vingam, que quem não chora não mama, que os chefes não prestam, que a do lado é sonsa, que a outra foi aumentada na mesma proporção em que aumentou o pincel do chefe, que o trabalho é muito, que andam há muitos anos nisto e ninguém lhes dá valor, que têm responsabilidade em demasia, que ai jesus agora trabalha-se até tão tarde e que um dia, há sempre um dia, atiram isto tudo para as urtigas. Não aguento mais. Comigo podem falar de ideias e ideologias, de mitos e mitologias, de filhoses e filosofias. A próxima que me voltar a falar de trabalho será, pouco gentilmente, aviada no rabalho. Isto a propósito da minha ida à ilha da Madeira no fim-de-semana passado. Não julguem que é a primeira vez que lá vou. Conheço a ilha da Madeira de fio a pavio da mesma forma que conheço as madeirenses do cio ao meu pavio. Aliás, do cio ao meu pavio vai um copo de poncha de distância. E como, invariavelmente, me começam a falar de trabalho, quando lá vou não consigo resistir e ponho sempre a pata na poncha. Por isso, sempre que aterro correm logo rumores pela ilha de que o Patife está a chegar e o medo do meu irresistível encanto leva-as a fazerem exactamente o que eu desejo. É que o medo é um afrodisíaco natural que as leva a meterem o nabo entre as pernas.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Bocaspanca

Aposto que assim que leram o título pensaram logo numa crónica em que o Patife espancava a boquinha de uma mocita com o Pacheco, não foi seus ordinarelhos devassolas? Não? A sério? Fui só eu então querem lá ver? Na volta fui. Mas não se trata de nada disso. O Patife gosta muito de espancar nalguinhas, isso já se sabe, mas ontem à noite uma ordinareca surpreendeu-me com uma súplica esfusiante atrapalhando-me o ritmo da martelada: Espanca-meeeeeee!, uivou para quem a quisesse ouvir. Por isso, hoje acordei a pensar que se o Bocage e a Florbela Espanca fossem um só haviam de ter saído preciosidades poéticas capazes de reforçar a qualidade da literatura nacional. E se o Bocage e a Florbela Espanca fossem um só teriam certamente criado coisinhas poéticas lindas assim:

Ser Patife

Ser Patife é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Foder como quem beija!
É ter um nabo para usar como quem seja
Rei do reino do prazer e da dor!

É ter mil orgasmos e provocar ardor
É saber que toda a gente o deseja!
É meter bem dentro este mastro que flameja,
É aviá-las com garras e bico de condor!

É ter fome de pinar até ao Infinito!
Meter o elmo nas bordas de cetim.
E deixá-las loucas num só grito!

E é pinar, assim, perdidamente...
É ter calma e folhos abertos para mim
E não parar enquanto não aviar toda a gente!