Não sou grande apreciador de mandar quecas em hotéis. É que sou um fervoroso adepto do espalhafato e já tive a minha quota parte de quecas, que tinham tudo para se tornarem épicas, a serem interrompidas por um telefonema da recepção ou pelo bater na porta do gerente. Uma vez, dada a guinchadeira, até acharam que estava a haver uma matança do porco. Mas era só um espetanço na porca. Conto isto porque este fim-de-semana tive de voltar a pinar num hotel. Ora assim que lhe enfio meia cabeçorra nabal na bardanasca, a gaja gemeu como se a estivessem a perfurar com um tronco de mogno. O que não está muito longe da verdade. Preocupado com a interrupção do ritmo de bombada, que faria corar de vergonha qualquer motor hidráulico de alto rendimento, espetei-lhe a almofada na fronha para abafar a sucessão esganiçada de gemidos histéricos. Bem sei que tenho um brenhol de proporções epopeicas mas nada justificava aquela algazarra. Por vezes penso que a expressão “Meter o Rossio na Rua da Betesga” foi criada por causa do meu pincel, dada a dificuldade que tenho em metê-lo em muitas senisgas. É por isso que tenho sempre uma calçadeira na mesa de cabeceira. Acreditem que já a usei algumas vezes, com grande sucesso diga-se, para ajudar a meter a cabeça do trambolho. Mas continuando, antes que me disperse. Quando no final lhe tirei a almofada da fronha, e simultaneamente lhe tirei o nabo da chona, entre duas golfadas de ar e com a cara visivelmente roxa, ela soltou um audível e aliviado Credo!. Nem tempo teve para ganhar fôlego, pois acho que quem anda com o credo na boca está a lançar-me o desafio para lhe meter o prego na boca. Challenge accepted, baby. Challenge accepted.
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
Comer com os folhos
Fui ontem surpreendido por um telefonema do caralho. Aposto que as mentes mais porcalhoto-ordinaronas imaginaram de pronto o meu nabo a esgueirar-se pela janela até ao telefone público mais próximo, desenrolando-se como uma mangueira de carro de bombeiros, para me telefonar. Mas não. Podia perfeitamente desenrolar-se até ao telefone da esquina, até aqui tudo plausível, mas não consegue segurar o telefone. Recebi foi um telefonema inesperado e caricato de uma condessa cuja chona quase amarfanhei há meia dúzia de anos numa festa privada. O mesmo anfitrião organizou nova festa e a condessa ligou-me a saber se eu ia, a matreira. Na altura ela era recém-condessa e tinha receio que lhe conspurcasse o título com o meu bacamarte porcalhão e a minha conversa desprovida de verniz sexual. Conversa puxa conversa e solta um convidativo Continuo casada e bem casada, mas se me olhares como da última vez não vou conseguir resistir. Gosto muito quando as culpas das infidelidades alheias recaem no meu olhar. É certo que a comi com os olhos, mas sei que em pensamento ela me comeu com os folhos, por isso acho que estamos de contas saldadas. Ultimamente tenho andado é de conas salgadas, mas isso não vem agora ao caso. Como nunca mais lhe respondia se ia à festa ou não e ela já devia estar possessa da pachacha sem saber se me ia montar como uma amazona selvagem enquanto eu lhe espetava o indicador direito na bufa para marcar o compasso do ritmo fodengo ela insistiu: Mas diz lá… é desta que te ponho a vista em cima? A resposta não tardou: Depende, condessa. É desta que te ponho a picha em cima?
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
Eu dou-te a zona de conforto
A semana passada, só para variar, marquei consulta com uma psicóloga nova. Por vezes faço isto, como quem marca visitas a casas para venda quando não estão a pensar mudar de casa. É uma espécie de hobbie. Eu faço isso com psicólogos. Volta e meia marco uma consulta de terapia. Normalmente até escolho psicólogas. E invariavelmente são giras. Ou boas. Ninguém costuma marcar visitas a casas feias e a cair de velhas, pois não? Então não me critiquem. Já que é para estar 50 minutos a olhar para uma pessoa ao menos que tenha capacidades para me arrebitar o salpicão. Divirto-me muito com as novas psicólogas cheias de chavões e clichés, que me olham como se fosse um caso de fácil resolução. Esta teve falta de criatividade suficiente para me dizer que eu preciso de sair da minha zona de conforto. Eu dou-te a zona de conforto. Não percebo a obsessão de sair da zona de conforto. É como estar um gajo esparramado ao sol das caraíbas, rodeado de mulheres em bikinis reduzidos e mandarem-nos para o mar alto nadar com os tubarões. Não percebo a lógica: “Estás aí bem, é? É confortável? Então sai lá daí, seu hedonista, e toca a ir para uma zona de agressão andar ao papel para veres o que é bom para a tosse”. É francamente estúpido. É abertamente imbecil. Por isso, assim que ouvi a expressão zona de conforto levantei-me e saí para ir a uma festa. Não sei se já vos disse mas gosto muito de festas de ânus. Sobretudo quando me deixam partir o bolo. Todo.
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
Bocantónio Maria Lisboa
Durante a minha mais recente sessão de terapia constatei que tenho deixado de lado alguns sonhos ao longo da vida. O sonho, essa dimensão forjada pelo recalcamento do desejo, é soberano e penitenciei-me por ter condenado ao esquecimento a realização de alguns sonhos. Por isso apressei-me a ir para casa reler o Rêve Oublié do António Maria Lisboa. É bonito mas meio mariquinhas. Por isso, hoje de manhã acordei a pensar que se o Bocage e o António Maria Lisboa fossem um só, podiam ter criado shangri-las literários numa simbiose perfeita entre a densidade poética de um e a boçalidade lírica do outro. E se o Bocage e o António Maria Lisboa fossem um só teriam certamente criado coisinhas poéticas lindas assim:
Rêve Oublié
Neste meu hábito surpreendente de te foder de costas
neste meu desejo irreflectido de te fornicar num trampolim
nesta minha mania de te aviar como tu gostas
e depois esquecer-me irremediavelmente de ti
Agora a pinar em contra-luz para ver na sombra
agora a encostar-te ao vidro e deixar-te por terra
agora a enfiar-te na boca esta magnífica tromba
e depois vir-me de forma eterna.
Continuar a dar pinadas e mudar a posição do mastro
continuar a foder à bruta e nunca terminar cedo
continuar a procurar a fenda de uma princesa sem cuecas
e depois fechar a porta e prendê-la no meu enredo
Contar as quecas pelos dedos e perdê-los
contar um a um os nomes delas e não lembrar de nada
contar as chonas rapadas e descobrir-lhes o brilho
e depois fechar os olhos e limitar-me a seguir a estrada.
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
Não há pescoços grátis
Dão-me azia bilhetinhos queridos, gestos largos, carícias delicadas. Tão pouco me seduzem momentos românticos, beijos inesperados, simpatias avultadas. Elogios rasgados, palavras ternas, abraços improvisados. Cedências, partilhas, confidências. Todas estas armas sociais para forjar intimidade causam-me uma gritante sensação de enfado. Não quero que se entreguem de corpo e alma quando prefiro que me entreguem o corpo para explorar com calma. Mas acima de tudo, não me abram o flanco do pescoço, distendendo-o de forma felina numa entrega cega de vulnerabilidade extrema. Pois se há coisa que aprendi na vida, é que não há pescoços grátis. Descobri isto durante um almoço grátis. Que, como toda a gente sabe, também não há. Ela paga-me o almoço e eu apago a seca sexual a que ela estava submetida. Da mesma forma que me entregou o pescoço e eu depois tive de lhe mostrar como ele é grosso. Mas continuando: Comeu como uma alarve, pouco se importando com as regras de conduta social. Não sei se seria da forma avantajada dos seus caninos ou da forma peculiar do nariz, mas enquanto deglutia o peixe, o seu rosto assemelhava-se ao de uma morsa. Fiz por visualizá-la assim durante toda a refeição. Talvez por culpa da minha mente que se divertia ao imaginar uma morsa sentada a comer naquele restaurante fino perante o olhar impassível dos presentes, ela ia falando e eu não percebia uma única palavra que ela dizia. Possivelmente porque estaria a falar em código morsa. Apenas acordei no final quando ela disse “Estou cheia”. Mas não tão cheia como ficou a sua pachachona horas mais tarde enquanto levava com o Pacheco.
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
Ideias genitais
Aprecio os génios. Tiro-lhes o chapéu. Mas na verdade prefiro uma gaja boa. Tiro-lhe a roupa toda. Eles que fiquem com as ideias geniais que o Patife fica-se pelas ideias genitais. Posto isto, resta-me dizer que o meu head-terapist é um génio. Meteu-me cerca de três semanas em terapia intensa. De tanto falar, pensar, reflectir e vasculhar os recantos da minha personalidade enquanto o gajo tentava perfurar a opacidade da dimensão inconsciente, assim que meti o pé na rua só me apeteceu começar a aviar a torto e a direito a primeira que me aparecesse à frente. O tesão causa cegueira por isso nem me apercebi que a primeira tipa que apanhei para esgaçar as bordas era estrábica. Mas tinha boca de broche o que compensa o estrabismo. Tenho todo um sistema de referências que me permite estabelecer esta equação. A falta de dentição, por exemplo, é amplamente compensada se a gaja aproveitar os espaços entre os dentes para melhorar o poder de sucção. Mas adiante. Lá ia eu com a estrábica a caminho de minha casa, quando ela me pergunta se é meu costume engatar mulheres na rua e levá-las para casa de imediato. Apressei-me a dizer à estrábica que ela era especial, que senti uma ligação mágica com ela, e que nem sequer fornicava há cerca de um mês. Se dúvidas ela tivesse, após a pinada ela ficou com a certeza de eu ser um anjo que falava a verdade. É que após a reclusão terapêutica, o Pacheco a vir-se mais parecia a época das monções. Ela sorriu e olhou para mim sentindo-se especial enquanto eu proferia: “Vês… Eu disse-te que eras especial. Não vou para a cama com qualquer uma…”. Mas eu sabia que era uma grande mentira que eu estava a induzir na estrábica, o que tornou ainda mais difícil olhá-la nos olhos.
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
Muita parra, pouca vulva
Não sei se já vos disse mais de cem vezes mas gosto muito de um ganda par da mamas. Não há vez que eu veja um ganda par da mamas e não me lembre das primeiras chuchinhas a badalar com que tive a sorte de brincar. A trancadas tantas, dei-lhe uma com tanta força que as mamas vieram disparadas na minha direcção com a força do ricochete. Fiquei um par de horas a ver o mundo como se estivesse a ver televisão sem descodificador. Para mim um bom par de chuchas é meio caminho andado. Assim como um bom par de lábios é meio caminho mamado. E quando encontro estes dois pares conjugados numa só pessoa fico logo com o bordalo a dar horas. Há umas semanas voltei a encontrar uma assim. Foi bordalada de meia noite. Assim que analiso que a gaja é possuidora dum ganda par de chuchas e de uns lábios dignos de me abocanhar a lentrisca, capazes de fazer o Pacheco sentir-se num oásis de chupice, pensei de pronto “Está no papo”. Que por acaso foi onde esteve o Pacheco no momento a seguir. E que alarvidade de papo de chona. Apressei-me logo a engatá-la não fosse ela entregar o coiro ao bandido em vez de entregar o coiro ao patife. Não quero cá confusões semânticas. As calças estavam tão justas, tão apertadas e tão subidas que não restavam dúvidas de se tratar de um papo de chona à procura de farra. Puro engano. Era friorenta e tinha uns três collants vestidos, além de cuecas de algodão, criando a ilusão de ter umas bordas de chona capazes de abraçar um leão-marinho. Um caso de muita parra, pouca vulva.
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