quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Do coentro ao cu adentro

Gosto de comer lambisgóias. Há quem prefira afiambrar caracoletas. Ou aviar berbigão. Eu prefiro lambisgóias. Até porque tenho a secreta convicção que as lambisgóias só se chamam lambisgóias porque são as melhores a lamber jibóias. O pior é que durante o Natal fiquei preso em casa para não andar a manchar a quadra natalícia nem tão pouco os vestidos festivos lambisgoientos. Mas na véspera de Natal a lambisgóia da minha vizinha da frente bateu-me à porta. Achei de mau tom, pois podia ter-me batido a torta que eu ficava mais contente. Parece que estava a cozinhar e precisava de coentro... Claro, está-se mesmo a ver. Como se pedir coentro não fosse uma permissão em código para lhe entrar pelo cu adentro. Claro que lhe dou *cuentro vizinha. Não tenho é propriamente um raminho...

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Desejo de Boas Frestas

Por acaso sempre achei que não devia desejar boas festas a ninguém. Como passo o ano todo a fazer boas festas nas tetas, nos pacotes e nas pachachinhas que me passam pelas mãos penso que posso ser dispensado de desejar boas festas. Tenho extra-créditos com as boas festas. Por isso dedico-me às boas frestas. E como estamos embalados pelo Natal vou confessar-vos aqui uma coisa: O Patife tem um coração de manteiga. Arma-se em duro e insensível mas na verdade não pode ver uma donzela em apuros que acorre de pronto em seu auxílio. Foi por isso com grande consternação que na noite da consoada encontrei uma moça muito desconsolada. Andava deprimida e precisava de abrir-se com alguém. E se é para se abrir com alguém está cá o Patife para ajudar e lhe dar umas valentes boas festas. Como homem honrado com uma enorme cidadania sexual lá lhe meti o presente no pachachinho. Foi a versão do Patife da noite da consolada.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Uma crónica justa

Desculpem lá mas estamos muito perto do Natal e é a única altura do ano em que não consigo copular. Nem ser consuetudinário na escrita. Ordeno o discurso de forma nobre e elegante, sorrio de forma pura e imaculada a toda e qualquer Conceição e nem sequer se me arrebita o salpicão. Por isso vão ter de esperar que esta quadra festiva se distancie para poder ler uma nova crónica sobre a mais recente copulação pachequista. Podem dizer que não é justo. O mesmo não posso eu dizer da bardanasca da puta que comi à canzana ontem à noite que por acaso era bem justa.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Tirar a viga de misérias

Hoje acordei a pensar em aviar uma pandeireta à bruta. É o que dá passar a noite toda de volta dos anais do cubismo. É anais para cá, cubismo para lá e não tenho culpa se sempre que admiro uma obra do cubismo começo a pensar que o cu é um abismo tentador, ora foda-se. Os abismos sempre povoaram a curiosidade dos homens. Daí até haver filmes com esse título. É uma coisa inexplicavelmente magnética. O cubismo é uma simbiose perfeita de tentações: Um sempre atiçador cu envolto na neblina de mistério do abismo. Por isso não me julguem. Culpem o cubismo, os cubistas e os chupistas. Eu pelo menos culpo. Como se não bastasse o raio do cubismo exaltar a mente para a devassidão anal ainda tenho de ver obras de gajos com nome de Picasso e de Braque. É inevitável olhar para a bibliotecária e pensar: Com esta pica d´aço ainda te dava um baque no abismo do cu. Sei que não é coisa bonita de se pensar por isso meti a hipótese de dizê-lo em voz alta. Mas não se assustem pois eu tive uma educação prendada e sei bem que não se fala alto nas bibliotecas. Por isso fui sussurrar-lho ao ouvido. Dado o entusiasmo latente da moça presumo que ela não tenha percebido nada do que eu disse. Ou isso ou era uma grande porca. Viu-se perfeitamente que ficou logo com a vulva atrás da orelha, coisa só ao alcance de quem tem uma flexibilidade digna de uma autêntica porcalhona na cama. Assim que se virou e lhe vi o cubismo dentro da saia soube que tinha de lhe deitar as mãos à obra. Fechámos a biblioteca e levei-a explicitamente à secção do cubismo pronto para tirar a minha viga de misérias. Pensei que a deixa fosse óbvia mas ela não entendeu nada. O que vale é que o Patife é um fingidor. Finge tão completamente que chega a fingir que é cu a cona que deveras sente.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Telechona

Já não vou para novo. Por isso às vezes abate-se uma preguiça contagiante por todo o meu corpo, com excepção de trinta centímetros que tenho aqui em baixo. Ora isto abre um duelo entre as duas maiores cabeças desta casa: O Patife quer ficar em casa a descansar enquanto o Pacheco só pensa em ir laurear as pevides. Estávamos nós num debate épico de razão versus tesão quando o telefone toca. Não sei quem era porque não atendi. Mas aquilo deu-me uma ideia. Telechona! Por isso fui buscar a lista aveludada escarlate para escolher o alvo. Os olhos foram atraídos para o número da Luísa. Ora a Luísa, além de secretária, era chata, linguaruda, despropositada, ousada, fácil, de conversa intelectualmente pobre mas sabia mexer aquele corpinho como uma enguia com o cio. Por isso liguei-lhe. Ora a conversa que se segue foi acompanhada dos pensamentos do Patife, expostos entre parêntesis:

Patife: Olá Luísa... É o Patife.
Luísa: PATIFE! Como estás?
P: Olha, estou cá com uma preguiça...
L: Queres vir cá fazer uma sesta?
P: Comigo aí não era sesta... era festa.
L: E com tudo a que tens direito. Tudinho mesmo à séria.
(O "inho" irrita... o “à seria” segue-lhe os passos)
P: Isso se estivesses disposta a tudo... (Isto traz água no bico)
L: Sou uma mulher de muita disposição. O que tens em mente?
P: Bem... no outro dia estava eu a pensar em ti... (Sim é coisa que eu faço ano sim três anos não)
L: E que pensaste?
P: Dei por mim a pensar em entrar onde nunca entrei.
L: Curioso. Ainda ontem pensei nisso. Entrares onde nunca entraste. (Jackpot!)
P: Tu és demais. (Isso... dá-lhe graxa)
L: O menino é que é demais. (Sim. Sonso demais, manhoso demais...)
P: Agora deixaste-me excitado. (Bocejo)
L: Pensa só quando estiveres comigo então.
P: Hmmm... (Interjeição apenas para ela não perder o embalo da narrativa)
L: Assim que chegares é logo na cómoda da entrada.
P: Hmmmm... eu estou... enfim... estou...
(... estou a ver se levo a água ao meu moinho é o que é)
L: Estás maluco, não estás? Estou a corar, a corar e com uma mão na boca, sabes?
(Não arranjas nada melhor para pôr na boca? Assim de repente, sem grande esforço, surge-me uma alternativa)
P: Completamente. (Os advérbios são a maior bengala da língua portuguesa)
L: Como da primeira vez que te vi...é nervos. falando mal e depressa: Esfrangalhava-te. Adoro esta palavra.
(Eu não)
P: Vou tentar lembrar-me. (Ou não)
L: Anda e come-me na cómoda.
P: Na cómoda? Sim oh sim. (Parece-me é pouco cómodo)
L: E depois quero que me laves o corpinho todo.
(Pronto! Tinha de se esticar... com umas mamas daquelas era a noite toda)
P: Acho que tive um semi-orgasmo agora.... (As coisas
que um gajo tem de forjar para aumentar a confiança das mulheres)
L: Palavra? Não te controlas?
P: Contigo não... (Pronto... agora é que a fiz bonita)
L: Que loucura estas conversas contigo...
P: Contigo tudo funciona melhor. Aqui o tipo de baixo idolatra-te. Mas aqui o tipo de cima também te adora. (Uma no cravo...)
Aliás, está tudo ligado... (Esta é um clássico)
L: Ai kid, és estrondosamente fabuloso, é o que te digo. (Kid!? Kid!? Eu ouvi Kid!? Não. Ela não me tratou por kid. Não pode). Não me canso de te elogiar (Ah... kid era um elogio... porreiro)
P: Essa da cómoda como aperitivo sexual soa-me apelativa.
(Pois... cómoda à bruta... vamos lá mas é ao que interessa)
L: É uma ideia muito boa, não é? Agora estive bem! Está muito bem esgalhada. (E se deixasses de esgalhar ideias e passasses a esgalhar-me o nabo?). Eu tenho muitas ideias de coisas que tu nem nunca sonhaste. (É... o Patife é quase virgem)
P: Imagino. Eu também nem fiz assim tanta coisa. (A da donzela ingénua resulta sempre...)
L: E que tal no elevador? (Eu não disse!?)
P: Acho óptimo.
L: E logo o do meu prédio, parece-me bem apertadinho.
(Aquele sítio a que normalmente não vamos é que é apertadinho.)
P: Ainda vais enlouquecer-me. (Bocejo)
L: Tipo tu de pé, eu ao teu colo com as pernas na outra ponta. (Deixa-me só imaginar... e eu a suportar o teu peso todo, é isso? Porreiro)
P: Ufff estou com calores...
(De pensar em suportar o teu peso)
L: Eu não te digo que és perfeito para mim? (Para ti e para mais quantas?)
P: Já sabes que quando estou contigo esqueço tudo. Nada me preocupa pois tudo deixa de existir naquele momento. (Argh... que enjoo. Ainda bem que não apaguei da memória as comédias românticas consumidas na adolescência). São universos que não colidem.
L: Palavras sábias. Anda. Estou nua à tua espera.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

A marmeleira

A gula por vezes ataca-me. Podia invadir-me em doses razoáveis de gulodice mas a minha gula não funciona assim. Por isso passei a noite toda na marmelada. Calma! Escusam já de estar a imaginar o Patife em posições sexuais acrobáticas com duas boazonas mamalhudas enquanto lhes faço escorrer marmelada líquida pelos bicos das mamas, recriando uma quádrupla cascata mamilar até chegar à ponta da minha língua. Não foi nada disso que aconteceu seus grandessíssimos porcalhotes. Passei foi a noite toda a esfregar o nabo nos marmelos de uma gaja. Aquilo eram dois marmelos perfeitinhos de meio quilo cada. A partir desta noite a espanholada – vulgo punheta de mamas - passou oficialmente a ser designada por marmelada. Com uns marmelos assim aquilo é um autêntico marmelanço, tal a forma como me lanço aos marmelos. Mas claro que a dado momento os marmelos já estavam maduros e quis subir mais um bocadinho. Não é por maldade. É só porque o Pacheco é como o azeite. Vem sempre ao de cima. Ao buraco de cima, entenda-se. Por isso fiz-me ao bico com a mesma facilidade com que meto o nabo teso e a latejar. Se tenho noção de ter ido excessivamente directo ao assunto? Obviamente que sim. Bem sei. Mas que fazer? O Patife gosta de ter chupas no cartório. O problema é que o Pacheco estava num daqueles dias em que se farta depressa das coisas e por isso, passados uns minutos eu só queria virar o bico ao rêgo. Estava eu neste registo de pensamento quando a gaja me surpreende com um “beijinho à esquimó” na ponta do pincel, esfregando aquela penca arraçada de papa-formigas aqui no meu oficial e cavaleiro. Achei um ultraje. Já anteontem achei um traje. Um traje ordinário amarrotado no chão do quarto. Mas isso agora são conas de outro vigário.

P.s: Ah, queriam saber como é que acabou a noite com a marmeleira? Correu bem. Mas podia ter escorrido melhor.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Bocassoa

Nas últimas crónicas do Patife tenho lido alguns comentários a pedir-me um registo mais sério, mais sentido. O Patife já assumiu que tem a inteligência emocional de um biltre e o coração sentimental de um gnu - coisa só ao alcance de quem gosta muito de ir ao cu. Contudo, continua a haver por aí esse ímpio pensamento de que o Patife é um gajo sensível. O mesmo me aconteceu esta noite. Após uma queca épica que me deixou a ponta da pichota toda moída – muito por culpa da farfalheira da gaja que mais parecia palha-de-aço, coisa que eu não me importo desde que me mame no palhaço – começou a querer ver sentimentos no Patife. A essa moça, assim como a todos os leitores e leitoras de delicada sensibilidade que me impelem a contactar com os meus sentimentos, dedico este momento virado para coisas bonitas como a poesia. Por isso, assim como há uns meses acordei a pensar que se o Bocage e o Camões fossem um só haviam de ter saído pérolas literárias dignas de elevar a poesia nacional a um nível inigualável, hoje acordei a pensar o mesmo mas sobre o Bocage e o Pessoa. E se o Bocage e o Pessoa fossem um só teriam certamente criado coisinhas poéticas lindas assim:

Dizem que finjo ou minto
Em tudo o que sinto. Não.
Eu simplesmente afinfo
Com o sardalhão
Não uso o coração.

Tudo o que faço ou trespasso
É uma queca que nunca finda,
É como que um terraço
Sobre outra coisa ainda.
Mas a mamar é que és linda.

Por isso espeto no meio
E nem sequer olho a quem
Entalo com tal enleio,
Que a todas quero bem
Sentir? Sinta quem se vem!

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Peeping Tom III

Ora o mês de Novembro foi profícuo em pesquisas javardonas que viram os resultados indicar-lhes o caminho do blog do Patife. Aqui ficam as pérolas pesquisadeiras mais bizarras do passado mês que vieram dar com as sábias e honradas palavras do Patife.

Guisado com tesão: Oh diabo. Em termos gastronómicos só conheço guisado de faisão. Em termos fodengos já aqui falei foi de uma gaja com um guizo na pachacha. Mas isso foi um *guizado que me tirou o tesão.
A minha mulher não fode: Obrigadinho ó Google. Um marido enciumado procura as causas da não fodenguice da sua senhora e tu reenvias o gajo para o meu espaço. Porreiro. (Mas é bem possível que eu tenha culpas no cartório).
Ata-me! Pedir-lhe-ei: Deixa-te de coloquialices quando se trata de foder! Solicitar-lhe-ei.
As conas mais velhas do mundo: Nunca pensei que este dia chegaria. Mas chegou. O mundo está perdido.
Bacalhau demolhado em leite: Isto é que eu gosto. Procuram técnicas de cozinha e ficam a ler o Patife durante vinte minutos. Mas se há quem sabe como demolhar bacalhau no seu leite é o Patife.
Berbigão faz mal a quem está a amamentar: Heresia! Ainda ontem estava a amamentar uma com o Pacheco, pouco depois aviei-lhe o berbigão e estou de plena saúde.
Blog do gajo que fode no Chiado: Prefiro ser tratado por Patife. Mas vá. Por esta vez passa...
Como ser um bom fodilhão: Isso aprendes com a prática filho. Não é cá nas internetes. Olhem-me este.
Molho de francesinha: Por acaso deixei a francesinha de ontem bem molhada. Mas não era lá grande coisa, o molho.
Pérolas a porcos: Penso que toda a gente já percebeu que o Patife costuma é dar a sua pérola a porcas.
Queres que engula ou deite fora?: Mas ainda estás com essa dúvida? Já no fim-de-semana te disse que é para engolir. Recomendo ainda um bochechar ligeiro para abrilhantar o esmalte.
Barmaid sueca: Tenho é uma colecção de cuecas de barmaids. E não têm lá grande gosto na lingerie.

Ânus estufado: Uau. Essa receita não conheço. Os que passam pelo pincel do Patife costumam é virar ânus estupefactos.