segunda-feira, 28 de novembro de 2011

A Dama de Paus

Ela era conhecida como Dama de Paus. Meses mais tarde explicaram-me que era a sua alcunha de jogadora profissional de poker. Mas no momento, assim que ouvi Dama de Paus a minha mente flutuou e não ouvi mais nada. Julguei que era uma devassa fodilhona que não podia ver um pau à frente sem ter de o aviar. Ou de o abocanhar sofregamente lambuzando-se até à exaustão, se estivesse mais para aí virada. Penso que é razoável este engano. Dama de Paus é claramente um epíteto próprio de quem gosta de pinar. E seria o equivalente perfeito para o Pacheco, que entre as suas inúmeras alcunhas oficialmente registadas é também conhecido como o Ás dos Paus. A simetria era perfeita por isso avancei com confiança. Além disso ela tinha o rabo dos rabos. O suprassumo dos cagueiros. O oásis das bilhas. O shangri-la das pandeiretas. Mas depressa percebi que não era uma qualquer no jogo da sedução. A personalidade da gaja era exactamente como o seu cabelo. Tinha nuances. O que é sempre o cabo dos trabalhos. A conversa não ia má de todo, até que ela começou a relatar a sua experiência de quase-perigo-de-vida e a forma como, por milagre, se salvou. Foi um momento intenso e de profunda intimidade que me tocou. Ao abrigo deste espírito de partilha tão sentido, o Patife abriu o coração e também contou a sua experiência quase fatal. Foi logo à nascença, num parto atribulado. Corria risco de vida pois os médicos pensaram que eu estava a sufocar com o cordão umbilical enrolado ao pescoço. Afinal era só o Pacheco. Ela não achou piada, mas ficou amplamente intrigada. Percebi isso pela forma como olhava para as minhas calças sempre que eu pegava no copo. E assim se passou do cabo dos trabalhos para o rabo dos rabalhos.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Peeping Tom IX

Este último mês foi profícuo em pesquisas ordinarecas que viram os resultados indicar-lhes o caminho do Fode, Fode Patife. Aqui ficam as pérolas pesquisadeiras mais bizarras do passado mês que vieram dar com as sábias e nobres palavras do vosso amigo Patife:

A minha mulher está à espera de picha: O Patife tem é muitas mulheres à espera na bicha.
Beijinhos na ratinha: Que coisa mais querida de se pesquisar. Eis a prova de como um minete pode ser das coisas mais queridas deste mundo.
Camelos a foder: Sim, certamente que tens muito a aprender com os camelos. Estão no topo da pirâmide do conhecimento sexual.
Como ser fodida na cona: Como ser fodida nas orelhas? E como ser enrabada no nariz? Isso sim, são os grandes mistérios da vida.
30 centimetros de picha no cu: Apesar de teres acertado no tamanho do meu nabo, torno a ensinar: Para bom enrabador, meia haste basta.
Conas idosas e com muita idade: Acho que percebemos a ideia à primeira, mas é sempre melhor reforçar não vá aparecer uma chona fresca, certo?
Foder até a picha rebentar: A sério!? Olha, arrebenta a bolha.
Merentissima dr juiza: Não me importo de explicar novamente: Uma merentíssima é uma juíza comida na hora da merenda.
Come se fode sem tesão: Continua a tentar. Picha mole em chona dura, tanto bate até que fura. Ou não.
O que quer dizer andar de boca em boca: É o modo de vida do Pacheco.
Papos de cona nota-se na roupa ginástica: Claro. Foi para isso que foi criada a roupa de ginástica.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

A Aristorrata

Se há coisa que aprecio é uma boa festa. As que mais me divertem são as de alta sociedade. As aristocratas, educadas e pomposas, estão habituadas a homens enfadonhos e peneirentos, mais entretidos com o insuflar do seu próprio ego e dos seus negócios. É por isso um terreno pronto a ser explorado pelo Patife. Assim como as suas aristorratas. Antigamente era de uma facilidade tremenda. Mas é impossível fornicar a torto e a direito durante anos a fio com tudo o que tenha pachacha sem ganhar alguma má fama. Depressa percebi que falavam de mim em surdina. Eram duas. A mais altiva olhou para mim num misto de desdém e interesse. O que a outra lhe contou para a avisar sobre os malefícios da minha pessoa teve certamente o efeito contrário pois viu-se claramente que ela ficou com água na boca. Também te posso deixar com algo na boca, boneca, apeteceu-me dizer-lhe. Mas tenho nível. Por isso acheguei-me da finória para encetar um diálogo inteligente. Mas ela, nervosa e corada, olhou-me como se eu fosse um bicho papão e eu não resisti: Calma, não sou nenhum bicho papão mas tenho uma picha papona. Olhando em retrospectiva acho que a minha sorte é ter um charme irresistível e correr o fidedigno boato de eu ter um bacamarte de proporções inimagináveis. Não fosse isso e tenho ideia que teria muitas histórias para contar que acabariam em estaladas. Mas como sou um dínamo de sexualidade a coisa passa. E neste caso a coisa passou para um escritório da mansão, no primeiro piso. Palavra de honra que nunca vi alguém da alta sociedade mamar assim. Aquilo mais pareceu uma viagem de tapete mágico. Ela era como um Merlin da brochada, só que sem barbas, com um ganda par de chuchas e uma língua de veludo. Quando ela se levantou percebi pela forma como tinha os cantos da boca sujos que tive um orgasmo dentro da goela da moça. Eu não dei conta. Já ela deu cona.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Peluchices não, foda-se

Não há uma forma terna de dizer isto. Da mesma forma que não há uma forma terna de foder. Haver até há, mas dá-me espasmos no tomate esquerdo por isso vamos fazer de cona que não há. Não vou estar para aqui com nabos quentes, pois usei o nabo a quente toda a noite e agora está a descansar. Por isso, peço desculpa pelo que se vai passar a seguir. A sério que sim. Mas foda-se caralho pá, pachachona badalhocona cabra brocheira estouvada da chona duma pinada dum corno. A próxima vez, caralho foda-se, que me levares para uma cama, conaça pá, onde esteja um peluche capaz de me assustar ao ponto de pensar que vais sugerir um threesome com o paneleirote de pelúcia, te garanto, ó minha devassa de conaça lassa putanheira possessa da pachacha abocanhadora de bacamartes, que te dou um aviamento pachecal tal nessa bocarra capaz de te romper o esófago para te dar traulitadas directamente na alma, caralho foda-se. Era só isto. O Patife diz muito bom dia ou muito boa madrugada e vai procurar uma chona para dar uma pinada.

Da colecção "Não foda-se":

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

A espremedora de borbulhas

Para onde quer que olhe só vejo mulheres a espremer borbulhas aos namorados. A culpa não é delas, coitadas. É deles, por permitirem tal insanidade. Na verdade não percebo a necessidade de qualquer tipo de contacto físico entre um homem e uma mulher que não tenha como finalidade o orgasmo. Acho o contacto humano desnecessário fora do contexto sexual. E este fim-de-semana havia um daqueles novos casalinhos, muito atenciosos um com o outro, que passou a tarde a catar-se em público na esplanada do meu café. Espreme-me mazé o caralho! é o que me ocorre sempre dizer. Mas pronto. Apesar da confrangedora recriação da vida dos símios, não reclamei pois não é todos os dias que temos um fragmento do zoo em pleno Chiado. Levei aquilo como um espectáculo de variedades decadentes até uma das borbulhas ter vindo parar à minha mesa. Aí exaltei-me. Estava prestes a levantar-me para gritar Mas que grande lata! quando ela descruza as pernas e eu ouço o Pacheco entoar internamente Mas que grande rata! Percebi que era melhor estar calado e vingar-me de outra maneira. Passei o tempo seguinte a atiçar-lhe a imaginação entre olhares inquietantes do tipo “sou o pior pesadelo dos teus pais” e poses de homem misterioso do género “nem imaginas no que te vais meter”. As mulheres não demoram muito tempo a resistir a estes apelos. Pudesse eu ainda andar com o nabo de fora na rua e seria sempre tiro e queca. Até me cairiam de quatro em plena calçada histórica. Mas enfim, o estroina lá se pisgou, ficando a espremedora de borbulhas sozinha na mesa a fingir que lia. Muito gostam as mulheres de fingir que lêem em público. Aí comecei a franzir o sobrolho como se estivesse a ter um pensamento meio pecaminoso meio intelectual e foi a gota de água que a fez levantar-se e sentar-se na minha mesa. E depois deitar-se na minha cama. E ainda ficar de gatas no meu soalho. É… a vingança é um prato que se serve com o cio.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Bem-vindo à margem sul

Esta é uma daquelas afirmações que me vai causar problemas: Sou um franco apreciador das gajas da margem sul do Tejo. Pronto já disse. Calma, não precisam de ficar já a fazer pocinha na cuequinha (quem é da margem sul) nem a franzir a cara com ar de nojo e estupefação (quem não for da margem sul). Não é para uma relação interpessoal. Há mulheres com qualidades de A a Z e há as mulheres da margem sul que são perfeitas de A & Z. Ou seja, são perfeitas para o que se quer: Aviar & Zarpar. São incrivelmente serviçais, oralmente solícitas, analmente prestáveis. E não ficam magoadas quando são deixadas no final. Já estão à espera. Está-lhes no ADN. Todo o seu código genético foi programado para serem usadas e abandonadas. É isso e uma propensão magnética para unhas de gel, tatuagens de golfinhos, permanentes, música manhosa, sexo oral na via pública, cães de loiça e naperons. É uma questão cultural e eu apenas respeito e valorizo as particularidades sócio-culturais do meu país. No fundo, sou um patriota sem preconceitos. E tenho orgulho nisso. Isto a propósito da moça que conheci há umas semanas na praia enquanto estava a fazer naturismo. Já tinha reparado nela quando entrei na praia porque a sua cona tinha a cara da dona. Uma semelhança inigualável entre a bardanasca e a sua fronha. Mas arrepiei caminho. Estava eu sossegado no meu pedaço de areia quando a moça especou a olhar para a magnitude invejável do Pacheco. Mais vale ficar a ver pavios que ficar a ver navios, disse-lhe em tom encorajador. Aproximou-se com ar oferecido sem tirar os olhos do mastro, o que me deu indicações claras de ser da margem sul. Foi isso, a tatuagem do golfinho mesmo no meio da chona, a permanente, as unhas de gel e a facilidade com que me abocanhou a lontra assim que lhe disse: Uma mulher deve ser como uma boa sidra. Fresca e desce facilmente. O que até é falso, pois ela desceu muito mais facilmente do que qualquer sidra que eu já tenha bebido.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Religião Imoral

De uma forma ou de outra todos tivemos de ser submetidos a aulas de Religião e Moral, pelo menos os da minha geração, seja ela qual for. Acho positivo e necessário constituírem-se as bases para depois nos podermos dedicar àquilo que é mais importante: A Religião Imoral. Em adolescente sempre que a minha mãezinha me batia à porta do quarto ouvindo algazarra na sessão de estudo com uma colega de liceu e perguntava o que estão a fazer?, eu respondia sem mentir: Estamos a estudar Religião Imoral. Ela ia satisfeita à sua vida e eu sentia-me um bom menino por não ter faltado à verdade. Depressa aprendi a dobrar a fonética em meu proveito. Quase tão depressa como aprendi a dobrar o pescoço às moças em meu proveito. É que se respondesse a verdade iria ter uma guerra aberta com a senhora minha mãe, e desta forma acabava por ter uma guelra aberta com a colega de estudo. Toda a gente ficava a ganhar. Esta semana voltei a recordar isto pois reencontrei a minha ex-colega de estudo. Ela estava sentada na Gulbenkian a ler uma brochura o que é logo coisa que não se deve fazer em público. Toda a gente sabe disso. Vem nos manuais de decoro. Está no contrato social feminino. É ponto assente do código de conduta fêmeo. Não se faz e pronto. Além do mais demorava-se em cada página, olhando com sofreguidão, e passava sempre o dedo pelo lábio inferior antes de virar a página da brochura. Toda a gente sabe que ler uma brochura é código para fazer um broche que dura, por isso ela deteve toda a minha atenção. Após uns entediantes mas sempre necessários vinte minutos a meter a conversa em dia, lá a acompanhei até casa. Uma coisa vos digo: A forma como ela conseguia mexer, dobrar e contorcer aquela língua em torno do Pacheco deveria ser merecedora de um Prémio Nobel da Mobilidade. Um Prémio Móbil, portanto. É que a chupas tantas, com tanta reviravolta, até tive receio que o Pacheco se desmoronasse como um caralho de cartas.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

O Picha Negra ou Bocassoa II

Ontem estive a reler “O Virgem Negra – Fernando Pessoa explicado às criancinhas naturais e estrangeiras” do Cesariny. E fiquei a pensar que gostaria que o Pessoa tivesse sido contemporâneo do Bocage. Se o Bocage e o Pessoa tivessem sido contemporâneos, ou se na linha cronológica literária o Pessoa tivesse surgido antes do Bocage, tenho a certeza que o Bocage teria publicado “O Picha Negra – Fernando Pessoa explicado às mafarricas naturais e estrangeiras”. Nessa obra imaginária, que teria dado maior fulgor a toda a nação e libertado o povo dos grilhões da mediocridade social e da imbecilidade sexual, poderíamos encontrar coisinhas poéticas lindas assim:

Autopsicopatifaria

O Patife é um fingidor.
Finge tão profundamente
Que chega a fingir que é cu
A cona que deveras sente.

E as que metem ao de leve
Na pachacha sentem bem,
Não uma bigorna que ferve
Mas uma que vale por cem.

E assim nas calhas da foda
Gira, a entreter a emoção,
Este bacamarte da moda
Que se chama Pachecão.


Contemplação

Contemplo o regaço húmido
Que o meu nabo aquece
Não sei se meto tudo
Ou se tudo te estremece.

O teu suco sabe a anis
Já sinto a picha bebê-lo
Não sei se já estás feliz
Ou se ainda desejas lambê-lo. 

Trémula, não me abandonas
Ficas na cama estendida
Por que fiz eu das chonas
A minha única saída?