terça-feira, 26 de novembro de 2013
Meter a pata na poça
Ontem acordei com os cocos cheios. É coisa que acontece quando fico mais de 24 horas sem pinar. Mas ontem foi mais grave porque não ficavam quietos. Pareciam umas bolas saltitonas num frenesim persistente que só se aplaca com uma queca de proporções epopeicas. E nestes dias pino tudo e mais um par de cotas. Saí então à rua pronto a aviar a primeira pachachinha que se escachasse à minha frente. Não demorou muito, pois o que o Chiado mais tem é bardanascas prontas para a festa rija proporcionada pelo meu bacamarte. Entre encontrá-la e lhe estar a aviar a patareca como um abutre faminto foi um par de minutos. Não sei que efeito tenho eu nas fêmeas, mas assim que lhe arrombo as cuecas aquilo já estava transformado em pocinha. O que, em condições normais, seria meio caminho andado para lhe meter a pata na poça. De pouco lhe valeu, pois o meu bordalo já estava maior que um pinheiro. E foi só quando ela saiu de casa que fiquei com um incómodo problema de consciência que me atormentou a mente durante vários segundos. Ainda tentei assomar-me à janela mas ela já ia a dobrar a esquina, com um andar de sofrimento presenteado pela carga de bombada que tinha apanhado na senisga. É que, apesar de bem lubrificada, queria pedir-lhe desculpa por não ter usado uma calçadeira. O Pacheco estava mais colossal que o normal e nestes dias costumo ter a delicadeza de usar uma calçadeira especial para auxiliar a enfiar o sardão. É uma calçadeira de luxo, modificada para a cambalhota sexual, devidamente forrada com um gel de alta qualidade. Uma caralheira, portanto. E não tenho dúvidas de que se tivesse usado a calçadeira, aquela marmanja teria ficado no ponto para levar com esta caçadeira.
sexta-feira, 15 de novembro de 2013
Bocaguiar
Hoje acordei melancólico. Então pus-me a pensar nas quecas que dei. Foram tantas pachachinhas para pinar que nem sei se me desate a vir, se me ate a chorar. Foi aqui que me lembrei da Errata do Fernando Aguiar e pensei que se o Bocage e o Fernando Aguiar fossem um só, haviam de ter escrito a Errata das quecas do Patife, elevando a poesia experimental portuguesa para patamares ainda mais inauditos. E se o Fernando Aguiar e o Bocage fossem um só, teriam criado coisinhas poéticas lindas assim:
É RATA (em forma de soneto com nabo)
Logo na primeira queca, precisamente na primeira posição, onde se lê era uma vez..., leia-se finalmente...
Na queca catorze, na posição quatro, onde se lê quarto, leia-se de quatro.
Na queca seguinte, na posição oito e meio, onde se lê por cima de, leia-se no meio de.
Quase na queca trinta, na posição de conforto, onde se lê muita parra, leia-se pouca vulva.
Na queca rasgada, na posição dos astros, onde se lê forca, leia-se à força.
Numa queca inexistente, na posição do imaginário, onde se deveria foder, foda-se mesmo.
Na queca do meio, na posição do equador, onde se pina em paralelo, pine-se em diagonal.
Na queca obscura, nos entrefolhos, onde se lê fode-se, leia-se pode-se.
Na queca solta, numa posição qualquer, onde se lê no chão, leia-se à cão.
Numa queca distante, na posição do pensamento, onde se lê não penso, leia-se mas pino.
Ao virar da queca, na posição do infinito, onde se tem muito que foder, foda-se o muito que se tem.
Na queca em branco, na posição do horizonte, onde não se pina, não se pine.
Numa queca perdida, numa posição ao acaso, onde se fode mesmo assim, foda-se assim mesmo.
A quecas tantas, na posição com que cada um se cose, onde se lê entrevista-se, leia-se entredispa-se.
Na última queca, mesmo na última posição, onde se lê finalmente..., leia-se era uma vez...
quinta-feira, 7 de novembro de 2013
A pentelhuda
Foi sem estar minimamente à espera que, em pleno ano de 2013, retiro as cuecas a uma magana e sai lá de dentro o maior tufo de pentelhos que a minha memorável saga de pinanço assistiu. Olhei para aquilo e garanto que não encontrei um vestígio de ali ter estado algum dia uma pachacha. Era toda uma selva sombria e escura que escondia a razão de lhe ter arrancada as cuecas. Confesso que me senti um pouco a jogar às escondidas com a pardaleca da moça, tal o exagero da sua pentelheira. Mas o Patife é um verdadeiro garimpeiro da pachacha e, estando de pau feito, não há mata que detenha o Pacheco. É nestas alturas que penso que o meu nabo devia andar com um sinal de perigo pendurado. É que é um autêntico cabo de alta tesão. Mas continuando. Não queria colocar em risco a pranchada, até porque sabia que ela era cavaleira profissional e queria ver como é que montava este puro sangue lusitano do meu bacamarte. Por isso, encenei uma falsa calma perante a versão pentelhuda da alegoria da caverna, fiz-lhe a risca ao meio e comecei a bombar a trote. Ou era isso ou ia-lhe ao pacote. Depois dei-lhe espaço para apresentar as suas elevadas técnicas de cavalganço na minha corneta. E teve nota máxima, denotando boa postura para apanhar nas bimbas. Mas claro que no fim tive de lhe mostrar quem mandava. E com a carga de bombada que dei naquele grelo, até posso dizer que a montei a grelope.
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