quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

É tiro e queca

Não me foi difícil perceber a mecânica infalível do engate no ginásio. Basta direccionarmos toda a atenção para a segunda tipa mais atraente do ginásio, de modo a que a mais gira se aperceba disso. Ficam invariavelmente fulas da vida e com dúvidas existenciais: Ai será que aquela é mais gira que eu, será que estou a perder qualidades, não, não, eu sou bem mais atraente, olha para aqueles papos de galinha, a mim é que ele devia estar a cortejar. É tiro e queca. Começam logo a arquear as costas, a espetar o peito e a fazer brilhar os olhos como quem faz do roubo da atenção da outra um objectivo de vida. O olhar, até então sempre altivo e impenetrável como que a desencorajar qualquer hipótese de contacto, passa logo a estar sequioso de atenção. Mas calma seus biltres. Não pensem agora que é só atacar. Se queremos que um esquilo nos venha comer à palma da mão não vamos andar na floresta a esbracejar como loucos. Tem de se manter a calma. Sei que é difícil a qualquer macho a destilar virilidade resistir aos apelos corporais explícitos da gaja mais gira de um ginásio. Mas quanto mais tempo se resistir e se continuar a dirigir os olhares e o sorriso para a segunda mais gira, mais as hipóteses de sucesso. Para testar esta teoria inscrevi-me ontem num ginásio. E ca ganda arraial da cona que havia para ali. (Isto tem de ser dito assim, que não concebo dizer ah e tal que imensa festividade de pipis que por ali passeavam). Comecei então a dar atenção à segunda mais gira e a gostosa-mor começou logo a arfar. Nem dez minutos aguentou. Veio exercitar-se estrategicamente para o meu lado e começou a falar, imagine-se, de batidas cardíacas. Tratei logo de informar: Queira desculpar. É que a minha mente é perita em traduções simultâneas do realês para o badalhoquês e apenas ouvi: estou tão mortinha por te comer que até faço pocinha na cuequinha. Curiosamente riu-se, muito por culpa da careta que acompanhou o discurso. Contou-me ser escritora e disse que eu era uma grande personagem. Por mim pode usar-me à vontade. Tem aqui matéria mais que suficiente para lhe encher as folhas, pelo menos tanto quanto lhe enchi os folhos.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

A número 400

Quis uma futilidade do destino que a seguidora número 400 deste espaço fosse uma jornalista empertigada com uma fechadura tatuada no pescoço. Não estou habituado a que nada se feche quando estou com a picha dura, por isso, uma fechadura tatuada atrás das costas arrebitou-me aqui o glutão. E quando a jornalista “Key”, mesmo ali em baixo nos comentários do post anterior, manifesta vontade de me entrevistar, o Pacheco ficou logo de cabeça no ar. Na verdade já andava a estranhar o facto de ainda não ter sido contactado por essa plumitiva plebe. O Patife não é nada egocêntrico nem tão pouco gosta de dar entrevistas, mas a pensar no público português (cof cof) lá dei um jeitinho. É que o povo é quem mais me ordenha. E normalmente lá dou o leitinho, mas desta vez foi mesmo o jeitinho. Não foi por isso difícil convencer-me a dar uma entrevista durante um jantar num bom restaurante da capital. Agora, filha, se estavas à espera que eu só te desse a entrevista e não viesse logo para aqui relatar a épica pranchada com que te aviei a seguir é porque não estudaste bem o teu entrevistado. É que aparecer para jantar com o Patife, de vestido decotado e com a melena a destilar Palmolive Herbal Essences é assunto arriscado. É viver no limite do perigo. É estar a pedi-las. Cabelo asseado e sedoso sim. Agora a destilar aroma de Palmolive é sinónimo de pachacha fácil. É uma convocatória fodenga. Um apelo a todos os liberalistas da pinada. Um convite aos performers da pranchada. E como sou um autêntico cavalheiro e um comportamento honrado e respeitoso é o que todos esperam de mim, esforcei-me por não abrir a Caixa de Pandora da ordinarice. Pelo menos até ela começar a revelar o seu espírito mordaz. É que para mim quem tem espírito mordaz gosta de ser mordida atrás. E só com essa ideia fiquei logo com o Pacheco em ponto de rebuçado. Já no final do jantar a jornalista-seguidora número 400 ficou em ponto de rabo-usado. E mais não digo, que não quero escarrapachar aqui mais nada do que já deixei escarrapachado nessa noite.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Vícios de boca

Estava o Patife no bar entretido a contar os seus conões enquanto mamava o seu whiskey velho quando uma matrafona-yuppie-alvoroçada-armada-em-empresária-com-os-stresses-a-saírem-lhe-da-pachacha entra toda nervosa directa ao balcão. Emborca a bebida entre suspiros inquietantes. Pelos menos a mim inquietaram-me o nabo. Achei que o compasso rítmico dos seus suspiros não era o mais melódico por isso levantei-me e sentei-me ao lado dela para a ajudar a encontrar a batida certa. Então comecei também a suspirar, ajustando os bêpêémes (bpm) dos suspiros da moça. Quando ela olhou para mim, e antes que pudesse dizer alguma coisa, aventei logo: Parece que estás com problemas em encontrar a batida certa. Está-se mesmo a ver qual a batida que o Patife queria por isso ao mesmo tempo que referi “batida certa” lancei discretamente um olhar para o meu pincel. Ela corou e baixou a cabeça envergonhada, o que obviamente dá indícios explícitos de querer passar à mamada. Ainda me passou pela cabeça dizer-lhe oh querida, não fiques cabisbaixa que ainda penso que me queres mamar na faixa, mas como tenho noção dos limites disse-o na mesma mas com jeitinho. Contudo a empresária estava visivelmente stressada por isso dei-lhe relativa atenção. Tinha deixado de fumar há pouco tempo e andava muito nervosa, dizia. Depressa a convenci com a minha inabalável retórica que o mais complicado quando se deixa de fumar é a gestão do vício de boca. Se saciares o vício de boca não terás tanta vontade de fumar e ficarás menos nervosa, expliquei, qual filósofo dos vícios bucais, mas mais virado para os vícios boçais. O resto, meus caros, é impróprio de se contar para um cavalheiro como eu. Desvendo apenas que foi uma *ganda charutada.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Ética da berlaitada

Sou um tipo asseado. O Pacheco anda sempre num primor, lavado, perfumado e com uma pintelheira de risca ao lado. É uma questão de ética da berlaitada. Por isso, é com lamentável pesar e elevada consternação que de vez em quando me surgem galdérias sem a devida higiene oral. Além de não querer que me conspurquem aqui o biltre também não quero que usem a minha langonha como elixir. Foi exactamente isso que se passou esta noite e não podia estar mais revoltado. Assim que abre a cavidade oral eu topo logo que ela não é de boa boca. Desculpem lá se acho ofensivo apresentarem-se com pedaços de alimento mastigado entre os dentes e com aftas na língua e ao mesmo tempo acharem-se no direito de me abocanharem a lentrisca. Por isso, quando reparei que aquela boquinha infecta está a uma distância radioactiva da minha corneta, desviei o assunto tendo o cuidado de não lhe apontar a falta de educação. É que eu sou um cavalheiro e não queria meter-lhe mais pressão sobre as costas do que aquela que lhe ia meter a seguir.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Pacheco elevado a Região Autónoma

Acordei hoje a estranhar o facto de já terem passado quase duzentos dias desde que aqui sugeri que o meu Pacheco fosse canonizado e ainda não recebi nenhuma carta timbrada e lacrada do Vaticano. Para quem anda desatento ou tem uma memória inversamente proporcional ao tamanho do meu nabo recordo que lancei a sugestão da canonização com base no facto do Pacheco já ter metido mais gajas de joelhos que qualquer peregrinação a Fátima. E acordei a pensar nisso porque quando abri os olhos de manhã tinha uma experimentalista da brochada a abocanhar-me a corneta de joelhos. Depois do devido banho lá saí à rua. Sim. Que um cavalheiro que se preze e homem honrado com forte sentido de responsabilidade moral toma sempre um banho entre pinadas com mulheres diferentes. Até posso aviar umas dez de enfiada – e oh como eu adoro esta expressão - mas nunca quebro esta regra moral de tomar o meu banhinho entre-lábias distintas. E escusam de estar a torcer esses narizes empertigados a pensar que o Patife é um devasso. Eu faço o que posso para limitar os efeitos nefastos dos meus actos. Não tenho é culpa se o Pacheco é a Região Autónoma com mais poder deste país. Uma Região completamente Autónoma que aprecia dar nas vistas e estar na crista da cona.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

A chupadora de pevides

Hoje vou falar-vos sobre a melhor chupadora de pevides que me passou pela tomatada. Primeiro manuseava os meus taurinos colhões como se de bolas anti-stress chinesas se tratassem. Rodava-os, sempre no sentido dos ponteiros do relógio, com tal mestria que se houvesse silêncio era capaz de ouvir os espermabichóides animados por tal volta contínua no carrossel tomatal. Tal trejeito circular permitia a tomatada relaxar e ter um aquecimento prévio. Uma espécie de preliminares da mamada colhonífera. Ela sabia o que fazia. Depois brincava a dar toques nas bolas sem as deixar cair, para as deixar mais sensíveis. Coisa que me apressei a parar pois o Patife não quer ter colhões sensíveis. Ainda se alastrava ao coração ou assim. Por isso antecipei o abocanhamento tomateiro. Qual não é o meu espanto quando a chupadora de pevides consegue meter ambas as bolas na boca e, com uma técnica linguaruda, fazer com que elas girassem lá dentro sem nunca desregrar a sábia ordem do sentido dos ponteiros do relógio. Claro que lhe parti um molar e lhe deixei um incisivo gasto. Mas valeu a pena. O problema é que depois ela achou-se merecedora de um pequeno-almoço feito por mim. A sorte dela é que eu em casa faço tudo. Lavo a loiça, estendo a roupa. Eu sei lá. Faço tudo. Até cuzinho.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Bocariny

Ora a simpática leitora Storyteller sugeriu-me há um par de semanas que me debruçasse sobre o Surrealismo. Preferia que ela me tivesse sugerido um par de mamas debruçado sobre o realismo, mas pronto. Não se pode ter tudo. É que o Patife, já se sabe, não percebe nada de Surrealismo pois sempre se virou mais para o Movimento CuRealista. É mais realista e tem mais cus. O Surrealismo é muito abstracto. Já o CuRealismo é assim uma coisa mais apalpável, vá. Mas o Patife está habituado a agradar a gregas e a sacanas por isso foi para a biblioteca pesquisar. Na verdade até precisava de um pretexto para lá ir a ver se apanhava a nova bibliotecária. Não apanhei, por isso investiguei. E depressa cheguei à conclusão que se o Bocage e o Cesariny fossem um só teriam certamente criado coisinhas poéticas lindas assim:

Em todas as ruas te monto

Em todas as ruas te monto
Em todas as ruas te espeto
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua fissura
que é de pau feito que eu ando
para te mostrar a dita dura
e lambo a mágoa com o nabo a dar
que te atravessa até à loucura
tanto, tão perto, tão real
que nem acreditas na envergadura
que toca no teu próprio elemento
num corpo que já não é teu
num orgasmo que reapareceu
onde o nabo meu te fura

Em todas as ruas te monto
Em todas as ruas te espeto

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Peeping Tom IV

Ora aqui vai mais uma espreitadela sobre as fantásticas e mirabolantes pesquisas que conduziram ilustres internautas a este vosso Fode Fode Patife:

Ouvi vizinhos a foder: Ui... Será vulva? Será de frente? Atrás não é certamente, que uma peida não chia assim.
Vai para a cama e lembe a cona: Lembe? Ah ganda lembaruças da lengua perteguesa.
Advogadas de belas a foder: Também gosto muito. Têm todas um belo par de fofos.
Blog de engate no chiado: É assim que se ganha má reputação. Agora isto é um blog de engate no chiado? Boa sorte pá. Se achas que é pela retórica que o Patife lá vai estás muito enganado. É mesmo pelo tamanho do nabo.
Como foder sem tesão: Já dizia o ditado. Picha mole em cona dura tanto bate até que fura.
Como se fode uma juíza: Essa é tramada pois as juízas têm os buracos todos em sítios diferentes. Sei como se fode uma enfermeira, uma acrobata de circo, uma ginasta olímpica e até, vê lá tu, uma empregada doméstica. Agora juízas...
Foder até pinar: Tenta antes brochar até chupar. Dizem que é uma loucura.
Jogo de socorrer donzela para ganhar um beijo: Socorrer uma donzela para ganhar um beijo!? Ainda dizem que falta ambição neste país...
O que é na verdade uma cona: Há quem diga que é um pénis subdesenvolvido. Mas eu considero isso um bocado panisgas.
Quiche de cona: Ah claro. Também conhecido como coniche. É arraçado do caniche e muito vulgar na alta sociedade.
Branca de neve e os sete fodilhões: Ah... um clássico dos anos 90 que recomendo vivamente. Da mesma colecção vintage de “A Família Ânus”, “As AristoRatas”, “Porca, Montas?” e “Música no Cu da São”. Tudo grandes clássicos.