Não sou de responder afirmativamente a estes apelos, por não se enquadrarem com a lógica do Fode Fode Patife. Já vários recusei por essa mesma razão. Isto é para crónicas de pinada e máinada. Mas foi a menina Just Me que me desafiou para o “Acrescenta-me um ponto…”, dizendo que me acrescentava era a ponta, por isso aqui o meu Pacheco não me deixou enjeitar o desafio. Além disso tenho uma imagem sólida no mercado da fodenguice e ainda corria o risco de se andar para aí a dizer que eu tinha dado uma nega a uma mulher. Acho criminoso dizer-se não a uma mulher, por isso aceitei o repto. Também aceito rectos.
O pior é que esta coisa tem regras, quando o Patife é desregrado por natureza. Posto isto (entenda-se por isto o Pacheco) entrego as rédeas na mão da elevada Stargazer. Cá vai a coisa enquanto esfrego o coiso. A ver se não estrago isto com parvoíce pois o tema é erotismo e não a porcalhice ordinareca que tanto aprecio.
A ideia partiu do Gonçalo Cardoso e cada blogger deve escrever um parágrafo para a história inicial se ir completando. Pretende-se a "renovação e intensificação do espírito de unidade e imaginação da blogosfera".
As regras da rubrica "Acrescenta-me um ponto!":
1 - O texto, constituído por vinte parágrafos, terá início no blogue "O Sabor da Palavra" (
http://osabordapalavra.blogspot.com), segundo o seu autor Gonçalo Cardoso.
2 - Cada bloguista terá direito a um parágrafo do texto com o máximo de cinco linhas.
3 - Após a realização do parágrafo respectivo, cada bloguista terá que seleccionar outro bloguista que cumpra a continuidade do texto, segundo as regras mencionadas.
4 - Cada bloguista terá o limite máximo de três dias para realização do parágrafo, estando sujeito a desclassificação da rubrica e seleccção de novo bloguista por parte do seu autor.
5 - Cada bloguista assinará o seu nome e respectivo blogue na lista dos participantes.
6 - O último participante ou autor do vigésimo parágrafo, finalizará o texto e partilhará com o autor do blogue "O Sabor da Palavra" para a sua divulgação no blogue inicial.
7 - Sejam criativos.
Gonçalo Cardoso
"20 horas. Jantar no Hotel Ritz. Jorge, um delegado de propaganda médica, observa o charme de Leonor, uma jovem e ambiciosa advogada, de olhar penetrante, lábios carnudos e um vestido de cetim justo, com um decote revelador da sua pele delicada e fina. Do outro lado da mesa, Leonor pede a Jorge que lhe sirva um cálice de vinho tinto, enquanto repara na sua barba cuidada, nos olhos verdes e na camisa justa e semi-aberta..."
Scarlet Perry
"À medida que o vinho quente e escarlate cai no seu copo largo e obscuro, Leonor recorda o primeiro encontro sexual de ambos: os cheiros, os fluídos, os sons e sensações...e sente-se de repente algo desejosa de Jorge. Deu um pequeno golo e lambeu uma gota malandra que cismou em ficar nos seus lábios carnudos e desenhados com uma cor forte.
- Estou louca por te sentir! - Sussurrou ela - Não sei quanto tempo mais aguentarei!"
Puzz
Jorge coloca a mão direita sobre a mesa convidando outra mão a aconchegar-se dentro da sua. Leonor responde com um gesto delicado tocando-lhe suavemente e encaixando a sua mão no conforto da dele.
-Desejo-te a cada minuto. - Diz Jorge com uma voz quente e aconchegante, pensando que quando está com ela todo o mundo e os seus problemas desaparecem, e as suas tumultuosas vidas parecem fazer algum sentido. - Quando te vou ter só para mim? - questiona-a em jeito de desabafo."
S*
Ela sorri, com aquele jeito malandro de quem quer mais mas teima em não o admitir. Sem se aperceber, deixou-se enrolar num mar de emoções com este homem de olhos verdes. Não quer só mais um encontro. Não quer só mais uma noite. Como dizer-lho? Mordisca o lábio num tique nervoso. Ajeita o cabelo, ergue os olhos e enfrenta-o.
- “Desta vez o jogo vai ser jogado segundo as minhas regras. Aceitas?”
Malena
“Aceito!”- responde-lhe, enquanto a sua mão aperta mais a dela.
Jantam quase em silêncio, os joelhos de ambos roçando-se... Os olhos de Jorge mal seguem os movimentos do garfo, presos a ela, expectantes, observando-lhe o peito ofegante, os lábios trémulos que tantas vezes afloraram cada recanto do seu corpo … Mal acabam, surpreende-se pela forma súbita como ela o arrasta pela mão até ao carro. “Deixa que te guie ao meu mundo!”- diz-lhe ela.
Orquídea Selvagem
E ele deixou-se conduzir por aquela mulher que lhe inebriava completamente os sentidos. Entraram no Alfa Romeo Spider descapotável de Leonor e dirigiram-se a uma velocidade vertiginosa até a um palacete luxuoso na linha de Cascais, onde decorria uma festa privada só para adultos. Antes de saírem do carro, ela debruça-se sobre a bagageira e de lá retira uma venda para os olhos de cetim preto e duas máscaras com pequenas plumas e brilhantes. Jorge disfarça o seu embaraço... dá-lhe a mão e entram juntos na festa.
Me
Abrem-se as portas do palacete, estilo árabe, colocam as máscaras e entram… Jorge não consegue disfarçar a admiração perante a grandiosidade daquele espaço soberbamente decorado, incitando à luxúria. Entram num salão amplo, onde uma sensual morena, apenas em lingerie toca piano, acompanhada de um par dançante… As pessoas estão elegantemente vestidas, e o ambiente é altamente excitante, quente, erótico… onde o sexo deixa de ser “pecado”, onde a palavra proibido é eliminada!... Ao fundo do salão ergue-se uma majestosa escadaria que conduz aos quartos temáticos…
- Subimos?... pergunta Leonor num tom quente e convidativo.
Elsolittario
Jorge engole em seco,,, uma das suas fantasias está prestes a se tornar realidade,,,todo aquele ambiente transpira sensualidade, sexualidade, vontade, tesão,,, decidido dá-lhe a mão,,, Leonor encaminha-o para o andar de cima,,, lentamente sobem os degraus,,, um a um,,, à medida que se aproximam do topo os murmúrios provenientes dos quartos tomam forma de gemidos, sussurros de prazer,,, Já no andar de cima Jorge depara-se com um longo corredor ladeado de tochas,,, Leonor, aproxima-se da primeira porta,,, abre-a,,,
Just Me
O espetáculo que se lhe oferece é um festim para os seus sentidos... Mas, é nesse momento que Leonor o trava e lhe diz... "-Tens muitos quartos aqui... só podes escolher um... e vais ter de o escolher sem saber o que está nos outros... Queres ficar por aqui?" Jorge fica especado por momentos a admirar o espetáculo que se desenrola à sua frente... Uma mulher despindo-se, provocando... Olha para Leonor e apenas com o seu olhar recusa este quarto... Aproximam-se da segunda porta, abrem-na... Dois pares de olhos fixam-nos como que a perguntar... "-Juntam-se a nós?"
Patife
O magnetismo que incendiava o olhar não deixou espaço para dúvidas ou recusas. Fecharam a porta atrás de si sem se aperceberem que estavam a abrir uma outra porta nas suas vidas. Lá dentro, a dança dos corpos desvendava uma intensa alquimia. Encostada à pele, a lascívia mistura-se, entranha-se e enlaça. Na ânsia que os corpos a absorvessem. Jorge trepidava. Por dentro. Os seus dedos percorriam os contornos da pele húmida sem se atreverem a penetrar. Lábios como chamas, olhares como fagulhas do desejo. Até que Leonor se aventurou a percorrer as escalas do desejo e os corpos inflamaram-se, provocando o degelo dos corpos quentes.