segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Meter a foice em cabra alheia

Ontem acordei com uma vontade insaciável de meter a minha foice em cabra alheia. E olhem que acordei cedo. Saí ainda meio esgazeado à rua, completamente preparado para despedaçar a primeira pachachinha que me aparecesse à frente. Quando acordo assim apenas vejo em forma de radar, um pouco como a visão do Predador, mas especializado em captar as ondas de calor emanadas pelas pachachas. Consigo diagnósticos dignos de registo. Não sei o que passou naquela manhã mas o radar não captava nada. Já não sabia o que fazer à vida. E à picha. E várias hipóteses se me colocaram: ficar uma manhã inteira sem espetar, ir para casa esfolar o carapau ou esperar. Foi com sérias dificuldades que optei por esperar que a tarde chegasse na esperança que os ventos me trouxessem a fortuna em forma de uma majestosa e sublime chona. Perante o desespero da espera comecei a ter um pensamento à la Barthes: Em Erwartung (Espera) uma mulher espera o seu amante, à noite, numa floresta. Eu apenas espero uma pachacha mas a angústia é a mesma. Tudo é solene. Não tenho o sentido das proporções. E não me julguem um intelectual. Só conheço o Barthes porque um dia ouvi dizer que ele era um grande linguista e eu sempre me considerei o maior linguista de todos os tempos. Mas ao que parece não usamos a linguística para os mesmos fins. Contudo, a espera deu os seus frutos. Apareceu-me uma lambareira sexual cujo radar indicava elevados níveis de pachacho-actividade. Esperar é uma estopada, mas mais vale à tarde do que nunca.

20 comentários:

Carla disse...

Quem espera sempre alcança... ou espeta a lança!

retiro o que disse... disse...

'Tifinho,
a imagem que tive foi o Pacheco de foice na mão, vestido de capuz negro como quem anuncia a morte de mais uma pobre chonada. (entenda-se pessoa assistida por esse órgão milagroso).

Eu prefiro as matinais, mas à falta de melhor, venham nem que seja as do pôr-do-sol, de alguma coisa hão-de servir.

P.S.-Cheguei à conclusão de que já deves ter esgotado o mercado pelas zonas do Chiado, está tudo muito escolhido... Que tal uns dias pelo Norte, hã?

Beijo, com aroma a rosa dos ventos.

Malena disse...

O Chiado sem pachachas? Ou muito me engano ou andas a precisar de ir ao oftalmologista!!! ;)

S* disse...

Pachacho-actividade... tu inventas cada uma... bem, ao menos não tem teias de aranha.

Anónimo disse...

Ai que desespero. Mas conseguiste.


:)

Anónimo disse...

Quem espera afoito sempre acaba no coito...

:)

Anónimo disse...

Patife, os domingos na cidade são fracos. Esperar que a tarde chegue para encontrar uma lambareira, é de desesperar. Pobre Patife. Nem com o radar ligado.
Mas, como diz o Ulisses, "quem espera afoito sempre acaba no coito".
Sortudo.

:)

Anónimo disse...

Nem ao domingo dás descanso ao Pacheco...

Petra disse...

és um brutamontes do caralho... oops... do chiado... Olha lá patife e onde andam as buscas para o teu blog??? era hilariante! bj

Patife disse...

Uma Rapariga Simples:
Quem espeta sempre enche a pança. ;)

retiro o que disse...:
O Pacheco é, ele próprio, em forma de foice. ;)

Malena:
Também não queria acreditar. Mas olha que aconteceu. ;)

S*:
Valha-nos isso. ;)

Anónimo:
O Patife consegue sempre. ;)

Ulisses:
Ulisses, pá, és um homem sábio. ;)

desejo:
Aprecio os dias difíceis, para variar um pouco. ;)

Fumiflamante:
O domingo é o dia de maior trabalho para o Pacheco, que é enteado de Belzebu. ;)

Petra:
Olha que bem lembrado. Vou começar a fazer a recolha a pensar em si. ;)

Anónimo disse...

...eu sei, pá, eu sei...

...e modesto também!

:)

Royal Flush disse...

Subscrevo a lembrança da Petra, essa rubrica deixa já alguma saudade! Aguardemos!

Patife, sabes que aos Domingos costumam andar as passeantes atreladas ao macho "oficial" daí que o radar não captasse grande actividade.
Mas bom, ainda assim o Pacheco não sofreu muito por privação, há os que não teriam certamente resistido e optado logo pela segunda opção!

Patife disse...

Ulisses:
Keep it up. A falsa modéstia é que é uma coisa confrangedora. ;)

caleidoscopio:
Ahahah. É bem possível. Pois então que vou já tratar da recolha para essa rubrica, que eu cá gosto muito de vos deixar satisfeitas. ;)

retiro o que disse... disse...

'Tifinho,
foice anatómica?

Patife disse...

retiro o que disse...:
Pacheco-foice. Mas nunca "o Pacheco foi-se". ;)

Anónimo disse...

Esperar faz comichão na bundinha!
Pacheco que é pacheco procura uma em qualquer beco!! hah

Patife disse...

Vanessa:
Comichão na bundinha? Já comi bundinha no chão, vai dar quase ao mesmo. ;)

Joana Cardoso disse...

obrigada pelo teu comentario no meu blog (:
tambem gostei do teu, beijo*

Nokas disse...

Vês, valeu a pena o sacrifício :)

Patife disse...

Dream:
Onde há boa música o Patife mete sempre a unha. Já onde há boa chona o Patife mete sempre o Pacheco. ;)

Nokas:
Só vale o sacrifício quando dão mais que um orifício. ;)