Tinha apenas seis anos de idade quando um dos meus “tios”, aqueles amigos dos pais que estão sempre por perto e que nos tratam por “sobrinhos”, me deu a primeira lição sexual. Calma taradolas. Não pensem já em rabetices. Aposto que todos sorriram de soslaio a pensar que o Patife pega de empurrão e imaginaram tio e sobrinho numa cavalgada épica de nabos ao vento sobre um campo de papoilinhas e feno, não foi? Não? A sério? Pronto. Então fui só eu. Mas não foi isso que aconteceu. Foi um primeiro ensinamento que me marcou para a vida e que teve grande importância no facto do Patife se ter tornado um artista do pinanço. Um trapezista da corneta. Um malabarista do postilhão. Um homem-canhão. Pronto. Já chega. Eu sei. Contou-me então esta história própria para rapazinhos de seis anos, esta fábula encantadora que já me foi muito útil, e cuja moral jamais esquecerei em qualquer tempo de vida:
Era uma vez uma ratinha. Uma ratinha que vivia na floresta. Estava a caminhar e encontrou um lago. No meio do lago estava um nenúfar e no meio do nenúfar um sapinho. A ratinha pensou: Isto é que vai ser um belo almoço. Quando se preparava para saltar e devorar o sapinho ouviu uma mosca a passar e pensou: Se esperar que o sapo como a mosca o meu almoço vai ter ainda mais proteínas. Aguardou pacientemente que a mosca fosse engolida e quando estava a preparar-se para saltar ouviu o som de uma abelha. Pensou: Espero mais um pouco, o sapo come a abelha e aí fico mesmo de barriga cheia. Assim foi. Decidida a saltar para abocanhar o sapo ouve, então, uma libelinha. E a ratinha pensa: Isto é uma maravilha. Se o sapo comer a libelinha vou ter um autêntico manjar. Aguardou até o sapo afiambrar a libelinha, vincou as patas no chão e prepara o salto triunfal para o nenúfar. No preciso momento em que está em pleno voo, o vento sopra mais forte, afasta o nenúfar do local e SPLASH. A ratinha cai mesmo no meio do lago. Moral da História: Quantos mais preliminares, mais a ratinha fica molhada.
Quando era miúdo aquilo não me fez grande sentido. Era apenas mais uma história parva. Mas há uns anos estava com uma matulona, daquelas que aguentam um estrafego de piçada valente, e fui com muita sede ao pote. Resultado: Ela tinha a chona mais ressequida que um bunker em deserto iraquiano. Claro que podia assumir o esquecimento da moral da história e contar-lhe a fábula para aligeirar a situação. Mas a moça ainda ficava ofendida e eu sou um senhor Patife. Por isso safei-me com um não menos significativo: Julgas que isto aqui em baixo é alguma picareta?
Era uma vez uma ratinha. Uma ratinha que vivia na floresta. Estava a caminhar e encontrou um lago. No meio do lago estava um nenúfar e no meio do nenúfar um sapinho. A ratinha pensou: Isto é que vai ser um belo almoço. Quando se preparava para saltar e devorar o sapinho ouviu uma mosca a passar e pensou: Se esperar que o sapo como a mosca o meu almoço vai ter ainda mais proteínas. Aguardou pacientemente que a mosca fosse engolida e quando estava a preparar-se para saltar ouviu o som de uma abelha. Pensou: Espero mais um pouco, o sapo come a abelha e aí fico mesmo de barriga cheia. Assim foi. Decidida a saltar para abocanhar o sapo ouve, então, uma libelinha. E a ratinha pensa: Isto é uma maravilha. Se o sapo comer a libelinha vou ter um autêntico manjar. Aguardou até o sapo afiambrar a libelinha, vincou as patas no chão e prepara o salto triunfal para o nenúfar. No preciso momento em que está em pleno voo, o vento sopra mais forte, afasta o nenúfar do local e SPLASH. A ratinha cai mesmo no meio do lago. Moral da História: Quantos mais preliminares, mais a ratinha fica molhada.
Quando era miúdo aquilo não me fez grande sentido. Era apenas mais uma história parva. Mas há uns anos estava com uma matulona, daquelas que aguentam um estrafego de piçada valente, e fui com muita sede ao pote. Resultado: Ela tinha a chona mais ressequida que um bunker em deserto iraquiano. Claro que podia assumir o esquecimento da moral da história e contar-lhe a fábula para aligeirar a situação. Mas a moça ainda ficava ofendida e eu sou um senhor Patife. Por isso safei-me com um não menos significativo: Julgas que isto aqui em baixo é alguma picareta?
50 comentários:
Conclusão tiveste de andar de pá e picareta a escavar a mina de carvão da moça! LOLOLOL Não te esqueças do capacete, hehe
Beijinhos
ahahah
Foda-se oh Patife! Seca como um deserto? Mau, muito mau.
Ri-me tanto com isto. boa história ~:P
Waldorfa:
O Pacheco anda sempre de capacete em gruta alheia. Daqueles com lanterninha.
S*:
Foi mau, foi. O Patife passou uma semana a limpar poeira do nabo. Ainda para mais, tenho para mim que uma mulher, só de olhar para o Patife, deveria ficar tão encharcada como a ratinha da fábula.
almighty yellowphant:
Já o Patife não se riu nada quando reparou que ela estava seca como uma pedreira.
Já estou com pena de ter lido isto à hora do almoço, Patife. Uma história de encantar destas é para ser susurrada na horinha do ó-ó... Do tipo, ó-ó, que já cá cantas! ;)
Mas, prometo que logo, a horas bem impróprias e mais que boas, volto a ler a história da ratinha gulosa. :)
Oh Patife acho um ultraje ela não ter ficado a escorrer só de ter a honra de estar com o Pacheco!
Já não se fazem mulheres como antigamente, lol
Beijinhos
Foi esta a tua segunda vez, não? :D
ehpah, um dia destes o pessoal deixa de recorrer aos filmes de queca e passa a vir bater umas aqui para o blog do Patife.
Se bem que nenúfares não é muito bem a minha onda. Eu é mais bolos. lol
Acho que com esta deves ter recorrido à molhadela de última hora, não?
beijo molhado.
(por causa do nariz, que só pinga... claro!)
Bad Guy,
"We ought to esteem it of the greatest importance that the fictions which children first hear should be adapted in the most perfect manner to the promotion of virtue."
Plato
Should we?
A Virtuous(ly) immoral kiss,
The Fine Pair:
O Patife gosta de sussurros. A horas impróprias. E, claro, de ratinhas gulosas como a da fábula.
Waldorfa:
É o que o Patife anda a dizer há séculos! Só de olharem para o Patife deviam ficar alagadas de prazer, desejo e luxúria.
Retiro o que disse:
Quanta perspicácia... A menina pediu a segunda, o Patife deu-lhe a segunda...
A molhadela de última hora tem o seu charme, mas o Patife gosta de abundância natural.
Beijo molhado.
(Por causa do Pacheco, que já pinga. É um pinga-amor). :)
Stargazer:
Sábias palavras, sábias palavras.
We should, we should.
A imoralidade é a bandeira do Patife. Escusado será dizer onde é hasteada.
Bad Guy,
Gosto desse teu lado. Tem um je ne sais quoi de profanamente provocador.
Só não sei ainda se prefiro o Patife ou o Patifório. Mas conhecendo-me e sabendo-me uma criatura "larger than Life itself" diria que só me contentaria com ambos.
É que em tempos de guerra não se limpam armas. Mas hasteiam-se bandeiras. Da Paz, obviamente, brancas como a cor dos lençóis...
Beijo hasteado no hino do Pacheco,
Stargazer:
"Profanamente provocador" é um conceito delicioso. Quase tão delicioso como o beijo heasteado no hino do Pacheco. (Pacheco esse que ainda está a aplaudir a ideia).
ahahah que história infantil tão educativa!
:p
ah cabrão....
(e nisto penso com saudade)
boas patifarias...que seria do mundo sem elas!!!
abraço
Culpa tua! Devia ter levado a rapariga para um local com vento... Assim, o vento tinha afastado o nenúfar e tu... SPLASH!
Como vês, a culpa é mesmo tua. Tua e do nenúfar! :P
é bom te ler ....
bj
E agora uma pausa para publicidade:
"Só encontra ratas secas ou ressequidas pela extrema actividade sexual? Não consegue mergulhar o nabo porque a piscina está seca? Tem problemas de motor por falta de lubrificação? AQUA GLIDE é a resposta!! Com AQUA GLIDE você consegue humedecer até um buraco no Sahara em pleno verão!! AQUA GLIDE, escorregue de prazer..."
Que patifaria!
Merecedora de um severo (not luxurious) correctivo!
Basium
(stuck in a water lily)
Juni:
O Patife é assim: educativo. Com direito a aulas particulares e tudo. Ok. Há umas mais públicas...
Grande Querida:
A Querida não me chame esse nome que o Patife fica logo a salivar.
Azael:
Patifar por aí é o lema de vida do Patife.
Malena:
Epá. Dava-me jeito ter uma assistente assim. Com soluções criativas perante imprevistos. (Por acaso o Patife gosta quando faz splash splash)
Curiosa:
É bom me ler, é bom me ver, é bom me ouvir, é bom me comer, é bom me lamber. O Patife é uma espécie de bom-bom sexual.
Senhor Geninho:
Ahahahah. Eh lá. Com esse aqua glide ainda nos arriscamos a levar uma banho de chuveiro. Mas o Patife comprava, apesar de saber que lubrificação a mais torna tudo menos sensitivo. É que há moças propensas a inundações.
Venus in Red:
O Patife não enjeita um bom correctivo. Mesmo severo. Mesmo "not luxurious".
Ah sabemos latim... O Patife gosta muito línguas.
(Gostei da imagem)
Um abraço à voz da experiencia...
...O teu tio.
Hahahahaha
Boas leituras por aqui.
Gostei!
Bad Guy,
Não te sabia Mon Chéri da Blogosfera. Ou será mais After Eight?
I wonder...
Pena que em Portugal não haja chocolate de pimenta...mas da próxima vez que for a Paris trago-te uma caixa do Fauchon. Não sei porquê, mas cheira-me que combina bem contigo...muito melhor que a Família Ferrero!!!
Quanto muito terás a simplicidade de um M&M...o que é delicioso sob esse prisma!
:)
Kakakakakakakakakaka... ups... agora fiquei molhada... de tanto me rir
Red Angel:
Os "tios" sabem. E começaram a passar a sua sabedoria ao Patife desde os 6 anos de idade, factor essencial para o Patife se ter tornado num pinador de primeira categoria.
Stargazer:
Mon Chéri é muito queridinho.
After eight o Pacheco ainda continua de pé.
Chocolate de pimenta é coisa que o Patife nunca provou mas que acha que vai gostar. Ficarei à espera da oferta. Para derreter na boca, nas mãos e por aí em diante.
Para o Patife, M&M significa Mamar no Marsapo. E desse prisma o Patife adora.
Felina:
Ahahahah. O Patife tem esse dom. De deixar as mulheres molhadas só com palavras. :)
Bad Guy,
Mamar no Marsapo é verbo e substantivo que não se coaduna com as artes gueishianas da Stargazer.
Quem degusta, não mama. Quem mama são os bébés esfomeados, ou aqueles que não sabem fazer mais nada com a língua, e apenas utilizam os lábios para criar um vácuo confortável que lhes permita sugar algo rapida e eficientemente.
Para a Stargazer M&M significa derreter-se na boca E nas mãos.
Beijo derretido, ainda estou a pensar se nas (minhas) mãos, se na tua boca...
:)
Stargazer:
"Sugar algo eficientemente" não me parece coisa ruim. E a língua tem um papel determinante em qualquer tipologia de sucção.
"Na boca E nas mãos". A Stargazer sabe...
Mas o Patife só derrete a elevadíssimas temperaturas.
Á caralho...isto é poesia!!!
:)
Eu ía dizer exactamente o que disse o Pedro mas com mais algumas asneiras pelo meio pois sou do Porto e tal, mas pra primeiro comentário aqui e como ainda só li este post, acho que chega:)
Parabéns, e desde já o meu obrigada por seres o segundo seguidor. Pode dizer-se que ali só vai a nata da nata ehehehehehe
Pedro:
O Patife é um poeta do pinanço.
Eduarda:
O Patife fica a aguardar os próximos comentários cheios de asneiras do Porto e tal. ;)
(Não obrigues o Patife a versar sobre natas. Não é bonito).
Bad Guy,
Sugar eficientemente é bom.
É eficiente.
Faz o trabalho. Mas eficiencia e arte são substantivos abstractos que não se coadunam facilmente...de tal modo concordas que introduzes a língua. A língua não tem um papel determinante em qualquer tipologia de sucção. Podes sugar só com a boca sem a utilização da língua, apenas pela pressão aplicada dos lábios...
Ui, tanto tema controverso.
Acho melhor sentarmo-nos a comer M&Ms e fazer apostas onde derretem primeiro. "Blackjack. The full monty"!!!
E já agora para eu ajustar o termómetro: Celsius ou Fahrenheit?
Stargazer:
Sucção sem língua é coisa de amadores. Sem arte nem eficiência. ;)
O Patife nunca perdeu uma aposta.
Ajusta então o termómetro para Fahrenheit por causa do "Fahrenheit 451" do François Truffaut, onde os bombeiros, em vez de água, atiravam fogo.
Bad Guy,
Folgo em saber que dizemos exactamente a mesma coisa por outras palavrasc e estamos totalmente de acordo.
A Stargazer também não. Dividimos os ganhos? Algo tipo: "one for me, one for you" (que até pode ser cantado ao som Disco!!!).
Quanto a Truffaut confesso que prefiro "L'Enfant Sauvage" e "Suddenly Last Sunday"...embora a ficção do futurismo de Fahrenheit 451 seja - no mínimo - bizarra!
Termómetro ajustado.
...and climbing!
Deixo-te um selo.
Vê lá onde o colas.
bj
http://2.bp.blogspot.com/_2-9SlcN0Qyw/SafwGuGKi2I/AAAAAAAAA5c/S4sdVkam5Og/s1600/selo%2Bbab%C3%A3o.jpg
E com que idade o teu tio te ensinou a jogar bilhar de bolso?E quando a professora perguntou ao Patife:cinco e cinco quantos são?O Patife meteu as mãos nos bolsos e depois de algum tempo respondeu?Onze senhora professora.Exclamou o alentejano:Ah!Malandro que tens um bolso roto!!!
Pois... mas eu desconhecia os habitos desta casa... agora já dei que às terças e quintas tenho de trazer cuequinha suplemente
"água mole em pedra dura, tanto bate até que fura"
e o mesmo é com o Mr. Pacheco. Estilo martelo da Bosch. Como sabes. já Alexandre O'Neil criou - "Bosch é bom..."
Muito Bom Patife (como já te vou habituando não coloco vírgulas nas frases com que te homenageio.
Ao ler isto, veio-me à memória a história do Capuchinho Vermelho curioso...
Um cogumelo trá-lá-lá, dois cogumelos trá-lá-lá... ou seriam bolinhos para a avó?
Beijo meu, em jeitos de...
Splash!
Stargazer:
"One for me, one for you" soa-me a pouco. "Ten for me, ten for you" é mais à moda do Patife e até pode ser cantado ao som de blues.
Ajustado para 451 graus Fahrenheit!? Ah valente.
Retiro o que disse:
A menina baba-se aqui!? Ai que maravilha. (Obrigado menina Retiro. Se bem que não sei se conseguirei colocar a imagem de um bebé ao lado das patifarias do Patife. Soa-me a pedofilia visual. Mas imprimo e coloco em cima da minha secretária... O que também é perigoso pois o Patife acaba as reuniões em cima da secretária).
Felina:
Ahahaha. Isso é que o Patife gosta de ouvir. Que maravilha. O Patife vai lembrar-se disso todas as terças e quintas. ;)
Valmont:
Nem mais Valmont. Além disso as vírgulas são para os frouxos. Se fores como o Patife és mais homem de travessão. E sim, "Bosch é bom..." Oh se é bom.
Libertya:
O Patife ficou splashado. E gosta. Muito.
Em cima da secretária com 4 pernas, com a secretária de 2 pernas.
'tava a ver que a minha imagem tinha caído em saco roto. Mas como aqui não há nada de roto, ainda tinha esperanças.
Não seja por isso, deixo ficar uma mais própria para este ambiente:
http://1.bp.blogspot.com/_opptvFBa4ck/SUAMTvXs4GI/AAAAAAAAIvU/j8NXTuFD4Ck/s400/Sexy-Lips-.jpg
Beijo*
Retiro o que disse:
Se há coisa que o Patife tem é uma memória quase tão grande como o pacheco. E sim. Esta é bem mais apropriada. O Patife até ficou com os calores.
"Mas como aqui não há nada de roto, ainda tinha esperanças". Just perfect, girl.
Aquilo que a Retiro faz, faz perfeito. Ou não o faria de todo.
Suar, por suar, ao menos que valha a pena.
E amanhã já é terça :)
Beijo esPatifado*
Parto-me a rir com o que escreves! lololol
You naughty boy...
Retiro o que disse:
Perfeitinho é que o Patife gosta. Suadinho, também.
Miss Star Pink:
Se há coisa que o Patife está habituado é a partir. ;)
Vontade de:
Oh yes I am, madam.
(escapou-me esta resposta, raios, e logo a um fanático de patifaria como o grande Alentejano. Queira desculpar o Patife)
Grande Alentejano:
Ahahahah. Bilhar de bolso é uma memória placentária do Patife.
Quanto ao bolso roto, e como já aqui disse a menina retiro, por estas bandas não há nada de roto. :)
Não me consigo fartar de ler este blog!
Um beijo
Sílvia:
Vocês estragam o Patife com mimos. ;)
Diacho, onde andava eu em Maio de 2010 que não vi esta pérola?
O teu tio era um senhor, a fábula é maravilhosa.
A Chata:
Não se preocupe que se depender do Patife, as pérolas chegam até à Chata. ;)
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