segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Religião Imoral

De uma forma ou de outra todos tivemos de ser submetidos a aulas de Religião e Moral, pelo menos os da minha geração, seja ela qual for. Acho positivo e necessário constituírem-se as bases para depois nos podermos dedicar àquilo que é mais importante: A Religião Imoral. Em adolescente sempre que a minha mãezinha me batia à porta do quarto ouvindo algazarra na sessão de estudo com uma colega de liceu e perguntava o que estão a fazer?, eu respondia sem mentir: Estamos a estudar Religião Imoral. Ela ia satisfeita à sua vida e eu sentia-me um bom menino por não ter faltado à verdade. Depressa aprendi a dobrar a fonética em meu proveito. Quase tão depressa como aprendi a dobrar o pescoço às moças em meu proveito. É que se respondesse a verdade iria ter uma guerra aberta com a senhora minha mãe, e desta forma acabava por ter uma guelra aberta com a colega de estudo. Toda a gente ficava a ganhar. Esta semana voltei a recordar isto pois reencontrei a minha ex-colega de estudo. Ela estava sentada na Gulbenkian a ler uma brochura o que é logo coisa que não se deve fazer em público. Toda a gente sabe disso. Vem nos manuais de decoro. Está no contrato social feminino. É ponto assente do código de conduta fêmeo. Não se faz e pronto. Além do mais demorava-se em cada página, olhando com sofreguidão, e passava sempre o dedo pelo lábio inferior antes de virar a página da brochura. Toda a gente sabe que ler uma brochura é código para fazer um broche que dura, por isso ela deteve toda a minha atenção. Após uns entediantes mas sempre necessários vinte minutos a meter a conversa em dia, lá a acompanhei até casa. Uma coisa vos digo: A forma como ela conseguia mexer, dobrar e contorcer aquela língua em torno do Pacheco deveria ser merecedora de um Prémio Nobel da Mobilidade. Um Prémio Móbil, portanto. É que a chupas tantas, com tanta reviravolta, até tive receio que o Pacheco se desmoronasse como um caralho de cartas.

19 comentários:

Sairaf disse...

Pobre Pacheco que sofreu de prazer!!!
Se tivesse de lhe dar um prémio, seria o Prémio Nobel da Chupa Dura. Toma cuidado para não destruíres a tua fonte de criação e sedução.
Abraço doce
Sairaf

Caixeira Psicóloga disse...

Esta história faz-me lembrar uma minha também. Isto de reencontrar colegas. Nunca me envolvi com nenhum colega de turma mas claro que anos mais tarde, como já não o éramos...pimba

Zé da Trouxa disse...

Levas o obsceno a um patamar de literatura!

Patife disse...

Sairaf:
Ahahaha. Isto é mais uma fonte de jorração. ;)

Miss B:
Não gosto de deixar nada nem ninguém para trás. Se é para alguém ficar atrás fico eu. ;)

Daniel:
Ainda assim prefiro continuar a levar bocas ao patamar da picha dura. ;)

Malena disse...

Presumo que o Pacheco só se tenha desmoronado na hora certa! ;)

Patife disse...

Malena:
O Pacheco tem um timing perfeito. É uma espécie de fusão de relógio suíço com a pontualidade britânica. ;)

S* disse...

Foi abusado, o Pacheco. Coitado.

Petra disse...

Oh Patife vê lá se qualquer dia o teu pacheco mais que amarfanhado não anda a viagra.

Patife disse...

S*:
Abusado e lambuzado. ;)

Petra:
Mais depressa precisa o viagra de Pacheco, que o Pacheco de viagra. ;)

scarlet disse...

Genial Patife.

Anónimo disse...

Religião Imoral?
Gulbenkian?
Brochura?
Passar o dedo no labio inferior?

Então ela é uma expert da(i)moralidade.
Gostei.
Mas gostei mais de saber que o Patife vai à Gulbenkian...

Senhor Geninho disse...

É fácil saberes quando elas são desbocadas! Têm "Hoover" escrito nas nalgas!!

Patife disse...

scarlet:
Aqui o génio surge sempre que me esfregam a lâmpada. ;)

desejo:
Ah se os jardins da Gulbenkian falassem... ;)

Senhor Geninho:
Isso dava umas nalgadas presidenciais antes de me aspirarem o pincel. ;)

Anónimo disse...

Ó Patife, olha que ando por lá...


:)

Patife disse...

desejo:
Não deixa de ser curioso o facto de já ter encontrado muito desejo por lá. ;)

Unknown disse...

Salvé fieis panascas,

Aposto meia travessa de cona em como o roto do patife tem dedo no blog "O meu Pipi" :)

Pensava que o caralho que escreveu aquelas perolas literarias tivesse dado em panasca e deixou de publicar, o panasca devia estar obrigado legalmente a que nem que se esmerdasse todo tinha que publicar pelo menos uma vez por semana ... e anos passos, aqui jaz novamente o fiel disciplo ;)


Best Regards.

Patife disse...

Unknown:
Ahahahahah. O Patife não chega nem aos calcanhares do alcance literário do Pipi. Mas tenho certamente um nabo maior e já me contento com isso. ;)

Bélico disse...

LOLOLOLOL. Isto é do caral... Muito bom!

Patife disse...

Bélico:
Isto é do Pacheco. Aliás, as chonas lassas que encontrares são marca da ganadaria Pacheco. Nota: podes escrever caralho com todas as letras que ficas bem visto. ;)