Este fim-de-semana fui sair a um sítio que estava apinhado de pessoas com uma característica particular que muito me agrada: pessoas com pachacha. Aquilo era só gajas a dar com o pau. Com o Pacheco, entenda-se. Mas às tantas já estava a ficar confuso. O Pacheco não sabia para onde se virar e aqui o Patife, na ânsia de não perder pitada do manancial de decotes-expositores de tetas, de calças justas a delinear dançantes bordas da chona e de rabos bamboleantes em vestidos justos, sentia que os olhos estavam a entrar em R.E.M. Mas de repente o momento cristalizou, o ritmo da música e os gestos entraram em slow-motion e tudo se desfocou à sua passagem. Parecia uma princesa. Mas como as princesas me dão vómitos continuei à procura de uma com ar selvagem e que não me obrigaria a grande conversa para a meter a direito até lhe deixar a cona torta. Assim que me levou para uma grande mansão, confesso que estranhei: será que afinal esta badalhoca é que é mesmo uma princesa? Mas não. Era apenas a criada e a família fina estava fora. Coisa que atiçou a minha curiosidade pois estava desejoso de assistir ao contraste de ver uma criada habituada a limpar gente fina a conspurcar-se aqui com gente grossa. Não sei como é a sua performance como criada mas se fosse semelhante à sua forma de pinar seria certamente despedida em breve, pois a rapariga fodia mal e porcamente e quase me fez perder o fio à meada. Mas parte do porcamente até me agradou, por isso dei-lhe um aviamento por trás à antiga com tanta energia e fulgor que foi até perder o cio à criada.
segunda-feira, 30 de maio de 2011
quinta-feira, 26 de maio de 2011
A rata-pingada
No outro dia acordei com muita vontade de ouvir uma marmanjona a berrar à maluca. Por isso fui a um bar que estava na berra. Pareceu-me o local indicado para encontrar uma. Mas claro que o Patife não se contenta com qualquer uma, por isso não bastava que fosse uma que simplesmente berrasse. Como também andava com vontade de comer uns caracóis, tentei juntar o fútil ao agrafável e arranjar uma mariola de cabelos aos caracóis para agrafar por trás. E como com o Patife “querer é foder”, assim que ela entrou no raio do bar percebi logo que era a eleita. Ar altivo, voz quase tão bem colocada como eu costumo colocar o Pacheco, caracóis naturais e pose de gata-pingada, o que me levou a acreditar que a ia deixar de rata-pingada. E se há coisa com que o Patife pode é com uma rata pelo nabo. Claro que durante a conversa apeteceu-me chamar por diversas vezes a brigada anti-tédio, mas eu estava muito focado na berraria desenfreada que se adivinhava. Assim que a começo a despir deu logo a entender que o céu seria o limite para os excessos vocálicos que seria capaz de fazer. A cada toque de pele ela gemia muito mais do que lhe seria exigido. Mas entre gemidos sem eira nem beira soltou um: Chama-me puta! Oh diabo. Já tratei muitas como putas, e oh se gostam, mas acho indelicado meter isso por palavras. Ainda tentei perguntar se podia meter isso por actos, mas ela estava lançada e atalhou o meu raciocínio: Sim, sim, sou uma putalhona! Até o Pacheco lá em baixo fez uma pausa para processar a informação. Para compensar o facto de não a ter chamado como pediu, tive o cuidado de lhe deixar uma notinha no final. Curiosamente não gostou de ser tratada da forma como, expressamente, me pediu. Nunca hei-de perceber tamanha falta de coerência feminina.
segunda-feira, 23 de maio de 2011
Fazer das tipas coração
Há um gajo muito carroceiro dentro de mim. Os meus pais cedo se aperceberam disso e tais comportamentos não eram bem vistos na polida escola social em que o Patife cresceu. As boas notas serviam para serenar os ânimos mas também eram uma pedra no sapato. Enquanto me vaticinavam um futuro brilhante como neurologista, advogado ou empresário eu sonhava em trabalhar numa bomba de gasolina. É por isso muito comum, ainda hoje, o Patife terminar as pinadas com um mítico: Era para atestar, não era menina? Haviam de ver as caras que algumas fazem de papo cheio, imaginando-se um veículo automóvel. Sou eu com esta fixação de ser gasolineiro e o meu amigo Xerife com a profissão de sapateiro. Diz ele que tem o sonho de ser sapateiro para depois poder dizer com toda a propriedade às marmanjas que acaba de aviar: Agora que já te puxei o lustro vou dar à sola. Isto a propósito da mafarrica que ontem se aplicou no meu sardão. Após deixá-la devidamente atestada e, como gasolineiro experiente, rematar com um Cá está, nem saltou uma gotinha, a tipa surpreende-me com uma teoria absurda, coisa digna de psicóloga que, efectivamente, era: Ó Patife, a mim não me enganas tu. Só dizes essas coisas quando sentes que uma mulher se aproxima do teu coração, por defesa emocional. Aposto que já há por aí olhinhos a brilharem, ávidos de esperança, mas parem já com essa lamechice. Posso pinar a torto e a direito, ser embaixador da parvoíce e proporcionar a maior voltinha de carrossel sexual da vida de uma gaja. Mas há uma coisa que o Patife não faz: É fazer das tipas coração.
quinta-feira, 19 de maio de 2011
Sexaholics Anonymous
Foi desta. A minha equipa de terapeutas fartou-se e mandou-me para os Estados Unidos da América na esperança que uma lavagem cerebral dos Sexaholics Anonymous funcionasse. Quebro já o suspense para dizer que não funcionou. Mas diverti-me. Foi uma experiência deveras enriquecedora do ponto de vista humorístico. Partilho, pois, convosco as perguntas e considerações a que fui sujeito, assim como as minhas notas sobre as informações recolhidas. E uma coisa vos digo meu caros amigos: Estes americanos são doidos.
«Do you feel the right relationship would help you stop lusting, masturbating, or being so promiscuous?». Don´t know. But sure hope not.
«Although sexual compatibility do you still masturbate?». Is that wrong?
«Does an irresistible impulse arise when the other makes the overtures or sex is offered?». Nah... That´s cheap... I always think: there must be a harder way.
«Avoid triggers: Many things can trigger lust: movies, magazines, swimming pools, internet». Oh avoid living, is that it?
One of the Twelve Steps: «Made a list of persons you had harmed through sex and make amends to all them». My name isn´t Earl.
«Do you have a desperate sexual need for someone?». Ufff. No i don´t… I just have a sexual need for someone-hundred.
«Do you have to resort to images or memories during sex?». Don´t HAVE to. Just WANT to.
«Do you keep going from one “relationship” or lover to another?». Again: Is that wrong?
«Do you turn to a lower environment when pursuing sex?». Lower the environment, higher the stimuli. Don´t shoot the messenger.
«The Problem: You are addicted to the intrigue, the tease, the forbidden». Yeah… big, big problem. Addicted to the intrigue! Huh… the tease… ah… the forbidden… oh… aren´t we all!?
terça-feira, 17 de maio de 2011
Roupa interior a rigor
Aprecio sobremaneira as mulheres que combinam a roupa interior com as restantes peças de vestuário. É uma delicadeza visual que valorizo. Mais do que o comportamento obsessivo-compulsivo que não permite tal incoerência cromática, uma mulher que se dá a esse trabalho mostra que sai para a rua preparada para tudo. Indicia arrojo e ambição, coragem e valentia, bom gosto e ousadia, além de mostrar que é uma grandessíssima porca que coloca como hipótese viável conhecer um gajo num momento e estar a despir-se no momento a seguir. Tudo pontos a favor, portanto. Mas no outro dia assustei-me. Encontrei-a a tomar um café no Chiado, ao balcão. Tudo ali fazia sentido visual. Até a gabardina condizia com o esmalte dos dentes. Uma sintonia perfeita que me levou a pensar: Cá está uma das que sai para a rua equipada a rigor para ser aviada com vigor. Qual não é o meu espanto quando, depois de devidamente conquistada pelo meu encanto natural, se começa a despir e a roupa interior não bate a gaita com a perdigaita. Uma rebaldaria gráfica, um desdém no momento de vestir, um “estou-me nas tintas” pedante que me afligiu os nervos, uma sobranceria na escolha da roupa interior, como quem diz que nem precisa de se esforçar para arrebitar o salpicão de um gajo. Um “venha quem vier” que eu chego e sobro para ele. Mas o Patife gosta que as mulheres no geral, mas sobretudo as mulheres que sabem que vão passar pelo Chiado, empreguem o máximo de dedicação na selecção da roupa interior para a eventualidade de virem a conhecer o Patife. Penso que é o mínimo da boa educação e da decência social. O aviso fica feito. A próxima que apanhar no Chiado com a roupa interior toda destrambelhada dos daltonismos será superiormente castigada.
quinta-feira, 12 de maio de 2011
Bocavícius
Ontem conheci uma brasileira que tinha um vício de boca inigualável. Obviamente que o Patife é um tipo cordial que dá o nabo ao manifesto para ajudar a saciar os apetites que teimam em prosperar por essas bocas cheias de vícios. Por isso hoje acordei a pensar que se o Bocage e o Vinícius de Moraes fossem um só haviam de ter saído pérolas poéticas capazes de reforçar a qualidade da literatura transatlântica de língua portuguesa. E se o Bocage e o Vinícius de Moraes fossem um só teriam certamente criado coisinhas poéticas lindas assim:
Soneto do tesão total
Avio-te tanto, com o coração distante
Com tal tesão que nem parece verdade
Avio-te à bruta mas só como amante
Numa sempre diversa realidade.
Avio-te aqui desprovido de prazer prestante
E aviso-te além que não vou sentir saudade.
Afinfo-te, enfim, com grande liberdade
Sem promessas de eternidade a cada instante.
Fodo-te como um bicho, simplesmente
De um tesão sem mistério e sem virtude
Com um mastro maciço e permanente.
E de te aviar assim, muito e amiúde
É que um dia na tua chona de repente
Hei-de morrer de foder mais do que pude.
Avio-te tanto, com o coração distante
Com tal tesão que nem parece verdade
Avio-te à bruta mas só como amante
Numa sempre diversa realidade.
Avio-te aqui desprovido de prazer prestante
E aviso-te além que não vou sentir saudade.
Afinfo-te, enfim, com grande liberdade
Sem promessas de eternidade a cada instante.
Fodo-te como um bicho, simplesmente
De um tesão sem mistério e sem virtude
Com um mastro maciço e permanente.
E de te aviar assim, muito e amiúde
É que um dia na tua chona de repente
Hei-de morrer de foder mais do que pude.
segunda-feira, 9 de maio de 2011
Piquenique de pachacha
A extensa equipa de terapeutas que me trata recomendou-me ir passar o fim-de-semana para o campo, isolado do ritmo urbano-caótico-depressivo que, dizem eles, me impele a só pensar em aviar pachacha a metro. Por isso lá fui, preparado para enfrentar 48 horas inteirinhas sem apelos sexuais. Estão certamente a ver o drama. Uma quinta isolada no meio de um monte alentejano, rodeada de uma vastidão de ervas daninhas, oliveiras e passarinhos a chilrear. Só de imaginar o cenário ia tendo um enfarte do miocárdio fálico. Até escolheram uma quinta com um caseiro macho, para não haver possibilidade de uma escapada nocturna. As primeiras horas foram passadas como um autêntico toxicodependente a ressacar: suores frios, o nabo a latejar e a gritar por uma pachachinha perdida algures num qualquer recanto da quinta, a vasculhar cada divisão da grande mansão na vã esperança de encontrar uma beata com cona que fosse, esquecida por ali. Nada. Completamente nada. Ainda encontrei uns vestígios de rasto de nhanha de chona, mas já não eram deste mês por isso não o segui. Tenho princípios. A fome do Pacheco não me deixou dormir e no domingo já estava à beira de um ataque de nervos. Telefonei ao chefe da equipa de terapeutas que me sugeriu ir dar um passeio ao ar livre, respirar fundo e essas mariquices anestésicas. Caminhei muito e passada uma hora olhei para cima da colina e vislumbrei uma multidão de moças, ali, soltas no campo. Ah ca ganda piquenique de pachacha. Certamente que o périplo por este deserto sexual estava a originar miragens, pensei. Ainda hoje não sei se aquilo foi tudo uma ilusão fruto da abstinência ou um oásis de chona para turistas. O certo é que da miragem à pinagem foram duas letras de distância.
quinta-feira, 5 de maio de 2011
A chupinha de massa
Ontem aviei uma sopinha de massa. Há qualquer coisa de encantador numa mulher que não consegue dizer os ésses. Por isso convidei-a para jantar, já com uma ideia fisgada. Na minha cabeça estava tudo preparado minuciosamente para um petisco de pachacha. E o plano era este: No início da refeição, e de menu na mão, perguntava-lhe delicadamente se ela queria uma sopinha, só para a ouvir responder com o seu trejeito vocal: Xim. Quero uma chupinha. E aí, o Patife, educado, sentir-se-ia impelido a fazer-lhe a vontade enquanto ela teria de se amanhar com o carácter vinculativo da sua afirmação. Pareceu-me um guião digno de registo, com uma plausibilidade própria de um documentário do Michael Moore. Por incrível que pareça foi exactamente assim que tudo aconteceu e a sobremesa foi tomada sobre a mesa da casa da pequena. E que sobremesa tão saborosa. Ainda não tinha assumido aqui publicamente as minhas capacidades orais, até porque só vos conheço há pouco mais de um ano e eu sou um gajo reservado que não anda por aí a dizer tudo o que faz na cama. Mas sinto que já temos uma intimidade que me permite confessar-vos que o Patife é um carro alegórico da minetada. Um submarino do prazer. O Merlin da oralidade. Um mestre da lambuzice. O Lúcifer do grelo. Um guru do abocanhamento. Um mago da trombada. Um tornado da crica. Um ás da serpentina linguística. E em tantos anos de minetice nunca me tinha aparecido um suco de crica tão sublime. A gaja tinha uma pachacha tão doce que mais parecia ter sido extraída de uma plantação de cona-de-açúcar.
segunda-feira, 2 de maio de 2011
A carecona
Quis uma ironia do desatino que uma das melhores quecas do Patife tivesse sido proporcionada por uma gaja careca. Confesso que sou um pouco preconceituoso com a insuficiência capilar no escalpe de uma gaja. Uma tipa de cabelo rapado assemelha-se ao ex-árbitro italiano Collina e imaginar uma careca a soprar-me no apito pode originar uma dissonância cognitiva difícil de ultrapassar. Mas ela tinha uns olhos magnetizantes, profundos e vacilantes que lhe enfeitavam um rosto de linhas suaves e delicadas. Pelo menos foi o que me disseram, que eu cá só reparei no ganda par de tetas que desafiava a lei da gravidade e me desfocava a visão. Depressa achei que o facto de ter encontrado uma mulher careca deveria ser um sinal cósmico, já que ela é carecona e o Patife quer é cona. Dou grande importância a estes paralelismos fonéticos. Considero-os as rimas da vida e um aviso do além. Por isso avancei. Mas, ó sorte marreca, quem iria imaginar que uma gaja de cabeça completamente rapada mandava a maior farfalheira da história da pachacha? Uma autêntica farfalhuda da selva da qual não custava imaginar que pudesse saltar ali do meio um puma a qualquer instante. Que completa falta de simetria capilar. Sou só eu a notar a falta de mau gosto e a incoerência da questão? É o auge da publicidade sexual enganosa. Um ludíbrio imaginativo. Uma finta desleal ao poder de dedução. Qualquer homem que se preze e com o mínimo de tesão assim que vê uma gaja de cabelo rapado põe-se a imaginar um papinho de cona onde se pode fazer patinagem artística e fazer deslizar o nabo, dando a ilusão de estar a brincar num escorrega chonal. Mas aquilo intrigou-me e tive de aprofundar com tesão. E deixem-me que vos diga: Ainda bem que lhe dei o benefício da pívia.
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