Numa
destas noites tive uma insónia intensa. Por isso pus-me a contar as
pachachinhas que já comi ao longo da vida. Uma pachachinha… duas pachachinhas…
três pachachinhas... quatro pachachinhas… cinco pachachinhas… O pior é que eram
tantas e tão boas que em vez de chamar o sono acordei o Pacheco. Por isso lá tive
de me vestir e ir para a rua. Nem duas esquinas tinha dobrado e encontrei logo um
canhão de deboche. Por isso fiz-me ao broche. Toda ela prometia um paraíso de
devassidão, um Éden de depravação, um Olimpo de perversão. Mas assim que meti
conversa com ela depressa me percebi que apesar da sua essência anunciar uma
embaixadora da libertinagem sexual, só se entregaria ao Pacheco se houvesse
vestígios de uma relação séria a pautar a eternidade. Divirto-me muito com
estes idealismos próprios dos mundos do faz-de-conta. Como eu vivo no mundo do
faz-de-cona havia ali um litígio latente, mas fiz-lhe a vontade e arrebanhei-a
com alusões ao futuro. Assim que lhe espeto o Pacheco a moça ficou logo à beira
do precipício orgástico. Dois segundos depois desmanchou-se a vir. Gostava de
ficar com o ónus do orgasmo supersónico que lhe proporcionei mas acredito que a
magana já não levasse nas bimbas há uns anos valentes, dado que se veio em duas
bombadas precisas. Meti e tirei, meti e tirei. Foi assim, sem tirar nem pôr.
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
Fugir com o nabo à senisga
No outro dia conheci uma safardana que me tinha em boa conta. Pediu-me o número de telefone
e eu dei-lhe, porque também queria que ela me tivesse em boca cona. Gosto muito
destas simetrias fonéticas. O pior é que no dia seguinte, logo pela manhã, ela enviou-me uma
mensagem de telemóvel que estava escrita com k no lugar dos c e dos qu. Se há
coisa capaz de me tirar o tesão é uma mensagem cheia de k. Não gosto de pessoas
preguiçosas a escrever e estabeleço logo uma correlação directa com a sua
voracidade sexual. Também não vou muito à bola com abreviaturas. Mas um passo
de cada vez. Como ainda era cedo e demorei algum tempo a processar o k que
surgia amiúde pelo SMS, acabei por não responder nas horas seguintes, coisa que
deve ter deixado a rapariga toda libidinosa da rata. As mensagens que se
sucederam foram altamente provocantes e oferecidas. Mas, lá está, vinham carregadas
de k e abreviaturas, o que só me fez querer fugir com o nabo àquela senisga.
Mas depois voltei a pensar no assunto, que é como quem diz voltei a pensar em
enfiar-lhe o presunto, e cheguei à conclusão que estava a ser um nazi do SMS.
Por isso deixei-me de merdas e papei-lhe akela kona toda. No final, pedi-lhe
encarecidamente para nunca mais me enviar uma mensagem, ou ligar sequer, até
porque a pinar é que a gente se entende. E depois de a papar uma vez, já nada
mais se aprende.
quinta-feira, 20 de setembro de 2012
Bocarneiro
Esta
semana dei mais uma queca epopeica. Uma epoqueca, portanto. Se o sexo fosse uma modalidade desportiva estou
certo que bateria o recorde olímpico em cada maratona sexual em que participo.
Mas adiante. A gaja era uma turista escocesa e no final, dada a majestosa
e inigualável queca, e estando ainda em êxtase, ela deixou soltar um “you´ve ruined
for other men”. Por isso, fui para a minha secretária e comecei a pensar que se
o Bocage e o Mário de Sá-Carneiro fossem um só e tivessem acabado de assistir à
minha louvável performance sexual, haviam de ter criado uns versinhos inspiradores que fariam perdurar esta pinada por toda a eternidade. E se o Bocage e o Mário
de Sá-Carneiro fossem um só, teriam certamente criado coisinhas poéticas lindas
assim:
Como só eu possuo
Olho
em volta de mim. Todas me possuem
Num afecto, num sorriso ou num abraço.
Mas para mim as ânsias só se diluem
Num afecto, num sorriso ou num abraço.
Mas para mim as ânsias só se diluem
Quando
lhes enfio o meu calhamaço
Roçam-se por mim nos lençóis da cama fria
Entre espasmos golfados intensamente.
Sonham com as êxtases que eu amansaria,
Mas só quero meter-lhes o nabo a quente
Quando estou em brasa perco-me todo
Não posso afeiçoar-me, só sei ser eu:
Uma
máquina ardente enquanto fodo,
Depois saio, nunca alguém me conheceu
Depois saio, nunca alguém me conheceu
Como
eu desejo a que ali vai na rua,
Tão ágil, tão intensa, tão cheia de calor.
Por mim emaranhava-a já toda nua,
Metia-a de joelhos a provar o meu sabor
Tão ágil, tão intensa, tão cheia de calor.
Por mim emaranhava-a já toda nua,
Metia-a de joelhos a provar o meu sabor
Ah,
eu a faria vibrar de forma penetrante,
O seu corpo ficaria com o prazer roubado,
O seu sexo completamente transtornado
Depois de sentir o meu mastro gigante
O seu corpo ficaria com o prazer roubado,
O seu sexo completamente transtornado
Depois de sentir o meu mastro gigante
De
embate em embate todo eu me ruo,
Dou-lhes o mundo inteiro numa pinada
Dou-lhes o mundo inteiro numa pinada
Quedam-se
sem pensar em mais nada
Ao
serem possuídas como só eu possuo.
segunda-feira, 17 de setembro de 2012
Toucinho-do-céu
Ontem
tentei uma coisa diferente. O meu terapeuta tem andado a semana toda a chatear-me e a dizer que eu continuo a comportar-me como um puto reguila desmiolado que pensa que
não existem consequências para os seus actos e que julga que vai encontrar
alguma sabedoria depois de pinar o maior número de pachachas sem sentido.
Tentei explicar-lhe que todas as pachachas que comi tiveram algum sentido para
mim. Mais não fosse o sentido crescente do meu pincel. Por isso, ele
desafiou-me a convidar uma mulher para jantar e depois para a levar a casa sem
tentar nenhuma artimanha para a aviar. Gastar um jantar com conversa que depois
não leva a lado nenhum pareceu-me parvo, mas aceitei o desafio. Ele dizia que
podia levar a um outro lado qualquer, mas não percebi bem qual. E lá fui. Estava
tudo a correr bem até à altura da sobremesa. É que ela pega no cardápio e pede
de sobremesa um dos muitos cognomes do Pacheco: Toucinho-do-céu. E continuou,
claramente a atiçar-me: Ai, está tanto a apetecer-me um toucinho-do-céu. Ai o toucinho-do-céu
deixa-me de água na boca. Eu ia apertando a toalha da mesa para me conter mas
entretanto chega o doce à mesa. Ela ia metendo o toucinho à boca enquanto
soltava onomatopeias de prazer, numa clara provocação a que nenhum homem de
sardão rijo conseguiria resistir. Podem dizer que isto é loucura mas um homem
vê uma mulher a gemer com um toucinho-do-céu na boca e o seu primeiro instinto é o de a
levar ao céu com o seu próprio toucinho. A natureza é mesmo assim. E não me
critiquem. Não fui eu que criei as leis da natureza humana. Por isso não
descansei enquanto não meti o toucinho-ao-léu. E logo de seguida foi o meu toucinho-no-céu.
Da boca da piquena.
quinta-feira, 13 de setembro de 2012
Abrir os olhos
Não
percebo as mulheres que dizem que gostam muito de ler porque as relaxa. A mim a
leitura exalta-me. Bem, se eu conseguisse ler Pedro Paixão ou José Luís Peixoto
mais de cinco minutos seguidos, aí sim, talvez relaxasse. Estou certo que
adormeceria de tédio. Dada a sua escrita estou certo que ambos são capazes de fazer sincronizar o
período de todas as suas leitoras. E ontem lá encontrei uma a profanar a minha esplanada
do Chiado com a leitura de um José Luís Peixoto. Além do mais eu já estava há
mais de quinze minutos na mesa ao lado e aquela magana ainda não se tinha vindo
meter comigo, o que roça a má educação. Se nem sequer tivesse olhado, isso sim,
seria um verdadeiro desaforo. Como me considero uma pessoa nada egoísta e
sempre pronta a ajudar a próxima, senti que era um chamamento para prestar uma
boa acção. Naquele instante apercebi-me que tinha de lhe abrir os olhos. Por
isso, foi com um ar de santo catedrático que me acheguei da sua mesa para lhe
dar uma lição rápida de literatura. Da estupefacção inicial, passou cerca de meia
hora a ouvir-me explicar a razão pela qual frases que constavam do seu livro como
“No amor é preciso que duas pessoas sejam uma” ou “Quando
damos as mãos, somos um barco feito de oceano a agitar-se sobre as ondas” são potenciais
causadoras de derrames cerebrais e verdadeiros hinos de lamechice vulgar.
Quando lhe dei em troca pérolas do Verlaine, do Paul Éluard e do António Maria Lisboa, estou certo que terá ficado possessa da pachacha. É
que do abrir dos olhos ao abrir dos folhos foi apenas uma letrinha de distância.
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
O caldo entornado
Hoje
deixem-me falar-vos da pachachinha mais molhadinha que alguma vez tive a sorte
de fornicar. Homem que é homem, de H e pila grandes, gosta muito de sentir,
logo ao primeiro contacto, uma humidade proeminente como que a
antecipar um orgasmo de proporções épicas, capaz de criar uma autêntica enxurrada
vaginal. Não há dúvida que as pachachas mais molhadinhas são como um grande parque
de diversões fálicas. E esta era um autêntico Slide & Splash do mangalho.
Ao primeiro toque já uma torrente de líbido aguardava impaciente a ordem de
soltura. O Pacheco, esse, soltava espasmos de contentamento e congratulava-se
pela entrada gratuita no parque de diversões, dominado por um espírito de
excitação quase juvenil. Haviam de o ver a subir e a descer os montes da crica,
deslizando alegremente e retardando o splash da penetração. Mas entusiasmou-se
demasiado nos slides pelo papo de chona e pelos refegos da lábia e quando deu
por ele já um verdadeiro maremoto de fluxo libidinoso se preparava para o
engolir. Garanto-vos que no final vi, com o olho do Pacheco que um dia vos
há-de comer, uma poça gigante na cama e o Pacheco prostrado no meio da
chafurdice soltada pela chona da magana. É nestes momentos que tenho pena de
não conseguir conter as palavras que me sobem ilegíveis à boca, pois a única
coisa que soltei foi um: Pronto… já está o caldo entornado.
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