terça-feira, 4 de novembro de 2014

Tweeto, oh se tweeto.


A verdade é como um penso rápido: estive internado nos últimos meses sem poder chegar perto de um computador ou de uma mulher. Os médicos dizem que não posso pinar tanto nem durante tanto tempo e que a mesma equação deve ser aplicada à escrita. Parece que ambas me estavam a fazer mal à saúde. Como pinar menos não consigo, mas quero fazer pelo menos uma vontade aos médicos, vou ali escrever para o Twitter que sempre me obriga a escrever coisas curtinhas, curtinhas.

Em suma:

Para coisas curtas é ir ao Twitter do Patife: twitter.com/FF_Patife
Para coisas compridas é vir aqui ao Pacheco.

terça-feira, 22 de abril de 2014

Regresso à poesia


Volta e meia lá aparece alguém a acusar-me de ser ordinário, troglodita, homem das cavernas, parolo e o bajolo a sete. Confesso que ruborizo com tanto elogio. Mas depois fico sem dormir à noite a pensar mesmo que ofendi alguém com a minha sensibilidade de gnu, próprio de quem gosta muito de ir ao cu. Por isso, hoje torno a voltar-me para coisas bonitas, como a poesia. E também para aqueles que insistem em voltar, estranhamente na esperança de encontrar aqui coisas sábias, de ínclita profundidade intelectual, daquelas capazes de elevar a cultura nacional. Por eles, passei a noite em claro a pensar que se o Bocage e o Shakespeare fossem um só, teriam escrito muitas coisas lindas e fofinhas assim:

 

Se te comparo a um dia de tesão,
Desfaço-me num cansaço ameno
Espalhamos as roupas pelo chão,
Pelas ruas, pelos vales, pelo feno.

A toda a hora cresce o falo em demasia
Enfim, é essa a minha natureza;
Se quiseres só me tens por um dia,
Na constante mutação da picha tesa.

Mas na cama o tesão será eterno,
E de todas as maneiras pinarás;
Faço da minha picha o teu inferno:

Comendo-te pela frente e por detrás.
E quando eu precisar de me entreter,
Minhas mãos profanas te farão foder.

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Problemas de fundo

Se hoje virem um gajo no Chiado com este livro debaixo do braço já sabem que é o Patife. É meter conversa. Que depois o Patife mete o resto.


segunda-feira, 7 de abril de 2014

Repuxo de meita


Estive 48 horas sem ter um orgasmo. Um gajo distrai-se um bocadinho com literatura russa e nem se lembra de amarfanhar o bajolo. Assim que dei conta estava com o nabo a latejar de tal forma que só tive tempo de pegar numas calças largas e sair à rua. Mal me sento na esplanada vejo-a a subir o Chiado. Aquele andar deixou-me logo com os tintins a tilintar. É que ela caminhava de tal forma segura e a abanar o rabo que fiquei logo a abanar o nabo. Só me lembro de pensar “Chavala, vais ter de mamá-la” e de, no momento a seguir, ela estar a mamar-me despudoradamente. O problema é que eu não tinha um orgasmo há dois dias e mal consigo descrever o que se passou a seguir. Eu falo de doses massivas de langonha a jorrar do meu bacamarte, acompanhadas do meu tom narrativo durante tal espetáculo: “Ca ganda repuxo de meita!”. Tivesse eu bebido um chá de pirilampos e faria uma recriação da fonte luminosa.

Nota para guardar na minha cabeça e não contar a ninguém: Já se me tivesse vindo na cara da moçoila teria sido a criação da fronte luminosa.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

À glande e à francesa


Andava na rua de rabo espetado, o que lhe dava uma certa graciosidade sexual. Já tinha reparado nesta sirigaita há algum tempo mas no outro dia aquela pandeireta estava para lá de espetada. Segui-a com os olhos com a mesma atenção que na primeira vez. Uma gaja que anda na rua daquela maneira a espetar o rabo tem de estar preparada para que um tipo fique com vontade de lhe espetar no rabo. É a ordem natural das coisas. Por isso, das duas uma: Ou era uma galdéria do anal ou queria experimentar coisas novas. Enquanto estudioso destes fenómenos senti o apelo da curiosidade e fui averiguar. Após duas horas de conversa fiquei logo a saber que estava mortinha para levar com este totem fálico. Não consegui perceber era onde. Por isso pedi esclarecimentos. Desatou-me aos berros, que era uma senhora, que não se dava assim, que o rabo era sagrado e que eu não a ia corromper. Quis explicar que ela tinha entendido tudo mal e que não a queria corromper. Apenas lhe queria romper o cu. É um nível completamente diferente. Mas achei melhor sossegá-la, afirmando que era apenas por curiosidade científica, sendo eu um estudioso do tema. Ficou claro com esta explicação que a minha inteligência tem limites. Já a burrice dela, não. Pois acreditou em tudo o que lhe disse. Daí a levá-la para a cama foi um tirinho. Quando finalmente viu sair de dentro das minhas calças esta colossal zarabatana, arregalou os olhos e disse que lhe tinha saído o Jackpot. Só me apetecia rematar com um “Oh filha, se o Pacheco se chamasse Jack estava sempre a ir-te ao pote”. Mas como se chama Pacheco acabou mesmo por ir-lhe ao pacote. Claro está que para acomodar este calhamaço a desgraçada da moça viu-se grega. Eu cá vim-me à glande e à francesa.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Feita ao bife


Este fim-de-semana acordei cedo. Ando um pouco enfadado da fauna nocturna e quis perceber como estava o mercado cabril logo pela fresca. A ver se ficava enfodado. E foi assim que no sábado de manhã saí para o meu campo de caça, vulgo Chiado, para ver se espingardeava alguma. Muitos refugos da noite ainda cambaleavam envoltos num aspecto deplorável, com os vestidos amarfanhados pelo saracotear do corpo durante horas a cio. Maquilhagens outrora aplicadas a rigor davam lugar a uma desfiguração própria de bobos da corte decadentes a tentar acertar o passo titubeante no regresso a casa. Eu estou aprumado e com o charme do costume, além de ter a verga cheia de lume. O que me confere ainda maior distinção. Mas o plano era estar atento às que acordam cedo, assim todas joviais e enérgicas. Sempre desconfiei das mulheres madrugadoras que se apressam a sair à rua cheias de vigor matinal. Mas tinha de ver se são boas de pinar. Uma estava a tomar café, apesar de apresentar uma vivacidade digna de nota. Falava muito mais do que lhe seria exigido àquela hora da manhã e com uma velocidade atroz. A mesma com que lhe quero espetar atrás. E assim que trocámos um olhar intenso ela sentiu que estava feita ao bife. Mas na verdade acabou foi feita pelo Patife.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Pista de enterragem


Ela subia alegremente o Chiado, estugando o passo enquanto se abrigava da chuva dentro do seu casaco de capuz vermelho. Toda a gente sabe que uma mulher a passear pelo Chiado armada em capuchinho vermelho é estar a pedi-las. É estar a incitar os instintos naturais do lobo fálico que habita entre as minhas pernas e, no momento a seguir, entre as pernas delas. Assim que a vislumbrei, toda desempoeiradinha a sacudir o capote avermelhado, o seu destino ficou traçado. Nada podia fazer. Se um capuchinho vermelho atravessa a minha floresta é certo e sabido que vou ter de a afiambrar. Não há como enganar nem podem esperar que nada aconteça. É um pouco como meter a Paula Rego a jogar Pictionary e esperar que ela não saiba o que fazer. Por isso, apressei-me a travar conhecimento com a safada do capuz para provar aquele pitéu de pipi. Quando a levei para casa, imaginei que ao ver o tamanho do meu berimbau a moça tivesse a altivez de espírito de perguntar: "Ó Patife, ó Patife, porque é que tens um pénis tão grande?" Ao que eu responderia: "É para te foder melhor, minha querida". Mas com o tesão que eu estava e antes que o Pacheco levantasse voo, tirei o Boeing das calças e fiz-me à pista de enterragem.